
O primeiro curso de Geofísica do Brasil foi o da Universidade de São Paulo, criado em 1984 e reconhecido pelo Ministério da Educação em 1984. Até 2020, 403 bacharéis haviam se formado lá conforme dados da própria instituição de ensino. Antes do surgimento de outros cursos de Geofísica pelo país, no início dos anos 2000, quem atuava nessa área, e ainda atua, pois a quantidade de profissionais segue incipiente, são os geólogos e engenheiros geólogos.
Essa história quem conta é a geóloga Sheila Klener, que este ano está à frente da Coordenadoria Nacional das Câmaras Especializadas de Geologia e Engenharia de Minas (CCEGEM), grupo que reúne os coordenadores das Câmaras dessa modalidade de cada Crea. “Em 2024 foi sancionada a lei que regulamentou a profissão de geofísico (Lei nº 15.074). Agora estamos propondo uma resolução que traz o geofísico para o Sistema Confea/Crea e Mútua.”
Trabalhado pelos 27 coordenadores de Geologia e Engenharia de Minas, o texto está finalizado e segue para o Confea para análise jurídica, trâmite pelas comissões e posterior apreciação do Plenário.
A CCEGEM esteve reunida nesta semana, de 5 a 7 de maio, em Brasília, quando, além do projeto de resolução, tratou da Resolução nº 1.137/2023, sobre Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e Acervo Técnico Operacional. “Queremos a inserção de um artigo que faça com que o Confea disponibilize um tutorial sobre como preencher corretamente a ART”, explicou Klener. O CREA-RS esteve representado pela geóloga Cassiana Michelin, coordenadora da Câmara de Geologia e Engenharia de Minas do Rio Grande do Sul.
Klener é a primeira mulher a coordenar a CCEGEM e, em entrevista, celebrou o fato de o grupo ter nesta reunião a presença de seis geólogas, também pela primeira vez. “Anseio para que venham mais geólogas, engenheiras geólogas, engenheiras de minas”.
Beatriz Leal / Equipe de Comunicação do Confea