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Secretário de Inovação de Porto Alegre abre as palestras do Congresso Distrital do CREA-RS


Eng. Civ. Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, secretário de Inovação de Porto Alegre e coordenador do Pacto Alegre. Créditos: Arquivo CREA-RS

Infraestrutura, Inovação Tecnológica e Atuação Profissional são os temas que permeiam o CEP deste ano, por isto na abertura foram convidados palestrantes que trouxeram algumas provocações: O que você quer do seu sistema profissional? O que você faz para que o sistema profissional seja mais efetivo por sua profissão?

Na abertura das palestras, a Eng. Eletricista Nilza Zampieri, 2ª vice-presidente do CREA-RS, falou do orgulho de estar em um evento no qual a sua profissão trabalha para o desenvolvimento do país e do Estado. “Temos realmente a oportunidade de contribuir para melhorias do nosso Sistema, que representa profissionais que podem propor soluções técnicas para todos os setores do nosso Brasil”, apontou.

Apresentou o primeiro palestrante da manhã, o Eng. Civ. Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, secretário de Inovação de Porto Alegre e coordenador do Pacto Alegre, que abordou Inovações Tecnológicas no Processo de Desenvolvimento Econômico sob a Ótica da Engenharia, Agronomia e Geociências.

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Provocando a plateia com as eras tecnológicas, o Eng.  Eng. Luiz Carlos permeou a sua apresentação na inovação como o futuro das cidades, Estados e país. “Os engenheiros é que começaram a trazer a inovação que conhecemos. É a engenharia que dá a sustentação do mundo moderno, sejam quais forem as modalidades. Somos os impulsionares da inovação”, ressaltou.

No entanto, segundo o Engenheiro, com o aumento da população, o ritmo da inovação está muito acelerado. “A nossa linha de desenvolvimento está muito pequena. A Engenharia precisa absorver este ritmo. O desafio é formar novos profissionais para este momento”, ensina.

Salienta que todos os setores já perceberam que, neste ritmo de inovação, crescimento populacional, urge uma mudança para atender às demandas da sociedade. “Precisamos estar preparados para colocar estas mudanças tecnológicas. Contamos com um forte impacto da inovação na competitividade. Temos que preparar a nossa engenharia para este novo momento. A inovação sistemática e ágil se firma como necessidade para se manter relevantes como vantagem competitiva”, demonstra.

Para ele, as tecnologias digitais exigem uma conectividade cada vez mais rápida. “Avançamos tanto que agora tudo o que vivemos parece os filmes de ficção científica que assistíamos antigamente. Os escritores projetam coisas que os engenheiros produzem na prática. A engenharia é vista como a solução”, defende.

No entanto, segundo ele, inovação e atividade econômica são fortemente impactadas pelo número de engenheiros.

Mostrou o índice de inovação dos outros países e o Brasil nem aparece nesta lista. “Não temos engenheiros. Estamos muito abaixo do número de engenheiro que precisamos. É necessário treinar nossos engenheiros para pensar no modo híbrido. Somos treinados para a engenharia física. Como treinar o novo tipo de engenheiro. Como motivamos nossos engenheiros para esta nova era.”, continuou a questionar.

Defende que a Engenharia aprenda a trabalhar na era do híbrido, para que os profissionais façam esta transição. “Atualmente, o mundo requer novas demandas. Há uma evolução dos requisitos sociais, mudanças de hábitos sociais, limitações ambientais, incremento da sociedade para novas tecnologias. Precisamos desenvolver essas habilidades especificas para sustentar a inovação. O Brasil precisa acompanhar esta evolução”, aponta, defendendo o estímulo à geração e à transferência tecnológica efetiva.

“Os cientistas sonham e os engenheiros vão lá e fazem. Engenheiros criativos. A Engenharia precisa ousar e levar para o ensino de Engenharia”, destacou.

Apontou ainda que o Sistema Confea/Crea precisa estar mais perto das universidades. “Não é que a gente errou, mas que os tempos são outros. Os currículos mudaram e temos que incentivar os professores em abordagens e dinâmicas de inovações. A demanda do conhecimento tecnológico é complexa. As habilidades dos engenheiros precisam atender às demandas de diversos setores, como saúde", ponderou, afirmando ainda "que ser engenheiro sempre vai significar pensar antes de fazer, buscar a solução mais eficiente e mais sustentável".

Finalizou apresentando as empresas tecnológicas de Porto Alegre, sendo que o Estado teve, em nível nacional, um aumento de 500% no número startups, ressaltando o Instituto Caldeira como referência.  

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