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Novo Código Florestal encerra seminário regional da Sargs


Presidente Eng. Capoani na abertura do evento. Créditos: Arquivo CREA-RS

Organizados pela Sociedade de Agronomia do Rio Grande do Sul (Sargs), em parceria com o Confea, desde o ano passado, os Seminários foram realizados em várias cidades do Estado. O encerramento foi no sábado, dia 21, no auditório do Senge-RS, com a presença das lideranças da área da Agronomia no RS.
Com o objetivo de promover o fortalecimento e a valorização profissional Engenheiro Agrônomo, o último seminário abordou um tema que deverá exigir bastante da atuação dessa categoria: as Implicações do Novo Código Florestal na Cadeia Produtiva, com a palestra do Eng. Agrônomo Carlos Augusto Arantes. Na abertura do evento, o presidente em exercício da Sargs, Eng. Agrônomo Ricardo Núncio, ressaltou o desafio da Agronomia. “Neste momento, temos de unir em um foco para que a classe agronômica esteja à frente das decisões do País, inclusive atrair as universidades”, enfatizou, lamentando o número pequeno de participantes em um assunto tão importante, tanto de profissionais como estudantes. Compartilhando da mesma opinião, o diretor-presidente do CreaCred, Eng. Gustavo Lange, afirmou que é preciso incentivar a categoria. “Não entendemos porque os profissionais não se envolvem, levando em conta que depois surgem as queixas”, destacou. Também fez um balanço da CreaCred, informando que a cooperativa começou com 27 sócios e atualmente conta com mais de 1.000 associados, “tornando um efetivo banco da área da Engenharia, da Arquitetura e de técnicos, movimentando um montante de R$ 7 milhões.”
Anfitrião do evento, o presidente do Senge-RS, o Eng. Agr. José Luiz Bortoli de Azambuja, elogiou o encontro, pois mostra a importância da recuperação da Sargs, no sentido de a entidade ocupar de novo o espaço de destaque na Agronomia do Estado, liderando o processo político com questões importantes para o mercado profissional, que é o caso do Novo Código Florestal. “O Senge é parceiro dessas iniciativas”, afirmou.
Presente na abertura, o presidente do CREA-RS, Eng. Civil Luiz Alcides Capoani, destacou a importância dos Engenheiros Agrônomos no momento político. “Este ano será o da Agronomia e de sua valorização profissional. Nós que somos os líderes temos de contribuir para este processo, mesmo que a nossa atuação seja técnica e as decisões fiquem para os políticos”, apontou. Nesse sentido, informou que nos dias 12 e 13 de setembro o CREA-RS realizará, na Assembleia Legislativa, o Encontro Gaúcho “Agrotóxicos, Receituário Agronômico e Alimento Seguro”, com a participação de vários especialistas neste tema também tão importante para a sociedade. “No ano que vem, sediaremos a Soea, na qual devemos discutir a nova Constituinte do nosso Sistema Profissional Confea/Crea e Mútua, pois a nossa lei é de 1966 e muita coisa mudou depois disso”, destacou.
“Mais que mobilizar, o nosso desafio é sensibilizar”, ressaltou o Eng. Agr. Arcângelo Mondardo, coordenador dos Seminários Regionais da Sargs, lembrando a ampla divulgação realizada para o evento. “Não é por falta de divulgação”, lamentou o Engenheiro. “Precisamos sensibilizar nossos colegas profissionais sobre a importância de darmos passos mais significativos e consistentes em temas como o Código Florestal, para manter as nossas atribuições”, apontou, antes de fazer um balanço de todos os seminários, dizendo que jogam as sementes para serem germinadas.
Ações do Sistema Confea/Crea na valorização profissional do Engenheiro Agrônomo foi o tema da apresentação do 2º diretor financeiro do CREA-RS, Eng. Agr. Artur Pereira Barreto. “Muitos veem o Conselho como um órgão apenas arrecadador, quando na realidade em sua finalidade fim, a fiscalização, ele inibe a ação do leigo, garantindo o mercado de trabalho para o profissional”, salientou, citando ainda vários eventos promovidos pelo CREA-RS com as entidades de Agronomia. Informou ainda que o Conselho promoverá uma fiscalização em várias empresas rurais que não têm registro no CREA, nem responsável técnico.
Adequação ao Novo Código Florestal e as Implicações na Cadeia Produtiva
Engenheiro Agrônomo, Environmental Auditor – EARA – UK, Mestrando em Eng. Avaliações, Universidad Politécnica de Valência (Espanha), Esp. em Solos e Meio Ambiente, Esp. em Gestão de Reforma Agrária e Assentamento, Pós Gdo. em Direito Ambiental, Esp. Georreferenciamento de Imóveis Rurais e Produtor Rural. Com um currículo bastante extenso, o Eng. Carlos Augusto Arantes, também diretor do Ibape-RS, apresentou uma palestra que esclareceu os pontos que devem mudar no novo Código Florestal, as falhas que apresentam o novo texto e que exigirão um conhecimento técnico maior do Engenheiro Agrônomo. “Essa atualização do Novo Código Florestal, apesar de não ser o ideal, deixa as regras mais claras, inclusive traz justiça ao campo a partir do momento que você pode considerar as suas áreas permanentes somadas com as matas nativas para compor a sua reserva legal. Além disso, traz mais clareza para a forma como devem ser usados os recursos naturais. No entanto, faltou nesse novo documento apontar o real valor de mercado das áreas ambientais”, salienta, afirmando ainda que o novo Código Florestal abriu várias brechas para o profissional da área, como projetos, a inscrição no CAT, o PRA, o plano de manejo sustentável, a assistência técnica, a elaboração de mapas de uso de solo, georreferenciamento de propriedades, locação dessas áreas ambientais para a adequação das propriedades, etc. “O mercado é imenso, mas os profissionais não estão enxergando isso. E quem sai na frente bebe água limpa”, alertou.
Também estiveram presentes os representantes das entidades, com o Eng. José Paulo da Rocha, da SASM, que defendeu também maior participação dos profissionais da área agronômica. “O desafio da categoria é grande, pois os produtores contam com vários órgãos que oferecem ajuda gratuita, não aceitando pagar para o responsável técnico”, afirmou. O evento contou ainda com a presença do presidente do Ibape-RS, Eng. Marcelo Saldanha, do diretor financeiro do Senge-RS, Eng. Nelso Volvan Portelinha, e do Eng. Ivo Lessa, além de estudantes.

 

 

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