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Diretor da Agência de Inovação da UFSM palestra sobre atuação profissional


Engenheiro Eletricista Daniel Pinheiro Bernardon, Diretor da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia da Universidade Federal de Santa Maria. Créditos: Arquivo CREA-RS

Os rumos da formação profissional da Engenharia e Agronomia brasileiras foram a tônica da palestra do Engenheiro Eletricista Daniel Pinheiro Bernardon, diretor da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Segundo ele, a UFSM, tanto na graduação como na pós-graduação, tem como foco o material humano, mesmo após os alunos deixarem a universidade. “As próprias diretrizes nos colocam grandes desafios pela frente. Acompanhamos os egressos e o discente que saem da universidade, fazendo um mapeamento para entender a formação e como é aplicada”, explica.

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Fez um levantamento sobre a grande diversidade de cursos, de atuações e a versatilidade do mercado. “É necessário ter este alinhamento entre a academia e o mercado”, apontou, citando mais 60 habilitações e 250 ênfases oferecidos. Fazendo um estudo sobre a evolução do número de cursos de Engenharia, mostrou que, de 1950 a 2017, o número triplicou, principalmente nas universidades privadas.

Para ele, a relevância das novas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia (DCNs de Engenharia) coincide com a expectativa da comunidade acadêmica, das empresas e dos setores que representam a atuação profissional da área. “Devem ser implementadas, desde o início do curso, atividades que promovam a integração e a interdisciplinaridade, de modo coerente com o eixo de desenvolvimento curricular, para integrar as dimensões técnicas, científicas, econômicas, sociais, ambientais e éticas”, detalha.

Ressalta ainda que é necessário estimular as atividades acadêmicas, tais como trabalhos de iniciação científica, competições acadêmicas, projetos interdisciplinares e transdisciplinares, projetos de extensão, atividades de voluntariado, visitas técnicas, trabalhos em equipe, desenvolvimento de protótipos, monitorias, participação em empresas juniores, incubadoras e outras atividades empreendedoras.

“É recomendável que as atividades sejam organizadas de modo que aproximem os estudantes do ambiente profissional, criando formas de interação entre a instituição e o campo de atuação dos egressos”, defende. Citou ainda as competências desejáveis e como potencializar estas competências.

Apresentou também um mapeamento realizado pela Universidade Federal de Santa Maria, que mapeia os egressos da universidade. “O estudo traz um mapa da turma que entrou em 2014, apontando o número de evasão e como é a atuação fora da universidade”, revelou.

"Na Engenharia Elétrica, por exemplo, dá para saber onde estão trabalhando, atuação, regional e nacional. É predominante porque a maioria fica na Região. O desafio é como fazer com que fiquem conectados com a universidade e qual é o perfil deles ao longo da carreira”, avaliou.

Finalizou apontando alguns desafios do CREA-RS:
1.    Como alinhar maior integração com os cursos de graduação para definição das trilhas de formação.
2.     Maior aproximação dos discentes.
3.    Definir as atribuições profissionais para a grande variedade de cursos e ênfases.
4.    Considerar novas formas de se adquirir o conhecimento (ensino-aprendizagem) para obtenção de atribuições profissionais.
5.     Mensurar a qualidade da formação profissional

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