
Manejo das plantas daninhas é tema de palestra na CEAGRO
Eng. Bianchi apresenta sua tese a conselheiros da CEAGRO. Créditos: Arquivo CREA-RS
O Engenheiro Agrônomo Mario Antonio Bianchi palestrou aos conselheiros da Câmara Especializada de Agronomia sobre “Manejo das plantas daninhas: um desafio contínuo”. O encontro aconteceu, na tarde desta sexta-feira (8). Bianchi é professor da Universidade de Cruz Alta e estudioso das plantas daninhas.
Neste encontro discutiram o uso de herbicidas para auxiliar no controle de ervas daninhas. Segundo o Eng. Bianchi, “herbicidas são agentes químicos biológicos que selecionam plantas”. O estudo do professor de Cruz Alta defende que a correta utilização do produto químico no campo traz significativos resultados para as plantações, com plantas cada vez mais resistentes. Para ele, a forma de condução do agrônomo em uma área é fator determinante para reduzir plantas daninhas.
Bianchi apresentou, ainda, a pesquisa que submeteu as plantas a diversas exposições diferentes. A análise era voltada ao rendimento da produção e o aumento ou redução de azevém e buva nas plantas. Quando se trata do controle de buva, algumas espécies - como pé-de-galinha, trapoerabas, poaia-branca, sussuiá, rabo de burro, cloris e amargoso - apresentam maior dificuldade no controle.
Por se tratar de produtos químicos em plantações, o tema não deixa de ser polêmico. Eng. Bianchi crê que “agricultura é desequilíbrio”, e por conta disto “precisamos de mecanismos para tentar equilibrar”. A Eng. Agrônoma Maria Alice Costa Corrêa Silva endossou o professor, analisando que “nosso problema é ético e profissional. É como um remédio, se sair da dose certa pode matar”.
Para concluir a apresentação, Eng. Bianchi analisou que as plantas daninhas possuem alta variabilidade genética, com alta capacidade de adaptação. Por outro lado, segundo o professor, não surgirão novos herbicidas na próxima década. “Para proteger os cultivos temos que ser pró-ativos, se antecipar ao problema”, concluiu o professor.
