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Os espaços são deficientes, não as pessoas
Créditos: Arquivo CREA-RS
A tecnologia assistida foi tema de palestra proferida pelo Engenheiro Mecânico Sérgio Yassuo Yamawaki, coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica e Metalurgia do Crea-PR e diretor do Instituto Sabrina Belon e da Sysmob Tecnologias, que desenvolvem equipamentos para pessoas com deficiência. Em sua fala, ele mostrou a importância da tecnologia para a inclusão das pessoas. "Afinal, pequenos obstáculos, como um simples degrau, são intransponíveis para as muitas pessoas", alertou.
Ele destacou o grande número de pessoas com deficiência. Isso é algo que vem crescendo de forma assustadora em todo o mundo. "Quando eu concluir essa palestra, quase 1500 pessoas terão ficado cegas em todo o mundo. Esse número subirá para quase 20 mil pessoas quando terminar a Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea). E, todos os dias, mais de 500 pessoas ficam deficientes no Brasil. Ou seja, não estamos falando de uma pequena parcela da população, pois, segundo a ONU, temos mais de 1 bilhão de pessoas deficientes em todo o mundo", ressaltou.
Yamawaki também abordou que acessibilidade não é custo, principalmente quando ela está incluída no orçamento inicial de uma obra. "Quando um Engenheiro projeta uma residência adequada ao projeto universal, o aumento do custo da obra varia de 0,5 a 3%. Em um empreendimento como um shopping center, esse custo é irrisório e gira em torno de 0,0006%". Já quando é necessária uma adaptação posterior, esse custo chega a 25% do valor final da obra.
Para o Engenheiro, os profissionais do Sistema Confea/Crea e Mútua não podem ficar indiferentes à acessibilidade. "Tenho realizado palestras em todo o Brasil mostrando que não podemos olhar o que é diferente como pior ou errado. O que é deficiente é o ambiente, que, na maioria das vezes, nós mesmos projetamos", finalizou.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Crea-PR
