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I Seminário de Hortifrutigranjeiros de Alegrete


Atualmente 95% de todos os alimentos hortifrutigranjeiros consumidos na cidade de Alegrete vêm de fora do município, principalmente da CEASA da capital do Estado, Porto Alegre.

Com o objetivo de mudar essa realidade a Associação dos Engenheiros Agrônomos de Alegrete (AEAA), Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Alegrete (SEDETUR),  Associação dos Pequenos Produtores de Hortifrutigranjeiros de Alegrete (APPHA), Comissão Jovem do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alegrete (STR), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG) e diretórios acadêmicos dos cursos de Agroindústria e Engenharia Agrícola do IFFar e Unipampa e em parceria com outras entidades realizaram o primeiro seminário de hortifrutigranjeiros no município com o tema: “Potencializando a Hortifruticulturra no Alegrete: Tecnologia, Inovação e Sustentabilidade”.

Compuseram a mesa de solenidade o Eng. Agrônomo Leonardo Cera, presidente da AEAA; o presidente da APPHA, Pedro Alex Santos de Morais; o secretário da SEDETUR Jesse Trindade dos Santos; o presidente do STR, Jesus Dorneles; o presidente da Sindicato Rural de Alegrete (SRA), Edi Mendonça; e o gerente da Sicredi Alegrete, agência centro, Bruno Leonardi.

Na abertura, Pedro Alex comentou que a hortifruticultura necessita de maior apoio para se fortalecer no município, fazer com que os produtores possam produzir mais e que novos produtores entrem na atividade, falou que este evento vem a se somar e agradeceu ao Técnico em Agropecuária Clóvis Duarte e a Engenheira Agrônoma Josiele Carneiro, ambos da Emater, pelo auxílio constante junto aos produtores.

O secretário Jesse dos Santos comentou que Alegrete é a cidade com maior área territorial do Estado e os produtores de hortifrutigranjeiros vêm buscando aumentar a produção, no entanto, para que haja um desenvolvimento mais rápido é necessário o fomento por parte do setor público e a busca de parcerias no sentindo de auxiliar essa atividade com grande potencial na região para geração de alimentos saudáveis e mais renda para as famílias no campo.

O presidente do SRA, senhor Edi Mendonça, aproveitou a oportunidade e comentou sobre o apoio das entidades que trabalham pelo setor e que contribuem para o sucesso da 77ª Exposição Agropecuária do município.

Agradeceu a parceria de longa data da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Alegrete e entregou ao presidente da AEAA um troféu em alusão aos 100 anos do Sindicato Rural de Alegrete.

Ainda durante a solenidade de abertura, buscando valorizar os artistas da terra, foi convidada a interprete de música nativista Patrícia Pedroso para que cantasse o Hino Rio Grandense e após fizesse a apresentação de duas canções gaúchas, as quais emocionaram o público presente.

Os realizadores organizaram uma programação seguindo os modelos internacionais e atuais para promover o desenvolvimento estratégico de setores, nesse caso, o da hortifruticultura. O evento que integra a 5ª Semana dos Engenheiros Agrônomo teve como proposta trazer palestras técnicas com soluções inovadoras e também criar conexões do setor produtivo com empresas de tecnologia, nesse sentido foram apresentados alguns cases de Startups que estão desenvolvendo ferramentas para auxiliar o produtor na gestão e na tomada de decisões que proporcionem maior produção e rentabilidade de forma sustentável.

Ao inicio do evento, o Engenheiro Agrônomo da SEDETUR e presidente da AEAA, Leonardo Cera, fez a apresentação do Projeto “Troca Solidária, Social e Sustentável”, o qual foi viabilizado com recursos do Valor S do Sicredi para desenvolver um projeto piloto e pioneiro na cidade de Alegrete através de ações que prezem pela sustentabilidade social e ambiental, fomentando em comunidades carentes a consciência ecológica através da separação de lixo reciclável e proporcionando a troca desses materiais por alimentos juntos às feiras de hortifrutigranjeiros, assim contribuindo para o complemento de uma alimentação Saudável para as famílias participantes, e também a geração de renda para os produtores rurais que terão uma nova alternativa de distribuição para seus produtos, incentivando-os ao aumento de produção e investimentos, além da geração de renda e possíveis novos empregos para associações e ou cooperativas de recicladores que farão parte do processo.

Na sequência a Eng. Agrônoma Elisangela Machado Trindade da empresa Ballagro Agro Tecnologia, palestrou sobre “A tecnologia do Controle Biológico como ferramenta para a horticultura”. Elencou durante a apresentação as vantagens da agricultura orgânica tanto para a saúde dos consumidores, dos trabalhadores rurais e para o meio ambiente.

A professora do IFFar, Eng. Agrônoma Narielen Moreira de Morais palestrou sobre “Tecnologias Aplicadas no Cultivo de Hortaliças: Sistemas de Cultivo e Manejo da Adubação”. Citou alguns tipos de estruturas para cultivo protegido, manejo de produção e sistema hidropônicos para cultivo de verduras.
Buscando aproximar empresas de tecnologia com o setor de hortifruticultura foram apresentas algumas Startups, que são empresas de base tecnológica que desenvolvem soluções inovadoras.

Nesse sentido, Bernardo Machado da empresa Micro Grid apresentou alguns sistemas energéticos para captar energia solar e transformar em energia elétrica capaz de alimentar motores e equipamentos utilizados nas propriedades contribuindo com a diminuição de custos de produção e alternativa também para locais onde a oferta de energia pela concessionária local não supre as demandas para permitir o pleno desenvolvimento da atividade.

Na sequência, Alex Malmann Becker da Porthal, empresa incubada no Parque Científico e Tecnológico do Pampa (PampaTec) da Unipampa, apresentou o aplicativo AGRARE que se trata de um software de gestão e tomada de decisões para as propriedades, adaptável para várias atividades agropecuárias.
Finalizando o evento, Diogo Kersten da Unipampa, apresentou o PRORAF – Protótipo de Rastreabilidade da Agricultura Familiar, um aplicativo desenvolvido pela Unipampa para rastreabilidade dos produtos produzidos pelos agricultores, que vem atender as exigências da Instrução Normativa INC 02/2018, elaborada em conjunto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) que determina o arquivamento dos registros dos manejos de campo dos 18 meses anteriores à colheita realizada. Cada produto terá um Código QR Code, e através do aplicativo os consumidores conseguirão saber a origem, quem produziu e como foi produzido tal alimento, entre outras informações.
 
 

 

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