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Colégio de Presidentes: palestra destaca novo panorama para mercado de trabalho


Créditos: Arquivo CREA-AL

Um novo panorama está se delineando no mercado de trabalho envolvendo as profissões da engenharia e agronomia: é que as instituições financeiras que emprestam dinheiro para os projetos socioambientais não estão sabendo como fazer para cumprir as novas normas baixadas pelo Banco Central, cujas exigências tentam proteger as instituições que liberam os recursos. Elas ainda podem receber punições por não se precaver dos riscos que o tomador do empréstimo pode causar ao meio ambiente caso não atendam ao que está estipulado na lei da Anticorrupção.

A notícia foi dada ontem a tarde, dia 18,  pela advogada e professora Mariangélica de Almeida – que há nove anos dá consultoria aos bancos que liberam  recursos – numa exposição feita para os presidentes de CREAs que estão participando da 4ª. Reunião Ordinária do Colégio de Presidentes, que está sendo realizado no Hotel Jatiúca, em Maceió.

Segundo ela, empréstimos e financiamentos bancários sujeitos à avaliação de riscos ambientais têm que passar por análise e monitoramento de profissionais Engenheiros. E aí é onde está o problema. As instituições não contam com um corpo técnico capacitado para fazer o acompanhamento do projeto, estabelecer critérios e mecanismos específicos para que o pedido possa ser aprovado. “Para fazer isso os bancos vão precisar de Engenheiros”, disse.

A advogada alegou que a instituição que financie projetos danosos ao meio ambiente pode passar por um grande constrangimento se não se proteger com base numa política de responsabilidade socioambiental. “Os donos do dinheiro já estão preocupados com isso e vai depender das consultorias para evitar a inadimplência, o descrédito, os danos à imagem e na reputação”, ressaltou.

CAPACITAÇÃO

Ela também acha que os Creas vão ter uma demanda muito maior pela capacitação constante de seus registrados para mostrar o cenário que vem por aí. Segundo Mariangélica, a tendência é maior campo de atuação e aumento de interface com o setor financeiro dos bancos que poderão contar com o apoio dos profissionais da Engenharia para se proteger o máximo possível de serem punidos por não implantar o Programa de Responsabilidade Socioambiental (PRSA).

“Toda instituição agora tem que ter essa responsabilidade porque o protocolo verde não atendeu às necessidades dos bancos”, salientou. Disse que os bancos privados podem ser os primeiros a procurarem os que se capacitarem para fazerem análise e monitoramento de todos os projetos. “Acredito que é mais um mercado de trabalho que se abre para os Engenheiros”, conclui.

O presidente do CREA-RS, Eng. Melvis Barrios Junior, participa da reunião.

Fonte: CREA-AL

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