
A intensificação da fiscalização das atividades dos engenheiros eletricistas foi o principal ponto levantado durante a 2ª Reunião Ordinária da Coordenadoria Nacional de Câmaras Especializadas de Engenharia Elétrica (CCEE), realizada até esta quarta-feira (30/4), no plenário do Confea. Com a participação de palestrantes convidados, o tema foi também abordado pelo presidente do Confea, eng. telecom. Vinicius Marchese. Pelo CREA-RS, participou o Engenheiro Eletricista e de Segurança do Trabalho Rene Reinaldo Emmel Júnior, coordenador da Câmara de Engenharia Elétrica do Conselho gaúcho.
“Preciso muito dos coordenadores regionais. Estamos fazendo um monitoramento, não só porque o TCU está formalizando que o conselho federal faça a supervisão de todos os conselhos. Mas também porque essa é uma forma de auxiliar a modalidade a ser mais eficiente, vendo as forças de cada estado para a coordenadoria trazer todos os Creas para uma eficiência maior. Então, eu gostaria que a Elétrica fosse a pioneira para termos dados de fiscalização mais assertivos e céleres. Essa tem que ser uma das atribuições das coordenadorias nacionais, sem prejudicar o planejamento de vocês”, considerou.
“Essa manifestação vem ao encontro de alguns anseios que a gente está tratando, que se refere à fiscalização nos regionais. Nós temos demandado isso para nós mesmos, tanto que nós chamamos para participar da próxima reunião plenária o único gerente de fiscalização dos regionais que é um engenheiro eletricista, o Nicolau Neder, do Crea-MG. Para que ele mostre quais são as principais dificuldades para fiscalizar as nossas atividades e o que nós podemos fazer para facilitar isso”, respondeu o coordenador nacional, eng. eletric. Jader Faria (Crea-MG), que trabalhou ao lado da coordenadora adjunta, eng. eletric. Andréa Karmouche (Crea-MS).
A necessidade de atualização das atividades da modalidade em todo o país foi destacada pelo gerente de Relação com o Profissional e Fiscalização, Igor Mendonça, e pelo assessor da presidência do Confea, Alexandre Borsato. “Vamos criar um Grupo Técnico para tratar deste tema, contando com a contribuição do conselheiro federal Sérgio Maurício, que sistematizará nossas propostas para uma consulta pública sobre o tema”, apontou o coordenador.
Palestras
Entre as palestras da reunião, a maioria virtuais, o presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas (ABEE), eng. eletric. Ricardo Nascimento, descreveu detalhes sobre o I Congresso Brasileiro da Modalidade Elétrica (CBME), a ser realizado em Vitória-ES, de 11 a 12 de agosto. Já o professor do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), em Santa Rita do Sapucaí (MG), Rinaldo Carvalho, abordou os “Avanços das Tecnologias 5G e 6G no Brasil”, enquanto o professor de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Ruben Barros Godoy, tratou de “Carregadores veiculares: tipo e potência”.
Analista do Crea-MG, Paulo Crepaldi; coordenador adjunto da CEEE-MG, Fabrício Aristides, e o próprio coordenador nacional apresentaram o tema “Responsabilidade Técnica de parecer de acesso de micro e mini geração distribuída”, tema a ser transformado em proposta da coordenadoria para o Federal, diante da experiência positiva do regional, onde os pareceres junto à Cemig já são cobertos por ART. “É um tema que chega ao debate atual sobre a inversão de fluxo, considerando que temos uma infraestrutura ultrapassada e uma rede saturada”, diz Jader Faria.
A responsabilidade técnica também é o tema da proposta de alteração da Resolução 1.137/2023, sobre ART e Acervo Técnico, também debatida pela CCEEE durante sua segunda reunião ordinária.
Henrique Nunes / Equipe de Comunicação do Confea