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Inteligência Artificial: a virada de chave nos negócios


Eng. Civ. e de Prod. Mamede Abou Dehn Junior, cofundador do Instituto Brasileiro de Inteligência Artificial. Créditos: Arquivo CREA-RS

Engenheiro Mamede Abou Dehn Junior apresenta no 40º Seminário das Inspetorias os impactos e oportunidades da IA para a Engenharia.

O último dia do 40º Seminário das Inspetorias do CREA-RS começou com uma reflexão sobre o futuro das profissões e o papel transformador da tecnologia. O Eng. Civ. e de Prod. Mamede Abou Dehn Junior, cofundador do Instituto Brasileiro de Inteligência Artificial, ex-presidente do CREA-SP, ministrou a palestra “Entre a Tradição e a Inovação: o Papel do Engenheiro na Era da Inteligência Artificial”, destacando como a IA está redefinindo o mundo do trabalho e abrindo novas possibilidades para a Engenharia.

Dicas de eficácia

“Se amanhã 40% das suas tarefas fossem automatizadas pela IA, o que você faria com o tempo livre?” Com essa provocação, Mamede produziu um burburinho na plateia entre os inspetores, mas ressaltando que não há resposta certa, mas uma certeza: a Inteligência Artificial já faz parte do presente e pode contribuir para melhorar o nosso tempo.

O engenheiro percorreu a jornada da IA, mostrando que o tema vai muito além do ChatGPT, chegando aos agentes autônomos, capazes de executar tarefas de forma independente. 

O palestrante trouxe uma provocação:

Para o palestrante, a pergunta central é como será o profissional de 2030 e de que forma ele poderá usar as novas ferramentas para potencializar sua atuação. “A IA não substitui a mente humana, ela a potencializa”, destacou, ao apresentar a metodologia PACE, voltada para a criação de prompts eficazes que melhoram a comunicação entre humanos e máquinas, recomendando sempre a versão paga dos chats, por oferecer muito mais opções. 

O Eng. Mamede também apresentou conceitos como GPTs personalizados, multiagentes e copilotos corporativos, que já estão transformando processos em empresas e escritórios de engenharia. “Estamos vivendo a era da integração entre múltiplas ferramentas. O desafio é aprender a usá-las de forma inteligente”, afirmou.

Regulação, ética e responsabilidade
O palestrante chamou atenção para a necessidade de regulamentar o uso da IA, citando o AI Act europeu como referência e destacando que o Brasil ainda precisa avançar nesse debate. “Precisamos de limites claros. A IA é poderosa, mas deve ser guiada por princípios éticos e responsabilidade social, especialmente em temas como eleições e privacidade de dados”, alertou.

Cidades inteligentes e sustentabilidade
Ao abordar os impactos da tecnologia em cidades inteligentes e sustentabilidade, Mamede reforçou que a IA deve ser vista como uma ferramenta a serviço do ser humano. “O cérebro precisa continuar no comando. A Inteligência Artificial é o meio, não o fim.”

A tradição nos ancora e a inovação nos move

Tradição e futuro
Voltando para as tradições gaúchas, o engenheiro destacou que a tradição da Engenharia está justamente em sua capacidade de adaptação. “Tradição não é ficar parado, é fincar os pés e seguir em frente. A tecnologia automatiza tarefas, mas o engenheiro foi feito para resolver problemas.”

Mamede concluiu lembrando que a IA não é uma ameaça, e sim um espelho. “Ela vai refletir quem está na frente dela. Cabe a nós decidir o que queremos ver refletido.”

 

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