A iniciativa é uma realização do CREA-RS e do Programa CREA Jr-RS, em parceria com o Centro de Estudantes Universitários de Engenharia da UFRGS (CEUE). Créditos: Arquivo CREA-RS

sexta, 05 de dezembro de 2025

O Auditório Farroupilha recebeu, nesta quinta-feira (4), a primeira edição do Encontro Estadual do CREA Jr-RS, reunindo estudantes, recém-formados e profissionais das Engenharias, Agronomia e Geociências. O evento segue até domingo (7) e conta com debates, palestras, workshops práticos e o Hackathon CEUE-UFRGS 2025 + CREA-RS | CREA Jr-RS.

A iniciativa é uma realização do CREA-RS e do Programa CREA Jr-RS, em parceria com o Centro de Estudantes Universitários de Engenharia da UFRGS (CEUE). Conta com patrocínio do Confea e do Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem em Geral no RS, além do apoio da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul.

A solenidade de abertura foi conduzida pela presidente do CREA-RS, Eng. Amb. Nanci Walter, e contou com a presença do presidente do Confea, Eng. de Telecom. Vinicius Marchese; do Eng. Eletric. José Sicco, conselheiro federal 2026/2028; do coordenador estadual do CREA Jr-RS, Matheus Bueno; do Eng. de Prod. Fábio Chaves, gestor institucional do CREA-RS; do Eng. Metal. Prof. Dr. Afonso Reguly, diretor da Escola de Engenharia da UFRGS; e do Eng. Civ. Rafael Sacchi, presidente do Sicepot.

A presidente destacou a relevância do Programa CREA Jr, que celebra 25 anos de atuação nacional e dois anos no Rio Grande do Sul. “Queremos oferecer aos estudantes aquilo que não tivemos na Universidade: a aproximação com o Conselho Profissional. Esse diálogo é fundamental para fortalecer o início da trajetória dos futuros profissionais.”

Ela também abordou o compromisso dos Creas com a redução da evasão acadêmica. “Precisamos abrir mais frentes para transformar esse cenário. Estar aqui, conversando, nos conectando e mostrando a importância de profissionais formados nas nossas áreas é essencial. É necessário reforçar cada vez mais a integração entre o Conselho e as Universidades, desde o início da vida acadêmica.”

O futuro das engenharias e o mercado brasileiro

O presidente do Confea, Eng. Vinicius Marchese, abriu a programação técnica com a palestra “Futuro: uma perspectiva sobre o mercado, as engenharias e o Brasil”. Marchese destacou que o início da carreira costuma ser marcado por incertezas e que a construção profissional exige tempo:

“Entre o Vinicius de 2006, recém-formado, e o de hoje, presidente do Confea, houve mais erros do que acertos — e foram eles que me trouxeram até aqui. Vocês são uma geração muito rápida e, muitas vezes, não se permitem viver o processo. E essa vivência é fundamental.”

Ele trouxe preocupações estruturais para o debate, como a baixa proporção de engenheiros formados por habitante no Brasil. “Não existe país desenvolvido com essa proporção. Nos últimos oito anos, perdemos trinta por cento dos estudantes de engenharia. Esse apagão de mão de obra qualificada preocupa, mas também revela uma oportunidade: quem estiver se formando hoje será muito disputado, desde que esteja qualificado. A engenharia vive um cenário de plena empregabilidade.”

Tecnologias emergentes e oportunidades

O avanço da inteligência artificial também foi destaque na fala do presidente do Confea. Para ele, o grande desafio não será a adaptação às tecnologias, mas a capacidade de sustentá-las. “Precisaremos de uma infraestrutura robusta para acompanhar a transformação digital. Nossas áreas têm enorme potencial para alicerçar o Brasil no desenvolvimento da IA.”

Marchese reforçou que o país desponta como futuro polo de data centers, atraindo investimentos das grandes empresas de tecnologia. “Acho que o debate ainda está preso às plataformas, quando deveria estar nas oportunidades. Aprender a usar a tecnologia é a parte mais fácil — o diferencial está em saber que portas ela abre.”

Ele também listou habilidades cada vez mais valorizadas pelo mercado: pensamento analítico, resiliência, pró-atividade, criatividade e competências interpessoais. “O currículo representa metade do valor do profissional. A outra metade são as habilidades pessoais. E, na engenharia, o aprendizado é contínuo — nunca termina na graduação.”

Sistema Confea/Crea como ferramenta de desenvolvimento

Encerrando sua participação, Marchese reforçou o papel estratégico do Sistema para o desenvolvimento dos profissionais e futuros profissionais. “Temos que encarar o Sistema Confea/Crea como ferramenta, não como fim. Somos um instrumento de desenvolvimento social e profissional. Perguntem-se sempre o que o Sistema pode fazer por vocês — e a resposta é: muito.”

Conexão e Inovação

O mundo tecnológico não para de evoluir, assim como CREA-RS. Assim será o Hackathon CEUE-UFRGS 2025 + CREA-RS | CREA Jr-RS, o primeiro Hackathon dessas entidades, uma jornada de inovação onde estudantes se unem em um grande desafio. 

Com o tema “CREA-RS Future Hack: otimização de expedientes de registro de PJ e PF”,  o CREA-RS pretende com este desafio gerar uma nova mentalidade de inovação e proatividade nos expedientes de registro de PJ e PF. O objetivo é desenvolver novas estratégias que preparem o CREA-RS para cenários não óbvios e garantam sua adaptação às mudanças rápidas do mercado.

Em resumo, CREA-RS Future Hack busca usar a criatividade e a engenhosidade para intervir no presente e direcionar os acontecimentos para construir um futuro desejável, em vez de ser um mero espectador das mudanças. As equipes deverão apresentar um protótipo aplicável, justificando a interface com os demais expedientes e o impacto positivo da solução proposta.

Serão dias de imersão em mentorias, capacitações, desenvolvimento de protótipos e pitches para banca avaliadora e premiações.

1º lugar – R$ 4.000,00

 2º lugar – R$ 2.000,00

3º lugar – R$ 1.000,00

 Dinâmica

Inscrições por equipe

Desafios proposto pelo CREA-RS

Mentorias e workshops

Apresentação das soluções