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Sema e entidades realizam debate sobre Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado


Créditos: Arquivo CREA-RS

Cerca de 30 pessoas, representando entidades, empresas e indústrias das áreas da engenharia, direito, infraestrutura e base florestal, estiveram reunidas na manhã desta terça-feira em encontro promovido pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), por meio de seu Conselho de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Codema), destinado a debater o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do Rio Grande do Sul. Instrumento de planejamento de ordenamento de uso de território do Estado, o ZEE está sendo formulado pela Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Rio Grande do Sul (Sema) e chegará a sua segunda etapa de consultas à sociedade em junho.

O CREA-RS foi uma das entidades representadas. O presidente Eng. Civil Melvis Barrios Junior destacou a importância dos estudos e debates que estão sendo realizados em torno do assunto. “O Zoneamento é um instrumento essencial ao desenvolvimento do Estado. Estamos em um momento de crise muito grande e o ambiente na área econômica é muito hostil. Assim é importante que se definam políticas públicas rápidas e objetivas para a atração de investimentos e instalação de empreendimentos industriais no Rio Grande do Sul.” Também destacou a importância dos profissionais da área tecnológica serem ouvidos no processo de formulação do ZEE, pois representam uma área de grande importância para o desenvolvimento sustentável do Estado.

Abrindo a reunião, o coordenador do Codema, Walter Fichtner, afirmou que a reunião com a Sema demonstra a preocupação da indústria com os debates em torno do ZEE. Para o empresário, a mobilização para que as indústrias estejam envolvidas é importante no sentido de conquistar equilíbrio com os demais representantes da sociedade. “Se contarmos com a participação de empresas locais da agenda proposta em todo o Estado, estaremos contribuindo pelo ZEE-RS acolhendo os anseios regionais e para termos uma infraestrutura competitiva no Estado”, comenta.

Coordenador do Conselho de Infraestrutura (Coinfra) da Fiergs, Eng. Civil Ricardo Portella, defendeu a importância do Zoneamento Ecológico-Econômico contemple a reaproximação das indústrias das vias de navegação, “diminuindo o tráfego de caminhões nas estradas”. Citou o exemplo do estado norte-americano do Missouri, que, cortado por dois rios (Mississípi e Missour), tem suas indústrias localizadas próximas às áreas navegáveis. “No RS nos afastamos dos rios. Poderíamos usar as vias pluviais para escoar nossa produção, mas para haver competividade as indústrias devem estar próximas aos rios.” Citou também a Holanda com seus mais de 11 mil quilômetros de canais navegáveis. 

Secretária do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do RS, Ana Pellini, congratulou a reunião enfatizando que a intenção da Sema é produzir um instrumento que “efetivamente vá ajudar todos os setores do Estado”. “No Zoneamento Ecológico-Econômico se busca o equilíbrio. Queremos um instrumento de planejamento do uso do nosso território, de como será ocupado o nosso solo e que auxilio no empreendedorismo. É preciso olhar o território de forma macro e termos a participação e a visão de todos”, destacou lembrando que o documento também irá deixar marcado o que se necessita em termos de desenvolvimento de infraestrutura. De acordo com ela, o método atual de zoneamento não é bom e o ZEE irá trazer, ainda, um inventário de informações importantes ao Estado. 

ZEE - O ZEE é um instrumento de planejamento e ordenamento territorial previsto na Lei da Política Nacional do Meio Ambiente desde 1981, que busca reconhecer as peculiaridades, vulnerabilidades e potencialidades de cada região com o intuito de subsidiar nas decisões pelo desenvolvimento do Estado de maneira sustentável. No Rio Grande do Sul, mais de 50 oficinas estão previstas para este ano, divididas em quatro etapas: pré-diagnóstico, diagnóstico, pré-prognóstico e prognóstico.

 

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