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Energia fotovoltaica no Brasil é tema de palestra na 71ª Soea
Créditos: Arquivo CREA-RS
Com o auditório dois completamente lotado, o alemão Hans Rauschmeyer trouxe uma boa notícia para todos os municípios brasileiros em sua palestra sobre Energia Fotovoltaica, chamando a atenção de profissionais de todas as modalidades e estudantes participantes da 71ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea).
O especialista falou sobre o projeto 50 telhados. Pela proposta, cada cidade participante precisa ter pelo menos 50 telhados fotovoltaicos em 24 meses (ou 100 kWp de potência total), instalados por empresas cadastradas no site do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal). É uma grande novidade para o setor elétrico brasileiro, para evitar a escassez que preocupa a população. Hans ressaltou a virada de seu país, Alemanha, que passou a investir mais em energia alternativa. Até 2030, o país europeu se propõe a mudar a sua matriz energética. “É uma cultura a longo prazo”, adiantou.
O palestrante reconheceu que não há como a energia solar sozinha garantir a demanda da população. “A energia solar, no entanto, mostra que é o complemento perfeito da energia hídrica. Afinal, ela produz mais quando está chovendo menos. Ela é mais garantida, pois a irradiação varia muito pouco entre um ano e outro. Consegue, portanto, estabilizar a matriz energética, o fator mais importante para a indústria”, detalha.
Segundo Hans, de fácil instalação, as microusinas podem ainda ser construídas no local do consumo, como o projeto instalado em sua casa em Santa Teresa, que, além de reduzir em 60% de sua conta de energia, ainda possibilita a redução da dependência de linhas de transmissão, outro calcanhar de Aquiles do sistema brasileiro. O palestrante destacou que, no site do Instituto Ideal, há um mapa de fornecedores para o Brasil todo. A energia fotovoltaica veio para ficar, de acordo com Hans. “Até mesmo a questão da reciclagem passa por ajustes e discussões, para a inclusão de novas tecnologias e diretrizes”, alerta.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Crea-RS
