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CREA-RS fiscaliza instalações do Festival de Cinema de Gramado


A fiscalização verificou a responsabilidade técnica pelo projeto e montagem da estrutura para o festival, entre outros. Créditos: Arquivo CREA-RS

Na noite desta sexta (26), o tapete vermelho estará estendido na rua coberta em Gramado, até o Palácio dos Festivais, para homenagear o cinema brasileiro e artistas, como Sonia Braga, Tony Ramos, José Mojica Marins e a argentina Cecilia Roth. Em sua 44ª edição, o Festival de Cinema de Gramado tem a expectativa de receber mais de 200 mil pessoas. Até 03 de setembro, haverá uma grande circulação de turistas, artistas, diretores, produtores e mídia brasileiros e estrangeiros. 

Estrutura por onde passarão as celebridades

Para a segurança desta festa do cinema da América Latina, bem antes houve todo um trabalho dos profissionais da área tecnológica. Desta forma, o CREA-RS intensificou, de 23 a 25 de agosto, a fiscalização no intuito de garantir que apenas profissionais e empresas legalmente habilitados sejam responsáveis pelos serviços. Foram fiscalizadas as estruturas do festival de cinema de Gramado, hotéis, parques de diversões e temáticos, com foco nas áreas elétrica, civil e mecânica de modo a garantir à valorização e defesa da área tecnológica.


A arquiteta Daniela Corso é responsável pela intervenção da rua coberta

A fiscalização verificou a responsabilidade técnica pelo projeto e montagem da estrutura para o festival, iluminação, sonorização, projeto e execução do plano de prevenção contra incêndio, laudo técnico das instalações elétricas, locação e instalação do gerador de energia elétrica, entre outros itens pertinentes da área tecnológica. 
Sob a supervisão de Alessandra Maria Borges, a ação contou com o trabalho de quatro agentes fiscais e o acompanhamento dos inspetores de Canela/Gramado Eng. Civil Edson Luiz Moschen (secretário) e o Eng. Mecânico Marcos Rogério Muller (tesoureiro). 
Os agentes fiscais foram recebidos pelo Engenheiro Civil e Seg. do Trabalho Lucio Ricardo Bastos de Carvalho, coordenador e supervisor da Engenharia da GramadoTur, organizadora do evento.

Os inspetores de Canela/Gramado acompanharam a fiscalização. A documentação foi apresentada pelo Eng. Lucio Carvalho, da Gramadotur

O Engenheiro ressaltou o trabalho da área técnica no evento, que conta com mais de 100 profissionais envolvidos: “Baseia-se em três seguimentos. A montagem da cenografia e decoração do Palácio dos Festivais, que é composto pelo aquário na frente, a parte da rua coberta, onde é feito o desfile dos artistas, e nos estandes que recebem o credenciamento de jornalistas e autoridades. Além disso, há os responsáveis pelas diversas atividades, como montagem da cenografia e decoração, iluminotécnica. Para cada uma desta atividade, há uma Anotação de Responsabilidade Técnica”, ressaltou, afirmando ainda que até mesmo o Programa de Prevenção Contra Incêndio já está aprovado.
Especialista em Arquitetura Efêmera, a arquiteta Daniela Corso é a responsável técnica pela intervenção da fachada e da rua coberta, pela cenografia do palco, tanto das exibições quanto das premiações. A profissional se inspirou na Art déco dos anos 50 de Nova York para criar o projeto.  
Apesar de ser a segunda vez que está envolvida com este projeto, a primeira foi em 2014, a arquiteta afirmou que foram muitas horas de trabalho, estudos e desenhos até que se chegasse à ideia do diretor artístico do festival, Edson Erdmann. “Teve muita arte e cenografia envolvidas, para mesclar com a parte mais técnica da arquitetura, que também é importante, pois envolvem detalhamento, coordenação equipe de produção, assim como projetos e execução. Só na cenografia estiveram envolvidas cerca de 50 pessoas”, afirmou.  

A arquiteta Daniela Corso e os agentes fiscais do CREA-RS

A profissional aproveitou para falar da sua profissão, a Arquitetura Efêmera, “que abre muitos caminhos e se pode trabalhar com arte, moda, fotografia, teatro, poesia, desenhando experiências”, avalia.
Destacou ainda no projeto o trabalho conjunto entre a Arquitetura e a Engenharia. “Toda a execução passou por um processo de licitação, no qual foi necessário aprofundar o detalhamento, o memorial descritivo. Tudo passou pelo crivo de Engenharia da GramadoTur, que nos auxilia e fiscaliza aqui tudo. Houve essa troca também de saberes entre arquitetura artística e arquitetura da engenharia. Há uma complementação. Não adianta tu ter uma bela ideia, um belo desenho no papel. O projeto tem que ficar de pé e com a nossa premissa principal, que é a segurança, tanto de quem trabalha quanto dos visitantes”, explica.
Segundo ela, foram necessárias adaptações no projeto, focando na segurança. “Por exemplo, na primeira versão da fachada do Palácio, pensamos em uma pele de vidro de 10 metros de altura.  Mas aqui é uma área que tem incidência de vento, então trabalhamos em conjunto, enriquecendo o projeto”, pontua.
Ansiosa para ver tudo pronto, a arquiteta detalha o projeto da fachada. “Haverá luz por todos os lados. Fizemos uma estilização dos raios do Kikito (nome do troféu). A pessoa entra num portal, no meio dos raios do Kikito, que são amarelos. Dali vão sair luzes como se o Kikito realmente explodisse em luz, então ele emana luz. Apelidei de “Jukebox” também inspirado na época do estilo. Haverá luzes que vão mudar de cor, pulsando, da mesmo forma que um jukebox”, entusiasma.
Para ela, o evento já foi incorporado no calendário nacional, lembrando que no ano que vem o festival completará 45 anos. “As restrições orçamentárias foram compensadas pela criatividade de todos os envolvidos para não perder a essência do projeto idealizado”, finalizou. 

Na parte das instalações do festival, foram realizadas 5 relatórios de fiscalização, sendo solicitadas duas TRDP. A empresa tem 10 dias para a apresentação dos documentos.

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