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Avanços da aquicultura no Brasil em debate na Soea de Palmas


O Brasil apresenta excepcionais vantagens para o desenvolvimento da aquicultura, contando com 8.400 km de costa marítima, 5.500.000 ha de reservatórios de água doce (aproximadamente 12% da água doce do planeta), clima favorável para desenvolvimento dos organismos, terras disponíveis, mão de obra relativamente barata e crescente mercado interno. E apresenta uma grande variedade de peixes, sendo atualmente descrito um número superior a três mil espécies. Existe um grande número de peixes nativos com potencial para utilização dentro da piscicultura como: dourado, jaú, matrinxã, piau, pintado, pirarucu, jundiá etc.

Letícia Matias Rocha: aumento da escala de produção, mais oferta, empresas integradoras e parcerias são tendências

Tendências
A engenheira de pesca Letícia Matias Rocha destacou que as tendências atuais são: o aumento da escala de produção e maior regularidade da oferta, a inserção de empresas integradoras e formação de parcerias e alianças estratégicas, com a finalidade de reduzir os custos de produção e de transação e o aprimoramento das exigências do consumidor final, principalmente quanto à qualidade e praticidade de preparo. “Com isso, as perspectivas são de novas tecnologias de produção para nativos, aumento da quantidade de indústrias de beneficiamento, alcance de mercados internacionais e consolidação do mercado brasileiro”.

Andrey Chama da Costa apresentou o panorama da piscicultura

Cenário do Tocantins
O panorama da Piscicultura em Tocantins, visto pelo engenheiro de pesca Andrey Chama da Costa, tem como pontos fortes da cadeia produtiva: a localização do estado, próximo a grandes centros consumidores, como Brasília, Goiânia, Maranhão e Pará; grande disponibilidade hídrica; reservatórios das usinas hidrelétricas de Lajeado, Peixe-Angical e Tucuruí e ainda a temperatura elevada durante o ano todo, ideal para diversas espécies de peixes. “De cinco abatedouros em funcionamento, quatro são certificados pelo SIF. Tocantins conta com 10 estações de alevinagem bem distribuídas pelo estado e com excelente qualidade em suas produções. Além disso, o estado conta com a unidade de pesca e aquicultura da Embrapa instalada em Palmas e a abrangência do Ruraltins em todo o estado”.

Giovanni Moro apresentou perspectivas para o mercado de tilápia

Tilapicultura
O engenheiro agrônomo Giovanni Moro destacou que as perspectivas da tilapicultura em tanques rede no Tocantins têm risco ambiental mínimo, com base em literatura científica e experiência de décadas de produção de tilápia em diversos reservatórios do Brasil (incluindo no próprio Rio Tocantins). “A cultura da espécie é uma alternativa de produção econômica e de segurança alimentar, enquanto se desenvolvem pacotes tecnológicos para as espécies nativas. A tilápia também representa uma oportunidade de estruturar a cadeia produtiva da aquicultura no Tocantins, visto que o Brasil é o quarto maior produtor mundial de tilápia e representa 51,7% da piscicultura brasileira”.

Reportagem: Valcilena Oliveira (Crea-AC)
Edição: Henrique Nunes (Confea)
Revisão: Lidiane Barbosa (Confea)
Equipe de Comunicação da 76ª Soea
Fotos: Damasceno Fotografia/Confea

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