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Cursos de Engenharia de Segurança reunidos no CREA-RS


Encontro serviu para dirimir dúvidas das instituições quanto ao registro de seus cursos. Créditos: Arquivo CREA-RS

Com intenção de esclarecer dúvidas sobre o cadastramento dos cursos de pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, estiveram reunidos na sede do CREA-RS coordenadores de diversos cursos oferecidos no Estado e conselheiros da Câmara Especializada de Engenharia de Segurança. O encontro ocorreu nesta quarta-feira (20) e contou com a participação do Eng. Celso Atienza, presidente da Associação Nacional dos Docentes dos Cursos de Engenharia de Segurança do Trabalho (ANDEST) e coordenador dos cursos de especialização de Engenharia de Segurança do Trabalho da FEI - Faculdade de Engenharia Industrial e UNILINS - Centro Universitário de Lins, em São Paulo.

O 1º vice-presidente do CREA-RS, Eng. Mec. e Seg. Trab. Paulo Deni Farias, abriu o encontro destacando a importância da aproximação com as instituições de ensino para que não haja distanciamento entre a formação oferecida pelas Universidades e as atribuições possíveis de serem concedidas pelo Conselho. “Precisamos afinar o discurso, pois a cada dia surgem novos títulos e nós estamos atrelados ao que diz a Lei, muitas vezes são excelentes currículos, mas sem amparo legal”, afirmou. Para Eng. Farias é necessário que aja mais entrosamento em prol dos egressos dos cursos, futuros profissionais. 

Coordenador-adjunto da Câmara de Engenharia de Segurança do Trabalho, Eng. de Seg. do Trabalho Nelson Agostinho Burille, apresentou aos presentes os resultados do trabalho dos quatro conselheiros que compõe o organismo, que iniciou suas atividades este ano. Até outubro foram analisados 174 processos e registrados 310 profissionais. No Estado, estão registrados um total de 4.511 Engenheiros de Segurança do Trabalho. Explicou que são os profissionais que fazem a opção pela representação na modalidade, e afirmou da importância em fazê-lo, visto que a proporcionalidade de conselheiros no Plenário se calcula pelo número de profissionais registrados na modalidade. “Todos os Engenheiros de Segurança que exercem a profissão devem fazer a opção”, destacou. Também sugeriu que as instituições apresentem representantes ao Conselho.  Afirmou, ainda, a intenção de que o encontro com os coordenadores dos cursos seja anual. 

Legislação Profissional - Um dos autores da Lei nº 7.410/85, que trata sobre a Especialização, em nível de pós-graduação de Engenheiros e Arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho e a profissão de Técnico de Segurança do Trabalho, o Eng. e professor Celso Atienza, destacou que hoje o País tem um déficit de 1,5 milhões de vagas a serem preenchidas na área. Afirmou, ainda, a importância dos coordenadores dos cursos para a qualidade da formação dos futuros profissionais. “Nem todos os alunos saem preparados para o mercado, e o coordenador não pode ser muito flexível em suas exigências”, afirmou.    

Apresentou aos coordenadores presentes um roteiro básico de projeto pedagógico, destacando que o que vale no mercado de trabalho é conhecimento adquirido. “A atribuição é necessária, mas não é suficiente, é preciso provar no mercado que temos competência para exercer a atribuição recebida”, observou. Falou sobre o parecer do MEC/SESU nº 19/87, O qual determina a carga horária e disciplinas mínimas que os cursos devem ter, destacando que isso não impede a diretoria dos cursos de incluírem outras disciplinas ou aumentar a carga horária frente às novas normas regulamentadoras que foram publicas posteriormente a 1987 e até mesmo para atender as novas determinações do MEC. Entre essas atribuições adicionais está a obrigatoriedade da produção de monografia, onde o Engenheiro vai explorar as outras evoluções das Normas Técnicas com trabalho de pesquisa.”Isso exige um aumento na carga horária para inclusão de cadeiras como de metodologia, fruto específico das especificações do MEC”, explicou, dizendo que por isso os cursos acabam por ultrapassar as 600 horas/aula. 

Para Atienza os cursos de Engenharia estão sujeitos a duas fiscalizações do Ministério da Educação (MEC) e dos Creas. “Quem está na área acadêmica, muitas vezes esquece a área profissional e é preciso equilibrar o curso, o coordenador tem estar presente nessas duas áreas”, destacou. Sobre a questão do registro dos Engenheiros de Segurança do Trabalho, com graduação em  Arquitetura,   assegurou ser clara a legislação que exige o registro dos Engenheiros de Segurança no Sistema Confea/Crea e não no Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU). “Todos os alunos saem com o título de Engenheiro de Segurança do Trabalho. Está resolvido o problema, pois no Crea não terá arquitetos, terão Engenheiros de Segurança”, ressaltou. Afirmou, ainda, a importância do encontro, que para ele deveria ser perídico. "Isso precisa se repetir para que se acertem das diferenças", destacou. 

Participaram da reunião representantes dos cursos de Engenharia de Segurança das faculdades FTEC, IPA, PUC-RS,  Ulbra, UCS-Bento Gonçalves, Unisinos e Univates. Um novo encontro ficou agendado para feveiro. 

 

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