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A difícil tarefa de promover a interação entre universidade, Sistema e empresas


Créditos: Arquivo Confea

O painel Ecossistema de Inovação: Interações de Educação Superior x Empresas x Confea/Crea x Fundações de Apoio a Pesquisa – realizado na tarde desta quarta-feira (13/8), no Centro de Convenções Atlantic City, em Teresina (PI), dentro da programação da 71ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), começou com a palavra “assustador”, pronunciada por  Nival Nunes de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Educação Superior (Abeas), o primeiro a se apresentar.

“É assustador saber que nossos ministérios de Educação foram criados nos anos de 1970 e o de Ciência e Tecnologia, 1980. De lá para cá, muita coisa evoluiu e a própria inovação tecnológica gerou a necessidade de profissionais com formação multidisciplinar e isso precisa ser moldado como acontece em muitos países”.

Na sequência, Jacson Sávio de Vasconcelos Silva, diretor CCT/Unifor, afirmou que “a formação de engenheiros nesse ambiente de inovação  é um desafio, exige formação com mais disciplina e exige o diálogo entre academia, empresas, sistema de regulamentação profissional e investimentos em pesquisa”. Para ele, “a acreditação de cursos para facilitar o trânsito dos profissionais também exige que os países também dialoguem”.

Fernando Cesar Juliati, presidente Abeas, chamou a atenção para o Projeto de Lei que trata de proteger o patrimônio genético nacional que exigirá autorização para que a indústria use a matéria-prima de micro-organismos e plantas. Ele confessa que “a interação não é fácil em função do arcabouço da legislação brasileira que precisa ser mais facilitadora e não bloqueadora”.

Wilson Lang, ex-presidente do Confea, esclareceu que o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia é órgão criado para registrar e fiscalizar as atividades da engenharia, criado para o desenvolvimento da engenharia e não do engenheiro. Por isso ele acredita que: “o Confea devia estimular a capacidade de disseminar a informação técnica especializada”.

Para ele, é preciso retomar as discussões em torno da Resolução 1010, de 2005, para que o Sistema Confea/Crea tenha como definir as atribuições de profissionais com formação multidisciplinar. Existem questões fundamentais e precisamos cair na real, no mundo real”.

Além de defender a inserção dos estudantes no Sistema, Wilson Lang defendeu também “a humanização dos cursos de exatas, porque, afinal, lidamos com gente e é preciso sabermos um pouco de  filosofia, ciências sociais, economia para entendermos e atendermos a sociedade”. 

O painel teve como moderador Paulo Henrique Gomes de Lima, reitor do IFPI.

Fonte: Equipe de Comunicação do Confea

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