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Obras do Mátria Parque de Flores são fiscalizadas pelo CREA-RS


Com as obras em andamento, a fiscalização esteve mais uma vez no local. Créditos: Arquivo CREA-RS

A partir de novembro, o Rio Grande do Sul, mais especificamente São Francisco de Paula, na Serra, ganha um Parque dedicado às flores, com investimento de R$ 25 milhões. 

A coleção já plantada no Parque conta com 300 espécies diferentes

O Mátria Parque de Flores está em frente à ERS-235 – Km 68 da rodovia que liga São Chico a Canela.  Com as obras em andamento, a fiscalização esteve mais uma vez no local. Na manhã desta terça (31), o agente fiscal Homero Lopes e Alessandra Borges, chefe do Núcleo Operacional do CREA-RS, acompanhados do Eng. Químico Carlos Eduardo Canani, inspetor-chefe de Canela/Gramado, conheceram o projeto.

Empreendimento turístico que inaugura com 30 jardins projetados, combinando espécies vegetais ornamentais com as que oferecem sombra e frutas

Com o objetivo de verificar a responsabilização técnica de atividades e serviços que exigem a atribuição de profissionais no empreendimento, a equipe foi recebida pelo engenheiro civil Jeferson Mossi da Silva e pelo engenheiro agrônomo Maicon Possamai Velho, responsáveis pela implantação dos ambientes, que misturam arte e conhecimento técnico.  

 

A implantação dos ambientes do Mátria Parque de Flores está sob a responsabilidade do engenheiro civil Jeferson Mossi da Silva e do engenheiro agrônomo Maicon Possamai Velho, que acompanharam a equipe de fiscalização do Conselho.

 

O Mátria Parque de Flores está em frente à ERS-235 – Km 68 da rodovia que liga São Chico a Canela. Inspirados em viagens por jardins da Áustria, Suíça e, principalmente, da Itália, os realizadores criaram o empreendimento turístico que inaugura com 30 jardins projetados para encantar e ensinar sobre a natureza, combinando espécies vegetais ornamentais com as que oferecem sombra e frutas.

Engenheiros do Mátria mostram o parque à equipe do CREA-RS

Os jardins do Mátria, criados como obras de arte em grande escala, estão ligados por 8 km de caminhos feitos para gerar uma experiência única ao ar livre. Outros 4 km de trilhas levam os visitantes que desejarem conhecer a Mata com Araucária, uma das principais características do bioma Mata Atlântica.

As flores são o grande atrativo do parque. O projeto leva em conta principalmente as cores, o clima serrano e a harmonia entre as espécies

Além de jardins e trilhas na Mata, o parque apresenta elementos da paisagem natural, como os banhados que são áreas de preservação permanente, um lago e as coxilhas do ambiente.

o parque apresenta elementos da paisagem natural, como os banhados que são áreas de preservação permanente, um lago e as coxilhas do ambiente

A coleção já plantada no Parque conta com 300 espécies diferentes. São 2 milhões de mudas de flores, com destaque para o roseiral com mais de 22 mil mudas de rosas, cujo material genético foi importado da Alemanha, 12 mil árvores e um túnel de glicínias de 102m de extensão, um dos maiores do mundo. Para o trabalho de irrigação, foram instalados 20 km de equipamentos, com sistema totalmente automatizado.

Os jardins do Mátria foram criados como obras de arte em grande escala

O Mátria Parque de Flores tem projeto arquitetônico assinado por Nicholas Alencar, da Alencar Arquitetura, e projeto paisagístico por Juliana Castro, da JA8 Arquitetura e Paisagem, ambos de Santa Catarina, a partir de estudos da topografia e da flora local. A implantação dos ambientes que misturam arte e conhecimento do parque está a cargo do engenheiro civil Jeferson Mossi da Silva e do engenheiro agrônomo Maicon Possamai Velho.

 

CONFIRA ABAIXO A ENTREVISTA COM OS PROFISSIONAIS SOBRE O EMPREENDIMENTO QUE VAI SURPREENDER OS VISITANTES DA SERRA GAÚCHA

Engenheiros e equipe do CREA

 

Qual é o papel da engenharia em um projeto como o do Parque das Flores, que une arte e conhecimento?

Engenheiro civil Jeferson Mossi da Silva – A engenharia está presente em todos os elementos construídos, tanto o arquitetônico quanto o paisagístico. A Engenharia visa sempre a interação harmônica, respeitando todas as normas técnicas. Executamos o projeto buscando a excelência, com muito comprometimento, fazendo uso de ferramentas específicas para obter o melhor resultado, respeitando o relevo, a conservação de solo, as áreas de preservação permanente e estudos para inserção de plantas nativas e exóticas na execução do projeto paisagístico. 

Na construção civil, prezamos por produtos com certificação que apresentem padrões de qualidade e com procedência para obter um excelente resultado, visando a complexidade das obras com características curva, côncava, convexa e concreto aparente.

 Como foram criados os ambientes?

Engenheiro agrônomo Maicon Possamai Velho – Após diversos encontros entre proprietários e os escritórios de arquitetura e paisagismo responsáveis pela criação do projeto, foi realizado um escopo inicial. Feito isso, iniciamos o estudo topográfico da área e a demarcação de canteiros, obras e caminhos usando ferramentas de alta precisão como estação total e RTK. Após toda a compatibilização, iniciou-se a fase de implantação de obras civis e paisagísticas.

Eng. civ. Jeferson Mossi da Silva (à esq.) e o Eng. Agr. Maicon Possamai Velho

Como a Engenharia contribuiu para promover a interação das pessoas com a natureza?

Engenheiro civil Jeferson Mossi da Silva – A engenharia encontra soluções para que as pessoas tenham maior acesso ao ambiente natural. Usamos conhecimento técnico para manter o respeito à fauna e à flora. No projeto que executamos, nada pode sobrepor a paisagem local, garantindo o menor impacto das obras civis na perspectiva visual das pessoas. 

Os caminhos desenhados entre os jardins respeitam a topografia e também direcionam as pessoas para uma maior aproximação com a mata, com segurança. Isso faz com que a interação humano/natureza seja promovida pela engenharia. Além disso, a utilização de grande parte de plantas nativas faz com que as pessoas não se sintam em um ambiente urbano, mesmo com obras de grande porte.

 

Quais foram os principais desafios em um projeto como este?

Engenheiro agrônomo Maicon Possamai Velho – O principal desafio foi trazer um projeto, que traduzia um sonho, para realidade, fazendo com que todos traços e cálculos em um papel fossem executados de forma harmônica, sem deixar de levar em consideração todos os pré-requisitos fundamentais para segurança e preservação, fazendo com que o projeto se torne real com a mínima descaracterização, tanto no paisagismo quanto nas obras arquitetônicas.

 

O que as pessoas podem esperar de um Parque como o Mátria Parque de Flores?

Engenheiro civil Jeferson Mossi da Silva – As pessoas vão encontrar um ambiente combinado entre paisagismo e arquitetura contemporânea com um baixo impacto na natureza. Vão poder usufruir de uma estrutura completa de lazer contemplativo, recreativo, esportivo, cultural e aquisitivo.

 

Quais os elementos que foram levados em conta para incluir flores e frutas?

Engenheiro Agrônomo Maicon Possamai Velho – As flores são o grande atrativo do parque. O projeto leva em conta principalmente as cores, o clima serrano e a harmonia entre as espécies. A escolha por árvores frutíferas quer proporcionar ainda mais interação com a natureza. A ideia é trazer ao visitante a experiência de poder colher uma fruta diretamente do pé. 

 

Neste caso, como o conhecimento de espécies foi importante para um projeto que combinasse espécies vegetais ornamentais com as que oferecem sombra e frutas?

 

Engenheiro Agrônomo Maicon Possamai Velho – O projeto desenvolvido no Mátria passou por revisões bibliográficas onde se estudou muito as espécies nativas. O objetivo foi saber quais as que melhor se adaptaram à região e poderiam se tornar parte das plantas ornamentais, oferecendo sombra, flores e frutas. O conhecimento das centenas de espécies já plantadas continua em nosso dia a dia no parque e será um aprendizado constante.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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