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Maior inserção das mulheres nas Engenharias é tema de live da Abenge
Créditos: Arquivo CREA-RS
Inserção no mercado de trabalho e na carreira acadêmica das engenharias, as questões trazidas à vida profissional com a maternidade e o incentivo às meninas para às áreas das exatas desde a escola estiveram entre os temas debatidos na live da Associação Brasileira de Educação em Engenharia na manhã desta quarta-feira (23), dia em que é comemorado o Dia Internacional das Mulheres na Engenharia. A presidente do CREA-RS, Eng. Nanci Walter foi uma das convidadas.
Ela dividiu o debate com Adriana Tonini, Diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Eng. Patrícia Nascimento Pena, professora do Departamento de Engenharia Eletrônica da UFMG; e Eng. Roseane Oliveira de Medeiros, Secretária Executiva da Indústria, Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado do Ceará. A mediação foi feita da Eng. Carmela Maria Polito Braga, professora do Departamento de Engenharia Eletrônica da UFMG.
Em sua fala, a Eng. Nanci lembrou sua caminhada profissional e dentro do Sistema Confea/Crea, destacando ter sido a primeira Engenheira eleita pelo voto direto à presidência do CREA-RS que, neste ano, completou 87 anos de fundação. “Somos 27 regionais e, em 2021, pela primeira vez na história do Sistema temos seis mulheres à frente de Creas”, revelou, ainda. Também ressaltou o que a levou a buscar a representatividade no CREA-RS e nos conselhos municipais de Esteio, cidade onde reside. “Somos movidas a desafios e foram eles que me trouxeram até aqui.”
Sobre o Conselho, destacou sua dedicação. “Tenho me empenhando com muito afinco a este grande desafio de comandar mais de 75 mil profissionais, onde hoje apenas 18% são mulheres. Mas minha fala não é sobre comandar, é sobre dividir tarefas. Temos que ter essa fala do pertencimento, precisamos da união, apoio e colaboração de todos e todas.”
Na questão das dificuldades em dividir a carreira profissional, lembrou sua experiência pessoal de engravidar no início do curso de Engenharia. “Tive esse conflito da formação profissional e a maternidade, não consegui retornar como planejado, fiquei um ano dedicada à minha filha e meu maior desafio foi voltar a estudar com ela com um ano de idade. Consegui me formar com a turma que eu havia entrado, a primeira da Engenharia Ambiental do RS”, contou.
Falou, ainda, sobre o necessário incentivo às meninas desde cedo. “É preciso que as meninas tenham contato com as áreas exatas, despertar esse interesse e acredito que os Conselhos podem ser aliados em projetos que trabalhem com isso”, destacou citando o projeto Mulheres e Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação, que será tema da live do CREA-RS, hoje às 18 horas. Por fim, citou o Programa Mulher, do Confea e Creas, que busca a equidade de gênero nas áreas do Sistema e nos postos de decisão.
