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Comissão de Ética do Rio Grande do Sul participa de Seminário Nacional


Com objetivo de otimizar o fluxo de processos éticos no Sistema Confea/Crea, o Conselho Federal reúne até esta terça-feira, 28, conselheiros regionais e colaboradores de todos os Creas no Seminário Nacional de Ética Profissional 2015. “A ideia é discutirmos a simplificação do fluxo de processos éticos, minimizar os problemas de perdas e de tramitação de processos, com foco na legislação que temos de respeitar” afirmou o conselheiro federal coordenador da Comissão de Ética e Exercício Profissional, Ceep, Paulo Roberto Viana. De acordo com Viana, o Seminário terá como produto uma proposta de padronização dos procedimentos, que, posteriormente, será encaminhada ao Plenário do Confea por meio de deliberação da Ceep. Pelo CREA-RS, participam o Eng. Civil e de Seg. Trab. Marcos Wetzel da Rosa, coordenador da Comissão, e a secretária da Comissão, Liandra Corrêa. 

Presente à abertura dos trabalhos, a vice-presidente do Confea, conselheira federal Ana Constantina, defendeu que no momento do julgamento dos processos éticos deve-se priorizar o humano sobre a atividade. “A ética está no técnico e não na técnica”, disse. “Buscamos agilizar nossos processos, mas é um caminho que vai com justiça. Precisamos ter o cuidado de não usar o processo ético como ameaça. Trago para vocês um outro lado dessa ética: a ética como valorização profissional”, completou Ana Constantina.

Para o coordenador nacional das Comissões de Ética (CNCE), Jovanilson de Freitas, o Seminário Nacional de Ética Profissional é importante para que todos os Creas possam falar a mesma linguagem. “Além dos conselheiros, nada melhor do que trazer os colaboradores dos Creas, para que fique um legado das discussões. Nós conselheiros somos passageiros”, pontuou e, ainda, completou: “Quanto mais transparente e consistente o processo de ética for, mais ele retornará à sociedade nossa responsabilidade. Que nossos dois dias sejam produtivos e que possamos, posteriormente, dar continuidade ao que aqui for discutido”.

Primeiro palestrante do Seminário, o engenheiro eletricista e advogado Claude Pasteur, procurador-chefe do Crea-SC, falou sobre o tema “Ética profissional: base estrutural para a valorização profissional e o reconhecimento social do Sistema”. Em sua palestra, Pasteur traçou um panorama sobre o que é ética e moral e, posteriormente, levou essa discussão ao contexto da Engenharia e da Agronomia. 
Pasteur explicou que ética é a ciência cujo objeto é a moral, “assim como o objeto de estudo da física é a natureza e os corpos”. A moral, seria, portanto, o conjunto de condutas aceitas dentro de uma determinada sociedade. “A ética analisa, a partir de fatos morais, o que o homem é e faz, e estuda o que ele deveria ser e fazer”. Pasteur listou como conceitos básicos para se pensar a ética os valores, a virtude, a consciência ou senso moral, o livre-arbítrio e as responsabilidades.

Na segunda parte de sua palestra, Pasteur abordou a deontologia da Engenharia e da Agronomia. “Deontologia é a ciência que estuda os deveres. Cada profissão tem sua deontologia que resulta nos códigos de ética profissionais”, elucidou. Ele enumera que os principais deveres éticos das profissões de engenheiro e de agrônomo são honestidade, respeito, responsabilidade, zelo, justiça e cidadania. Já entre as virtudes do engenheiro, ele lista a sensatez, prudência, espírito de colaboração, perspicácia, perseverança, vontade de aprender e humildade. Somado a essas listas, ele ainda aponta que todo código de ética tem seus fundamentos: viver honestamente, não causar dano a outrem e dar a cada um o que é seu. Antes de chegar à conclusão, Pasteur mostrou ainda o triângulo dos dilemas éticos do engenheiro: lealdade à organização em que trabalha; segurança da sociedade; e seus próprios interesses. Após todas essas listas, Pasteur conclui: “A ética na engenharia deve buscar respeito pelo ser humano, melhoria da sociedade, sã convivência com os colegas e aumento da felicidade humana”.

GT Ética
Também constante da programação da manhã desta segunda-feira, o conselheiro federal Mario Varela, coordenador do Grupo de Trabalho Ética, apresentou os andamentos dos trabalhos do GT. Segundo ele, o principal objetivo do GT é definir, dentro da Engenharia e da Agronomia, o que é conduta difamente, o que é má conduta pública e o que é escândalo. “Já temos inclusive obtido alguns avanços. Com assessoria do Claude Pasteur, elaboramos um esboço de um projeto de resolução, para o qual gostaríamos muito de obter audiência de vocês”, disse.

O conselheiro destacou que a demanda de criação do Grupo de Trabalho nasceu da Coordenadoria Nacional de Comissões de Ética, no ano passado, com objetivo de incorporar possíveis melhoras no código de ética vigente. Para Varela, quando o ser-humano se afasta dos preceitos morais, da integridade e da conduta socialmente aceitável, cria-se um prejuízo na produção humana. “A ética deve ser o guia da nossa vida”, disse. 

Equipe de Comunicação do Confea

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