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Presidente Capoani e delegação gaúcha se destacam em painel no 28º CBA


Eng. Luiz Alcides Capoani . Créditos: Arquivo CREA-RS

Com ampla intervenção da delegação gaúcha com relação à Diretiva do Congresso Nacional dos Engenheiros Agrônomos do Brasil, documento assinado pelas principais entidades de Agronomia de todos os Estados e que rejeita o PL 356/2013 do Senado e o PL 6765/2013, propondo ampla discussão sobre o tema, ocorreu na sexta-feira (22/11), último dia do Congresso Brasileiro, uma mesa-redonda com o tema “A defesa dos interesses do Engenheiro Agrônomo no Poder Legislativo Federal”.

Na ocasião, o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Engenharia e Agronomia, deputado federal e Eng. Civ. Augusto Rodrigues Coutinho de Melo, de Pernambuco, fez questão de ressaltar a importância das atividades da Engenharia. Lembrou ainda das palavras do ministro sobre os engenheiros brasileiros afirmando que teve a oportunidade de se pronunciar na Tribuna da Câmara em defesa da Engenharia e criticando as manifestações de desvalorização da profissão. “Temos excelentes engenheiros e na realidade não houve planejamento do governo para que as obras da Copa do Mundo”, esclareceu. 

Ao abordar o documento aprovado no Congresso, o deputado se pronunciou a favor de uma ampla discussão, entendendo que a questão deveria ser debatida antes internamente dentro do Sistema Confea/Crea, para que haja uma caminho equilibrado. “Entendo a reivindicação dos Engenheiros Agrônomos e a considero legítima. A minha função aqui como legislador é ouvir os profissionais e levar suas principais questões à discussão na casa em que são implementadas as leis, a Câmara Federal, contribuindo para uma Engenharia melhor”, destacou.

O Eng. Ag. Ivo Lessa, da Farsul, além de enfatizar ao deputado a necessidade de impedir a aprovação do PL 356/2013 do Senado e o PL 6765/2013, lamentou a ausência de um representante do governo de um Estado. “Aqui há profissionais responsáveis por 2% da produção do Brasil e não vejo nenhum representante do governo estadual. Fico bem preocupado com esta situação. Além disso, não tem notícias deste evento no qual se discute a segurança alimentar”, concluiu o Engenheiro. 

Eng. Agr. Ivo Lessa, da Farsul

O conselheiro da Câmara Especializada de Agronomia do Rio Grande do Sul, Eng. Lulo José Pires Correia, também se manifestou sobre o projeto de lei que foi aprovado no Senado. “Estamos muito preocupados, senhor deputado, com a nossa profissão. Não podemos ficar parados, pois já fomos prejudicados com outros decretos e um general não pode ser governado por soldados”, insistiu. 

eng. Agr. Lulo José Pires Correio, conselheiro do CREA-RS

Já o coordenador da Câmara Especializada de Agronomia do Rio Grande do Sul, Eng. Juarez Lopez Morbini, incentivou o deputado a convencer os seus colegar em prol dos Engenheiros Agrônomos. “Não sou contra os Técnicos Agrícolas, mas fomos os primeiros a ser prejudicados e não podemos concordar com o fato de os técnicos, ao estudarem cerca de dois anos, terem as mesmas atribuições que os Engenheiros Agrônomos”, destacou. 

Eng. Agr. Juarez Morbini, coordenador da Câmara Especializada de Agronomia do CREA-RS

Para Morbini, o Congresso “mexeu com velhas feridas”. “É uma profissão que tem tido diversos ataques de outras profissões, como biólogos, arquitetos, zootecnistas. E agora esta lei que tramita no Senado. Se não tomarmos uma decisão, será a derrocada de nosso Sistema. Não podemos concordar com essa inversão de valores, fazendo com que as atividades dos Engenheiros Agrônomos sejam julgadas por Técnicos Agrícolas”, avaliou. Além disso, se comprometeu a participar da próxima reunião da Frente Parlamentar para entregar o documento “Diretiva do Congresso Nacional dos Engenheiros Agrônomos do Brasil”, e contribuir para esta discussão tão importante para a categoria agronômica. 

Já o presidente do CREA-RS, Eng. Luiz Alcides Capoani, bastante aplaudido, lembrou ao deputado que a pressão já está estabelecida. “Precisamos mostrar aos legisladores que as leis precisam ser discutidas antes de ser aprovadas. É necessário ouvir todos os envolvidos. E as leis têm de ser justas e rigorosas. É preciso discutir internamente, não houve o debate dentro do principal colegiado do Sistema, que é o Colégio de Presidentes. Temos a obrigação de oferecer a nossa expetise a deputados e senadores, porque as leis não devem ser feitas para os Engenheiros Civis ou Agrônomos, mas para a segurança da sociedade. As principais lideranças do Sistema Confea/Crea precisam atuar de forma contundente junto aos legisladores para garantir as atribuições de nossas profissões e a sobrevivência de nosso Sistema”, concluiu, questionando por que ninguém do Sistema acompanhou a aprovação do projeto PL 356/2013 do Senado, afirmando “Comandante fraco, exército fraco, comandante forte, exército forte”. 

Também estavam presentes o deputado federal Augusto Coutinho (Solidariedade/PE) e o deputado estadual pelo MT, José Domingos (PSD); Angelo Petto Neto, Juares Samaniego e João Dias Filho, respectivamente, presidentes da Confederação das Associações de Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeb), do Crea-MT, e da  Associação dos Engenheiros Agrônomos de Mato Grosso; Ana Constantina, conselheira federal - representando o presidente do Confea, José Tadeu da Silva -, e o professor  Eudes de Souza Leão Pinto,  presidente da Academia Brasileira de Ciências Agronômicas  

 

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