Notícia

Inspetores conhecem o projeto do Porto de Arroio do Sal


Eng. Civ. Edson Brum. Créditos: Arquivo CREA-RS

Chama a Engenharia que ela resolve. A implantação do Porto de Arroio do Sal é um exemplo de como a atuação técnica e planejada pode transformar o desenvolvimento econômico e logístico do Litoral Norte gaúcho.

Entre os profissionais que vêm contribuindo tecnicamente para o avanço da iniciativa está o engenheiro civil Fernando Carrion, que tem atuado na estruturação e análise dos estudos necessários para a viabilidade da obra.

Este foi o tema da palestra magna deste segundo dia do 40º Seminário das Inspetorias, realizado pelo CREA-RS, até amanhã (1), em Xangri-lá, pelo Eng. Civ. Edson Brum, que começou falando um pouco sobre quem era o Eng. Carrion, deputado federal e prefeito de Passo Fundo.

O Eng. Brum também trouxe detalhes históricos e técnicos do empreendimento, que é considerado essencial para diversificar a matriz econômica do Litoral Norte, tradicionalmente voltada ao turismo e à construção civil, e pode transformar Arroio do Sal em uma nova referência portuária no Estado.

Na parte histórica, o Eng. Edson, contou que existem relatos de que a ideia do porto em Arroio do Sal seria de D. Pedro II. “A ideia de um porto no litoral Norte é anterior a construção do Porto de Rio Grande. Ainda no Século XIX, o imperador Dom Pedro II contratou 2 engenheiros ingleses com o objetivo de viabilizar a construção de um porto ao Sul de Santos. Inicialmente os estudos apontavam como melhor localização a área no município de Torres, mas também foi feito estudo em Rio Grande”, descreveu.

A preferência do imperador era pela área de Torres, mas com a Proclamação da República, forças políticas, principalmente através de articulações de Gaspar Silveira Martins, presidente da Província do RS e posteriormente Ministro da Fazenda e senador, o porto foi construído em Rio Grande. Posteriormente o presidente Getúlio Vargas reabriu a possibilidade da construção de um porto em Torres e que não se concretizou.

O projeto contempla uma estrutura semelhante a uma ponte que fará a ligação de cerca de 2,5 km entre a costa e área de mar onde serão construídos os píeres de atracação dos navios. A área em terra fica no balneário Jardim Olivia, em Arroio do Sal, há cerca de 20 km do Farol de Torres. No local, além de um calado ideal para receber super- navios, as correntes também são favoráveis.

Na parte técnica, o projeto prevê a construção do tipo offshore, permitindo que navios grandes atraquem em águas profundas de metros. Com início das obras previsto para o primeiro quadrimestre de 2026 e operação estimada para o começo de 2028, o Porto Meridional é um Terminal de Uso Privado (TUP) que terá capacidade para movimentar até 53 milhões de toneladas por ano. A construção está orçada em R$ 6,5 bilhões, dos quais R$ 1,5 bilhão correspondem à infraestrutura geral e R$ 5 bilhões à instalação dos berços e terminais.

O empreendimento promete gerar mais de 2 mil empregos diretos e quase 5 mil indiretos, movimentando a economia regional e ampliando a competitividade logística do Estado. Localizado em uma área com ligação estratégica à BR-101 e infraestrutura preparada para futuras conexões ferroviárias, o Porto Meridional também se destaca pelo aproveitamento do potencial hidrográfico do RS – proporcionalmente o maior do país, considerando a superfície territorial.

Finalizando a apresentação, o Eng. Civ. Edson Brum respondeu alguns questionamentos.


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