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Diretriz Curricular e Ensino a Distância marcam Plenária
Créditos: Arquivo CREA-RS
Na tarde do segundo dia da Plenária 1.421 do Confea, de quinta-feira (25), os debates foram marcados por deliberações da Comissão de Controle e Sustentabilidade do Sistema (CCSS) e da Comissão de Educação e Atribuição Profissional (Ceap), além de uma discussão sobre o Ensino a Distância (EaD).
A CCSS pautou as prestações de contas, aprovadas por unanimidade, de convênios como o Programa de Desenvolvimento Sustentável (Prodesu), dos Creas Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. As primeiras reformulações orçamentárias dos Creas Espírito Santo, Distrito Federal e Alagoas também tiveram aprovação por todos os conselheiros.
Outra deliberação da Plenária foi a alteração da composição do GT Diretriz Curricular para a Engenharia Civil. “Teremos, também, mais 120 dias para discutir com o MEC a formação desses profissionais”, considerou Gustavo Braz, coordenador da Comissão de Educação e Atribuição Profissional (Ceap). A nova composição terá Osvaldo Valinote, representando a Ceap; Luiz Capraro, representando a Coordenadoria de Câmaras Especializadas de Engenharia Civil, além de dois representantes da Presidência do Confea e de um representante do Plenário, que indicou o conselheiro Homero Catão.
Oriundas da 4ª Reunião Ordinária da Ceap, realizada de 17 a 19 de junho deste mês, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, as deliberações 269 e 284/2015 foram aprovadas pelo Plenário. A primeira orienta os Creas para que, quando do cadastramento de cursos, sejam observadas as cargas horárias estabelecidas pelos normativos do ministério da Educação em vigor, respeitando-se os períodos de transição quando previstos nas resoluções (Resolução CNE/CES nº 02, de 2007, Catálogo nacional de Cursos Superiores e Catálogo Nacional de Cursos Técnicos) e ainda a orientação aos Regionais para que, em se verificando um curso autorizado ou reconhecido com carga horária abaixo do estipulado pelo ministério da Educação, o órgão de ensino competente deve ser consultado.
Já a deliberação nº 284, define a inserção, em caráter precário, do título de tecnólogo em Gestão Ambiental na Tabela de Títulos Profissionais, instituída pela Resolução nº 473, de 2002, no Grupo 1 – Engenharia, Modalidade 1 – Civil e Nível 2 – Tecnólogo, concedendo aos egressos as atribuições dos arts. 3° e 4° da Resolução n° 313, de 1986, aplicadas à área da gestão ambiental e auditoria ambiental. Houve ainda a informação ao Plenário do Confea do cadastramento do curso de Tecnologia em Gestão Ambiental, modalidade a distância, ofertado pela Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL.
Ensino a Distância
A participação dos conselheiros no 21º Congresso Internacional da ABED de Educação a Distância, no Rio Grande do Sul, em outubro próximo, foi debatida pelos conselheiros, por sugestão da Comissão de Educação e Atribuição Profissional (Ceap). Segundo o coordenador, Gustavo Braz, o Sistema está sempre sendo citado nos debates do evento.
Na visão do coordenador nacional das Câmaras Especializadas de Ética, Jovanilson Freitas, é preciso discutir o tema, do ponto de vista das engenharias. “Vamos fazer parcerias com os laboratórios? Teríamos que estar lá, em uma próxima ocasião, como parte interessada da evolução deste Sistema”, sugeriu, defendendo a participação da Coordenadoria no debate.
Ao participar do debate, o presidente do Confea, José Tadeu da Silva, perguntou se os países desenvolvidos estão “muito acima do Brasil”, afirmando que eles usam a modalidade de Ensino a Distância. “O problema é como fazer, conforme disse o coordenador Gustavo Braz. Temos que dizer quais matérias, na Engenharia, podem ser virtuais e quais não podem. Do contrário, seremos atropelados. Representamos muitos profissionais que estão se formando ou até fazendo pós-graduação a distância, inclusive em outros países. Estamos no século XXI. Se não entrarmos no debate, vamos ser ignorados”, comentou. “Temos que buscar informações, por isso a importância de o Confea participar de discussões na Upadi e na Femoi, como estamos fazendo. Informação é conhecimento”, acrescentou.Mesmo após o pedido de vista concedido ao conselheiro Antônio Moreira Barros, o assunto teve sequência. O questionamento ao MEC, durante encontros realizados no ano passado e no início deste ano, inclusive com a participação da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), promotora do evento no Rio Grande do Sul, tem envolvido, também, profissionais e instituições, inclusive profissionais contrários à modalidade, de acordo com o coordenador do GT Ensino a Distância, Daniel Salati. Informando que o relatório do GT será divulgado em breve, ele considerou ainda que seu objetivo é “formar uma massa crítica no Sistema para termos um posicionamento sobre o tema, senão, seremos, de fato, atropelados. Ninguém segura isso, essa é a verdade”, afirmou Salati, destacando a necessidade de atuação dos conselheiros regionais oriundos das instituições de ensino.
O coordenador Nacional das Câmaras Especializadas de Engenharia Elétrica, Alfredo Marques, levantou pontos a favor e contra o EaD. “Nossos desafios são a quebra de paradigmas, desconhecimento e integração entre o antes e o depois, além da integração entre as duas modalidades e uma regulamentação em parceria com o MEC, para que o objetivo das escolas não seja vender diploma”.
á o coordenador do Colégio de Entidades Nacionais, Jorge Nei Brito, afirmou que há muitas exigências para a formação dos professores de EaD. “Vivemos em uma sociedade com a tecnologia do século XXI, mas estamos usando metodologias e estruturas do século XIX”, destacou, defendendo a participação nos debates e considerando que as aulas presenciais precisam ser uma referência para avançar nesse processo.
Equipe de Comunicação do Confea
O tema EaD também foi matéria de capa da última edição da Conselho em Revista (mai/jun)
