
Projeto Ethanol é tema de palestra no 24º EESEC

Créditos: Arquivo CREA-RS
Filipe Cécere, gerente Geral da Be8, abriu as palestras desta sexta (26) falando sobre a Usina de Etanol da Be8 Ethanol. A planta erguida em uma área de 80 hectares de Passo Fundo, 17 km da saída de Passo Fundo, deve iniciar a operação em 2026, com capacidade para produzir 210 milhões de litros de etanol, o equivalente a 20% da demanda gaúcha do biocombustível.
A Be8 também vai oferecer ao mercado o farelo oriundo do processamento dos cereais, conhecido como DDGS (Distiller’s Dried Grains with Solubles) ou Grãos Secos de Destilaria com Solúveis (em português), obtido imediatamente após o processo fermentativo de produção de etanol. Esse é um importante coproduto, com grande potencial de utilização em rações animais. Serão produzidos 155 mil de toneladas por ano de farelo.
Além do etanol, a nova usina irá diversificar a produção e abrir oportunidades para diferentes setores. É a primeira planta no brasil a produzir glúten, representando um marco na indústria nacional. O futuro da matriz energética do etanol será os cereais.
Uma planta produtora de etanol anidro/hidratado e alimentos, humano e animal (glúten vital e DDGs), através de cereais baseados nas culturas de inverno do Rio Grande do Sul, tendo como matéria-prima o trigo por conta da produção de glúten. Também produzirá CO2 para bebidas gaseificadas e DDGs. Farelo proteico destinado à alimentação animal.
Também será integrada ao projeto a produção de glúten vital, um concentrado proteico em pó obtido a partir da farinha de cereais. Atualmente todo o glúten consumido no Brasil é importado. Como este projeto inovador, a Be8 suprirá integralmente o mercado brasileiro, com capacidade para atender ao Mercosul também. A unidade produzirá 35 mil toneladas/ano de glúten vital.
O moinho é muito semelhante à panificação. Ele vai separar as impurezas. A farinha vai para separação de glúten. Teremos uma tecnologia alemã. Uma fase seca e úmida. Depois vai para o empacotamento.
A caldeira será uma das maiores do estado, que vai oferecer calor para todo o moinho. Mostrou ainda o fluxograma do processo, o gerenciamento de resíduos, ETR, além do reuso de água. “Sou um entusiasta deste projeto. Não temos na América Latina uma unidade de glúten desse porte, nem no mundo uma planta que reúna todas essas características. A usina é uma oportunidade para fortalecer a agricultura de inverno. Passo Fundo é o berço do trigo. É a região certa para o projeto.”
