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Representantes de entidades iniciam trabalhos no XIV EESEC


Eng. Capoani afirmou a importância que relegou às entidades de classe em sua gestão, citando a criação do CDER e aumento dos repasses. Créditos: Daltro Mattos

Com as palavras de boas-vindas do anfitrião do EESEC, Eng. Civil Ubiratan Oro, da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Passo Fundo (AEAPF), do coordenador do Colégio de Entidades Regionais do RS (CDER-RS), Eng. Agr. Mauro Cirne, e do presidente do CREA-RS, Eng. Luiz Alcides Capoani, iniciaram os trabalhos do XVI Encontro de Entidades de Classe do RS (EESEC) na tarde desta quinta-feira (25), em Passo Fundo. O encontro, que segue até sábado (27), tem como tema central “O Futuro das Engenharias” e busca debater, por meio de grupos de trabalhos e palestras, os principais desafios dos profissionais e das entidades de classe para o fortalecimento da área tecnológica. Depois do debate e da aprovação do Regulamento Interno do encontro, foram promovidas apresentações e palestras técnicas.

Cases de sucesso – A programação iniciou pela apresentação de ações de sucesso, com a participação das seguintes entidades: Associação de Arquitetos e Engenheiros Civis de Novo Hamburgo (Asaec), Sociedade de Engenheiros e Arquitetos de Santo Ângelo (Senasa), Associação de Engenheiros Agrônomos de Porto Alegre (Aeapa) e Associação de Engenheiros e Arquitetos de Passo Fundo (AEAPF). A mesa foi conduzida pelo 2º vice-presidente e representante da Senasa, Eng. Civil e Mec. Alberto Stochero.  

Com o projeto de seu Planejamento Estratégico, a Asaec foi a primeira a se apresentar. O presidente da entidade, o Arq. e Urb. Maicon Schaab, explicou o trabalho de oito meses, realizado com auxílio de uma consultoria contratada, levados para a elaboração do planejamento que está sendo implantado agora. Uma pesquisa entre os associados adimplentes serviu para indicar os pontos fortes e fracos da entidade e foi o ponto de partida do trabalho. “Buscamos isso, pois sentíamos uma descontinuidade de gestão em gestão e o afastamento dos associados, principalmente os novos profissionais”, destacou. 

Arq. Maicon Schaab, de Novo Hamburgo

Através do Planejamento foram elaboradas a Visão, a Missão, os Valores e os Princípios e Foco. De acordo com o Arquiteto, está sendo buscada a participação do associado, por meio da intensificação da comunicação interna, plano de marketing, aproximação de futuros associados e relações com a comunidade; a garantia da sustentabilidade e visibilidade, intensificando a representatividade da entidade. “Já estamos colhendo os frutos, atraindo novos associados, nos apresentando aos estudantes e atraindo parceiros educacionais e comerciais para que possamos novamente ter o nosso lugar ao sol.”

Os projetos da Senasa foram apresentados pelo Eng. Mec. e de Seg. do Trab. Norberto Ilgner. Com 36 anos de história, a entidade tem um papel importante na comunidade, participando ativamente dos principais Conselhos Municipais, como Urbanismo, Saúde, Meio Ambiente, Gestor de Fundo de Habitação, Desenvolvimento, Patrimônio e Arqueológico, Deliberativo do Fundo do Município e Conselhão.  

Eng. Norberto Ilgner

Com a percepção de que poderia ter uma inserção regional, a partir de 2000, a entidade voltou-se aos municípios vizinhos a Santo Ângelo. “Partimos de uma inserção municipal para uma atuação mais regional. Passamos a atender e associar profissionais de municípios ao redor que não possuíam suas entidades. Obtivemos êxito muito bom”, explicou Eng. Norberto. Apresentou, ainda, a revista que é editada há seis anos. “Ela é o elo entre a Senasa, o profissional e a sociedade. Além disso, divulga o trabalho exercido pelos profissionais da região, e sua importância, para a população. Consideramos essa uma forma essencial de comunicação”, destacou. Citou, também, a participação em feiras e a conquista do troféu Marcar e Líderes, recebido em cinco edições. 

Com foco na qualificação dos profissionais da área agronômica, a Aeapa, de Porto Alegre, apresentou os cursos realizados, por meio de convênio conquistado com o Confea. O foco são as áreas de Desenvolvimento Sustentável, Código Florestal, e Cadastro Ambiental Rural. “Procuramos o caminho do desenvolvimento dos profissionais com o olho no que o mercado está buscando”, explicou o Eng. Agr. Cezar Nicola, que mostrou o trabalho. Com a cobrança das inscrições, os cursos são fontes de receita e mídia para a Entidade de Classe, explicou o Engenheiro.

Dizendo ser a “menina dos olhos”, o projeto Aepa Júnior também foi destacado. “A tônica comum é a de ficarmos temerosos em não ter para quem passar o bastão, então esse envolvimento da Aeap Júnior está dando perspectiva de longevidade para nossas ações. É o sangue novo que a gente procura.” 

Anfitriã do encontro, a AEAPF mostrou o Encontro de Engenheiro e Arquitetos do Norte do RS, promovido pela entidade. Ubiratan Oro, seu representante, destacou que a iniciativa se concretiza por meio de parceria com a Universidade de Passo Fundo (UPF) e por ser a região um polo educacional da região. “No seminário procuramos elencar os eixos prioritários de interesse e trazer profissionais que desenvolvem tecnologia de ponta sobre os temas elencados”, explicou. 

Apresentou, ainda, a Feira Tecnológica lançada em 2013 pela associação. O objetivo é trazer para o interior do Estado uma feira aos moldes da Construsul, que ocorre em São Leopoldo, considerada a maior da América Latina. De acordo com Eng. Oro, estas são maneiras de fomentar o interesse dos profissionais. “A participação é bastante trabalhosa e penosa, nós perecemos de um baixo interesse em relação ao associativismo, e essas foram as formas que encontrarmos, por meio dos estudantes, e temos tido sucesso.” 

Economia e Engenharia – A tarde foi encerrada com um debate sobre o mercado de trabalho para os Engenheiros, com a palestra do economista da FGV Ernani Hickmann e a participação dos professores o economista Zacarias Pravia e o Eng. Civil Marco Manotoya, ambos da Universidade Federal de Passo Fundo (UFPF). Falando sobre o passado, presente e futuro dos mercados brasileiros, os palestrantes foram unânimes no ponto da qualificação profissional para alavancar o mercado na área da Engenharia, destacando os gargalos existentes na País nas áreas de infraestrutura, educação e da grande carga tributária que impede maior e mais rápido o crescimento econômico.

Um dos conselhos dos palestrantes foi a necessidade de especialização dos profissionais, principalmente na área da administração, que proporciona um grande diferencial ao profissional para atuação como gestor em grandes empresas; e o problema em haver tantas modalidades de “Engenharias” oferecidas no Brasil.

Para Hickmann, o ideal seria como ocorre na Europa e nos Estados Unidos, onde há o bacharel em Engenharia que, após formado, busca especializar-se. “Este é um modelo de educação deficiente”, afirmou. “O segredo do mercado é ser flexível, ter capacidade de se adaptar às mudanças de mercado e ao que o próprio desejo do consumidor. Ao final de cinco, seis anos de curso, grande parte do que aprendemos está defasada”, destacou, afirmando que ter tantas carreiras é um desafio ao País.    

O XIV EESEC segue até sábado, no Hotel Vergueiro, em Passo Fundo. Cerca de 150 pessoas representando entidades de classe de todo o Estado participam do encontro. A cobertura completa do evento estará disponível no site e na Coluna Semanal da próxima semana. 

 

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