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Última reunião do ano do Colégio de Presidentes começa no Rio de Janeiro


Presidente do CREA-RS, Eng. Ambienal Nanci Walter está presente . Créditos: Marck Castro/Confea

Com as participações do senador Carlos Portinho (PL-RJ) e de novos presidentes eleitos como o do estado anfitrião, eng. civ. Miguel Alvarenga Fernández y Fernández, o Rio de Janeiro deu início nesta segunda-feira (18/12) à sexta reunião ordinária do Colégio de Presidentes, última do ano.  Em tom de despedida e recepção dos presidentes de Creas e do Confea eleitos, a reunião ficou marcada como a mais prestigiada por reunir as gestões atuais e as vindouras. As prestações de contas anuais da Mútua e dos presidentes que concluem mandatos foram destaque na pauta da abertura da reunião, em que a presidência do Confea foi representada pelo eng. eletric. Jorge Bitencourt.

 

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Conselheiro federal Jorge Bitencourt


Jorge Bitencourt fez uma retrospectiva dos trabalhos durante o ano. Ele destacou a importância da transformação digital, a aproximação com os órgãos internacionais, a celebração dos 90 anos do Confea e os valores de investimento do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Sistema Confea/Creas e Mútua (Prodesu) que ficaram em R$ 28,9 milhões. “Vale destacar o trabalho que fizemos referente ao PL 9818/2018, que envolveu os conselheiros e presidentes de Creas, para retirar de pauta esse projeto que seria muito danoso para o Sistema”, ponderou o conselheiro. O projeto, de autoria do deputado Ricardo Izar (PP-SP), revoga a prerrogativa do CAU-BR de editar por resolução as atividades privativas de arquitetos e urbanistas.
 

Senador Carlos Portinho
Senador Carlos Portinho

Sobrinho-neto da urbanista pioneira e terceira engenheira do país, Carmen Velasco Portinho (1903-2001), o senador Carlos Portinho citou obras como o Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo e os projetos de habitação popular conhecidos como  Pedregulho de Benfica e o Minhocão da Gávea. “Espero que o setor conquiste muitas vitórias em defesa de uma categoria essencial para as obras e também para as demais engenharias. A engenharia brasileira é de ponta, temos os melhores profissionais nas respectivas áreas. Nesse momento de pegada de carbono, a tecnologia não é do futuro, é do presente, e traz uma transformação em todas as dimensões”, comentou, dando boas-vindas aos participantes e colocando-se à disposição da Engenharia. “Contem comigo como contaram com a reforma tributária onde conseguimos salvar alguma coisa para a categoria”, afirmou.
 

Por sua vez, o coordenador do CP, eng. agr. Ulisses de Oliveira Filho, que esteve à frente do Colegiado nos últimos dois anos, fez um balanço dos trabalhos. Segundo o relatório apresentado, até o momento, 43 propostas foram aprovadas durante ano e encaminhadas ao Confea. “Pelo segundo ano consecutivo, tivemos o índice de 100% de aceitação. A qualidade das propostas pode ser constatada ao serem recepcionadas em sua totalidade pelas comissões permanentes”, observou Ulisses. “Vale destacar que neste ano houve a implementação do sistema de votação eletrônica a do colegiado.”, complementou o assistente do CP, Renato Lisboa.  

Em seguida, o presidente do Crea-SE, eng. civ. Jorge Roberto Silveira, representando o CP Nordeste, apresentou a proposta a fim de esclarecer quais os profissionais estão habilitados às atividades relativas à acústica ambiental. E, a partir desse posicionamento, que seja feita a revisão da Tabela de Obras e Serviços Nacional (TOS). Outra iniciativa aprovada foi a campanha nacional para registro de docentes nos Creas e Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), de cargo ou função. “Neste período de eleição do Sistema, percebemos o quanto é difícil encontrar um professor com ART. Precisamos fazer campanha junto aos profissionais e às instituições de ensino”, defendeu Silveira. 
 

O diretor presidente da Mútua, eng. agr. Francisco Almeida, destacou que este ano a entidade bateu o recorde de novas associações, com 172 mil novos participantes. “Em termos de empréstimos, foram 11 mil empréstimos com uma média de R$ 49 mil por empréstimo, sendo que a média era R$ 24 mil. Mas a  Mútua não é uma caixa financeira, é uma caixa assistencial. E graças ao apoio de vocês, somos a maior caixa de assistência profissional do Brasil”, frisou. 
 


“Ao longo desse primeiro mandato, contamos com o apoio e a parceria do Confea. Não poderíamos deixar de agradecer. Ainda somos um Crea pequeno, e esse apoio foi fundamental para que pudéssemos alcançar as metas que planejamos. Isso nos deu o nosso segundo mandato”, disse a presidente do Crea-AC, eng. civ. Carmem Nardino, compartilhando o apoio dos colegas durante o primeiro mandato.
 

Presidente do Crea-AL, eng. civ. Rosa Tenório
Presidente do Crea-AL, eng. civ. Rosa Tenório


A presidente do Crea-AL, eng. civ. Rosa Tenório, destacou alguns programas desenvolvidos pelo regional. “Crea até Você”, que aproxima o Crea dos 102 municípios alagoanos; “Descomplica Crea”, que aproxima o conselho das instituições de ensino superior, e ainda o “Qualifica Crea”, que dá formação continuada gratuita aos profissionais. “Destacar a reabertura da primeira inspetoria, de Arapiraca, instalando duas salas de coworikng gratuitas, em Maceió e em Arapiraca, com escritórios para reuniões de trabalho e atendimentos. Implantamos a usina de energia solar que atende a sede e a inspetoria. Reformamos o auditório e o plenário, com recursos do Confea. E destacar o apoio do Confea com o Programa Fortalece para os 13 Creas ‘menores’ do Sistema. E ainda o novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários”, afirmou.  
 

Presidente do Crea-AM, eng. civ. Afonso Lins
Presidente do Crea-AM, eng. civ. Afonso Lins


O presidente do Crea-AM, eng. civ. Afonso Lins, e a presidente eleita, eng. pesca Alzira Miranda, participaram da reunião. “Ela assumiu a titularidade como conselheira federal pelo Amazonas. Vencemos algumas barreiras. Alzira é a primeira mulher eleita presidente do Crea-AM, além de ser a primeira engenheira de pesca do Brasil a ser presidente de Crea. É o Amazonas entrando para a história, o que nos deixa orgulhosos. Precisamos muito que se pense na pesca, não apenas em infraestrutura. Hoje temos 23 inspetorias, batemos recordes mês a mês em fiscalização, atendendo à meta de 10 mil fiscalizações em um ano. E temos a meta de atingir mil fiscalizações em dezembro, o que para a gente é fantástico. Isso graças ao investimento que foi feito ao longo dos anos, e mais ainda treinamento e parcerias. A troca de informações com o Crea-SP, por meio do presidente Vinicius Marchese, nos ajudou muito a chegarmos a esse número. Somos também o primeiro Crea da região Norte a receber a ISO 9001 e estamos com nossa nova sede. O presidente Joel Krüger sempre pensou muito na região Norte e nunca deixou de lado principalmente o Crea-AM, que tem uma dívida de gratidão muito grande por ele nos fazer participar do Fortalece, que é um divisor de águas”, ressaltou, elogiando a atuação parlamentar e a divulgação promovidas pelo Confea. “Desejo a todos os presidentes eleitos e reeleitos que façam um mandato maravilhoso, que possamos fazer um trabalho de excelência. Parabéns ao presidente Vinicius. Conto com todos vocês”, considerou a presidente eleita, Alzira Miranda.
 

Presidente do Crea-AP, eng. civ. Edson Kuwahara
Presidente do Crea-AP, eng. civ. Edson Kuwahara


Ao saudar os colegas, inclusive os novos presidentes eleitos, o presidente do Crea-AP, eng. civ. Edson Kuwahara, agradeceu ao grupo de trabalho do Prodesu. “Ao final da nossa gestão, conseguimos analisar todos os processos em tempo real, o que era impossível nas outras épocas. Nós conseguimos zerar todos os processos em agosto. Queria agradecer também o GT da Resolução 1.137, que foi aprovado e esperamos que o teor seja mantido”, disse, agradecendo ao conselheiro federal Neemias Barbosa e aos demais conselheiros. “Todos entenderam que o Programa Fortalece é um programa de gestão, e não de avaliação ou disputa para ver quem faz mais ou faz menos. O resultado foi o esperado, todos os Creas assumiram sem perdas de recursos”, disse, agradecendo a convivência com os colegas e convidando seu sucessor, o engenheiro civil Amarildo Magalhães. “Espero poder contribuir com o Sistema à altura do colega Edson Kuwahara”, disse o futuro presidente.


O engenheiro civil Emanuel Mota agradeceu todos os que o acompanharam durante os seis anos dos dois mandatos à frente do Crea-CE. “A gente pôde comprovar que o serviço público pode ser prestado com qualidade. Pude fazer grandes amigos de estreita convivência. Nos próximos anos, permaneço no Sistema, creio que tenho muitas ideias a colocar para um Sistema que entenda as demandas da tecnologia”. Seu sucessor, o engenheiro civil Fernando Galiza, considerou Emanuel “um professor da gestão pública de qualidade”. 
 


Ao encerrar seu segundo mandato à frente do Crea-DF, a engenheira civil Fátima Có ressaltou a importância do marco da usina fotovoltaica do Regional. “Não adianta falar de engenharia, tecnologia se na nossa casa a gente não faz a mesma coisa. Já está em construção a usina. Também deixamos a nova sede bastante cuidadosa para dar condições de trabalho operacionais e com salubridade. Estamos felizes de ter conseguido a certificação da ISO 9001, revalidada esse ano”, comentou, destacando o programa Aprimora, de capacitação profissional. “Juntos faremos um trabalho no Crea-DF. Queremos deixar um legado positivo. Contem comigo”, disse a presidente eleita eng. eletric. Adriana Resende.


“Saneamos e interiorizamos o Crea. Tínhamos uma fiscalização em cima da ART e de anuidade. Mudamos esse quadro para vistorias fiscais e técnicas mais perto da sociedade, inclusive fiscalizando a formação profissional, dentro do princípio de currículo mínimo, currículo pleno e grade curricular, combatendo severamente o ensino a distância em cima de plataformas falsas”, descreveu o presidente reeleito do Crea-ES, eng. agr. Jorge Silva, destacando o apoio do plenário, da presidência e dos funcionários do Confea, além da ampliação de seis para 680 inspetores, a quase quadruplicação do número de empresas e do aumento de 24 mil para 43 mil profissionais registrados. “É uma honra terminar o mandato com resultados, dentro de uma gestão compartilhada”, disse, citando colegas presidentes que o apoiaram e o incentivo aos estágios públicos e privados. “O Sistema evoluiu politicamente, crescemos bastante em termos de participação política”, ressaltou, entre diversas conquistas orçamentárias.
 

Presidente do Crea-GO, eng. civ. Lamartine Moreira
Presidente do Crea-GO, eng. civ. Lamartine Moreira

“Tivemos um incremento na área de saúde. Fizemos parceria com a Fecomércio e a rede Sesc em nível Brasil, importante para nossos profissionais visitarem outros estados a preços acessíveis, além de oferecer acesso à pós-graduação. Melhoramos e interiorizamos o apoio às entidades de classe, dando representatividade ao interior. Investimos muito na fiscalização, mais de R$ 1,2 milhão  através de inteligência artificial, em parcerias com a Polícia Federal e o INPE. Temos também o incremento no programa de patrocínio e temos aprovados R$ 2 milhões para os projetos para melhorar o conhecimento dos profissionais. O Crea-GO é superavitário, temos R$ 40 milhões em caixa, o que nos permite fazer investimentos para os profissionais na capital e no interior. E temos o Programa de Residência Técnica com o Senai e o Sinduscon, o que vai reverberar bastante. Temos que ter cada vez mais os profissionais interagindo nas engenharias e ocupando o local que lhes é devido”, descreveu o presidente eng. civ. Lamartine Moreira, ressaltando ainda o Programa Mulher do Regional, o Programa Jovem Engenheiro, o projeto Universidade Corporativa, com trilhas de conhecimento para capacitação profissional. 
 


Presidente do Crea-MA, o engenheiro civil Luís Plécio agradeceu a convivência nos últimos anos. “Sou o mais jovem presidente, e essa experiência aqui agregou muito conhecimento. A gente fica feliz pelo nosso conselho, e o Wesley é a garantia da continuidade ao longo dos próximos três anos. Desde o Crea Qualificando, a gente buscou incentivar as inspetorias. Temos deficiência em ter representantes do interior. A gente está nessa corrida para conseguir fazer chegar as nossas informações mais longe. Apoiamos bastante também o Crea Júnior que hoje leva bastantes informações para o interior também”. Já o engenheiro mecânico Wesley Assis, destacou sua atuação no Crea-MA, os últimos cinco anos como superintendente de fiscalização. “Vamos dar continuidade ao trabalho que vem de 2015 para cá, e o nosso eixo vai ser a inovação, com a complementação de diversas ferramentas tecnológicas, tanto de fiscalização, como no Crea”, afirmou.
 O presidente do Crea-MG, eng. civ. Lucio Borges, considerou ser “uma honra poder participar dessa última reunião do Colégio de Presidentes, como presidente do Crea-MG, eleito em 2017 e reeleito em 2020. Em 23 de abril do ano que vem, o Crea-MG faz 90 anos, no mesmo dia em que eu nasci em 1958. Depois de seis anos, nós conseguimos uma transformação digital, somos 100% digitais. As nossas Anotações de Responsabilidade Técnica são liberadas em 30 minutos, um serviço totalmente online. Hoje o Crea está de portas abertas todo o ano. Também pegamos o Crea-MG com um déficit financeiro de R$ 14 milhões e vamos entregar com um superávit de R$ 300 milhões. Um Crea arrumado”, comentou. Já o presidente eleito, eng. civ. Marcos Gervásio, ressaltou a seriedade da gestão do regional. “Fui parceiro do presidente Lucio Borges nesses três anos. Trabalhamos muito sério e o nosso comprometimento é de dar continuidade a esse trabalho, continuando a ser parceiros de todos os Creas do Brasil. Aproveitamos o que estava pronto para encurtar distâncias. Estou disposto a colaborar no que for possível”, afirmou.


A presidente reeleita do Crea-MS, eng. agrim. Vânia Mello, destacou a atuação do coordenador do Colégio de Presidentes. “Presidente Ulisses Filho, nesses dois anos, o senhor fez com que a coordenação do CP fosse diferente, onde as demandas dos presidentes foram valorizadas. Você fez a diferença, nós nos sentimos representados. Parabéns ao presidente Carlos Xavier, que também contribuiu nesse processo”. Em relação ao mandato, Vânia destacou que buscou as experiências que davam certo, elogiando o trabalho da presidente Fátima Có no Crea Centro-Oeste. “O Crea-MS está à disposição de todos”, afirmou, desejando sucesso aos gestores.  
 


“Tive muito zelo em poder contribuir com a gestão do Crea-PB”, comentou inicialmente o presidente do regional paraibano, eng. civ. Hugo Paiva. “Peguei o mandato já em andamento”, ressaltou, em referência à sua eleição após a morte do presidente eng. civ. Antonio Carlos de Aragão, em maio do ano passado. “Agradeço ao presidente Joel e aos colaboradores do Confea e a todos vocês pelo aprendizado compartilhado. Destravamos alguns processos e aproveitamos muitas coisas já prontas de outros Creas. Busquei entregar capacitações e uma maior transparência nas fiscalizações. Tivemos 45% dos profissionais participando das eleições. Podem contar conosco sempre”. Já o ex-conselheiro federal e presidente eleito, eng. minas Renan Azevedo, afirmou que “na campanha, a gente escuta os anseios dos profissionais. Não podemos nos esconder das críticas dos profissionais para levar ao Sistema a necessidade de melhorias. Junto ao Confea, precisamos buscar o avanço das nossas profissões. Estamos juntos para construir um ideal comum, em nome das nossas profissões”. 

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 Carlos Alberto Kita Xavier



O presidente do Crea-SC, eng. civ. Carlos Alberto Kita Xavier, apresentou a proposta para criação da Comissão Temática Qualidade do Ar Interior de caráter permanente no Confea, que foi acatada pelos presidentes e será encaminhada para análise do Confea.

O CP volta a se reunir na terça-feira (19) a partir das 9 horas. 

Fernanda Pimentel e Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea
 

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