Notícia
Coema prepara Seminário sobre Cadastro Ambiental Rural
Reunião ocorreu na sede do Conselho . Créditos: Arquivo CREA-RS
Em sua última reunião, no dia 27 de junho, os conselheiros da Comissão de Meio Ambiente do CREA-RS (Coema) contaram com uma apresentação sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR), promovida pelo conselheiro Eng. Agr. Ivo Lessa. De acordo com o coordenador da Comissão, Eng. de Minas Régis Wellausen Dias, o objetivo é se municiar de informações sobre o CAR, registro ambiental para propriedades rurais implementado a partir do Novo Código Florestal (Lei n.º 12.651), para realização de evento sobre o tema. “Buscamos um bom projeto para o Seminário, para esclarecermos os principais problemas do Programa e para posicionar o Conselho como um dos atores na sua concretização e aperfeiçoamento”, destacou.
O Eng. Agr. Lessa, que trabalha desde 2008 com CAR, abordou os principais fundamentos e questões pendentes do CAR, demonstrado, ao final, como funciona na prática um cadastramento, realizado por meio de plataforma digital. Para ele, o principal objetivo do governo com a implantação do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural é o de reconhecer a realidade ambiental do território, através do detalhamento de cada propriedade rural brasileira, destacando o dado de que ainda 60% do território nacional é coberto por florestas. “É uma questão muito mais ambiental que fundiária”.
Entre os desafios ao CAR, destacou o necessário acompanhamento técnico para preenchimento do Cadastro. Apesar de não ser uma exigência, considera que os pequenos produtores rurais não terão condições de fazê-los sem o devido acompanhamento por um profissional ou entidade de assistência técnica. “Como achar que um proprietário que não sabe nada de georreferenciamento vai fazer isso?”, indagou, reafirmando a importância das capacitações aos profissionais do Estado.
Relatou, ainda, as vantagens trazidas com o CAR ao produtor rural, como a comprovação da regularidade ambiental, segurança jurídica, acesso ao crédito, suspensão de sanções, acesso à programas de regularização ambiental, planejamento do imóvel e possibilidades de certificações de mercado. Para os órgãos ambientais, que para o profissional hoje são parceiros do produtor, contribuirá com a separação entre o desmatamento legal e ilegal, monitoramento do desmatamento, apoio ao licenciamento, além de uma melhora na gestão ambiental no âmbito rural.
A Comissão divulgará com antecipação a data e programação do seminário planejado.
