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Alta demanda de engenheiros no País


Atualmente nota-se uma evidente carência de profissionais engenheiros no país; apesar de cotados entre os profissionais mais bem pagos, cursos universitários não conseguem somar mais do que 10% do total de estudantes no Brasil. Trata-se de um panorama desencorajador e que acaba por prejudicar a capacidade de produção e inovação da indústria.
Pesquisas indicam que, nos dias de hoje, já há uma falta de 150 mil engenheiros no país. “Estima-se que, pelos investimentos que estão previstos, o Brasil precisaria de cerca de 300 mil profissionais de engenharia para os próximos cinco anos”, calcula José Tadeu da Silva, presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). Além disso, ele cita, a cargo de referência, as obras da Copa do Mundo, das Olímpiadas, do PAC e, inclusive, as empresas que estão se instalando no país.
Segundo o estudo feito pelo economista Naercio Menezes filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e da Universidade de São Paulo (USP), os engenheiros se tornaram os trabalhadores mais bem pagos devido à falta de profissionais nessa área: "A demanda aumentou e a oferta diminuiu", afirma ele. Isso porque o número de formandos não conseguiu acompanhar os novos postos disponíveis no mercado de trabalho, por isso a carência de engenheiros e a consequente valorização deste profissional. Hoje em dia o engenheiro recebe uma remuneração mensal de R$ 7.156, salário 20,6% superior à média de 2000.
Outros cursos tidos como mais técnicos, como a Odontologia, a Estatística e a Economia, sofrem do mesmo mal, visto que a procura por cursos de humanas têm aumentado cada vez mais em comparação aos de exatas e biológicas. Dados do Censo do Ensino Superior, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), apontam que apenas 10% dos universitários brasileiros estão frequentando cursos relacionados à Engenharia, Produção e Construção.
Um fator importante a ser ressaltado é a pouca oferta de vagas de exatas e biológicas nas instituições públicas, como diz João Luiz Maurity Sabóia, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro: "A maior parte dessas instituições não está interessada em oferecer cursos de Engenharia ou Medicina, pois eles são muito caros e as pessoas não teriam condições de pagá-los",. Os cursos técnicos são encarecidos, especialmente, devido à necessidade de investimentos em equipamentos, laboratórios e tecnologia.
Frente a esta realidade, as empresas têm empregado algumas medidas para tentar contorná-la, tais como deixar vagas em aberto; trabalhar na capacitação de profissionais, fornecendo horas de treinamento; ou procurando formar parcerias com entidades ou universidades. Outra saída admitida por algumas organizações é a de importação de mão de obra, a qual, entretanto, é realizada em baixa escala em razão das dificuldades que implicam realizar este procedimento.
(O Estado de S. Paulo)

 

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