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Plano de Mobilidade Urbana será revisado em Montenegro


Sinalizações horizontais e verticais, semáforos, faixas de contenção e de segurança, entre outros itens, serão alvo de uma criteriosa avaliação nos próximos dias. A Diretoria de Transporte e Trânsito da Prefeitura formou uma comissão para apontar os principais problemas no sistema viário. O grupo é composto por representantes da própria Diretoria, da Secretaria de Obras Públicas, da Brigada Militar e da Polícia Rodoviária Estadual.
De acordo com o coronel da reserva Edar Borges Machado, responsável pela Diretoria de Trânsito desde o começo deste mês, a instalação de quebra-molas e de outras ferramentas de controle da velocidade também estão na pauta. Na próxima segunda, inclusive, o assunto será discutido na Câmara, por conta de um requerimento do vereador Roberto Braatz (PDT), aprovado na sessão da última quinta-feira. “Queremos implantar um sistema que faça fluir o trânsito”, explica Borges.
O novo diretor deixa claro que não pretende adotar uma política de terra arrasada. “Alguma coisa foi feita nos últimos anos, por conta do Plano de Mobilidade Urbana. Qualquer mudança deve ser implantada com base nesse projeto”, ressalta. Borges observa, porém, que o trabalho carece de atualização, pois os estudos que o embasaram são de três anos atrás e a realidade das ruas mudou. “Mas vamos valorizar este estudo que, afinal, custou caro para os cofres públicos. Não seria inteligente desprezá-lo”, assegura.
O Plano de Mobilidade Urbana foi concebido na segunda gestão do ex-prefeito Percival, em 2010, e sua elaboração ficou a cargo da empresa Pró-Cidades, que recebeu em torno de R$ 60 mil. Entre as medidas propostas, algumas chegaram a ser implantadas, como a transformação das ruas Capitão Cruz e Capitão Porfírio em mão única. Quando assumiu, ano passado, o prefeito Paulo Azeredo fez diversas mudanças sem, sequer, consultar o Conselho Municipal de Trânsito.

Conselho Municipal de Trânsito apoia ações
O Conselho Municipal de Trânsito, embora seja um órgão consultivo, apóia o trabalho da comissão que vai analisar a estrutura do sistema viário. O engenheiro civil João Luis Collares Machado, presidente do CMTT, concorda que existem muitos temas a serem discutidos, a começar pela sinalização horizontal e vertical. “Até a qualidade da tinta que a Prefeitura está usando precisa ser revista, pois as marcações logo se apagam”, constata. 
Collares saúda o fato de o prefeito ter indicado para o cargo de diretor alguém que possui sólidos conhecimentos na área, como o coronel da BM Edar Borges Machado. “Isso nos deixa com a esperança de que o trânsito será tratado de forma técnica”, espera. Para ele, qualquer modificação no sistema viário só pode ser realizada se houver um estudo comprovando que haverá mais segurança ou a eliminação de um risco.
O presidente do Conselho concorda que é preciso resgatar o Plano de Mobilidade Urbana como diretriz para qualquer alteração. Ao mesmo tempo, espera que o Município invista em campanhas de conscientização para reduzir o número de acidentes e tornar as ruas mais seguras para pedestres, ciclistas e motoristas.
Collares, por exemplo, é contra os quebra-molas. “Além de não estarem nos padrões da legislação, eles dificultam o tráfego, por exemplo, de ambulâncias, viaturas da Brigada e do Corpo de Bombeiros, que atuam em situações extremas, em que cada segundo é precioso”, ilustra. Como alternativas, cita as sinaleiras. “De modo geral, temos poucos pontos de conflito em nossas ruas. Não é tão difícil encontrar soluções”, define.

O QUE ESTABELECE O PLANO
O Plano de Mobilidade Urbana tem o objetivo de melhorar o tráfego de veículos, principalmente na zona central da cidade, além de outros pontos críticos.
Os técnicos analisaram as principais vias da cidade e observaram questões como a circulação e o fluxo de veículos.
O planejamento levou em conta a segurança das pessoas, buscando ainda uma maior fluidez.
Algumas medidas previstas:
Fluxos
Implementação de mão dupla em toda extensão da rua Ramiro Barcelos;
Inversão de sentido das ruas Santos Dumont e Osvaldo Aranha (já realizada);
Rotatórias
Construção de rotatórias em cinco cruzamentos: (Osvaldo Aranha/Buarque de Macedo/Bento Gonçalves; Buarque de Macedo/Santos Dumont; Buarque de Macedo/Alberto Göttselig/Carlos Gustavo Jahn; Bruno de Andrade/Antônio Lisboa; Júlio Renner/Hans Varelmann/Campos Neto).
Ônibus
São indicadas três modalidades de linhas. As radiais, ligando o Centro aos bairros; as transversais, que ligam bairros distantes, passando pelo Centro; e as circulares, que farão a volta na cidade, nos sentidos horário e anti-horário.
Terminal
Todas as linhas teriam o mesmo ponto de partida: o Terminal de Transbordo, a ser construído no terreno do antigo almoxarifado da Prefeitura, na rua José Luiz. A ideia era fazer com que os coletivos passassem por dentro do terminal, evitando que os usuários tivessem de atravessar a rua para tomar o ônibus. A Administração anterior chegou a conseguir verbas federais para a obra, mas o prefeito Paulo Azeredo desistiu de fazê-la.
Ciclovias
O projeto aponta a necessidade da construção de ciclovias, ligando todos os bairros da cidade. A linha principal uniria o bairro Faxinal ao Aeroclube, passando pelo Centro. A esta linha principal, outras três linhas secundárias se juntariam, para atender aos outros bairros. No total, as ciclovias cobririam 39,65 km.
Pedestres
Para o tráfego de pedestres, a empresa sugeriu a criação de rotas especiais, tendo a rua Ramiro Barcelos como eixo principal, e facilitando o acesso ao transporte público. Propôs ainda melhoramentos para facilitar as caminhadas nos principais pontos do município, como a margem do Rio Caí, o Morro São João e a Estação da Cultura.

Fonte: http://www.jornalibia.com.br/pagina.php?cont=materia&categ=1&secao=148&id=26876

 

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