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Rio de Janeiro apresenta sistema de mobilidade urbana em Comissão da Alergs


Eng. Melvis participa da audiência pública que trata de mobilidade urbana na Alergs. Créditos: Marcelo Bertani

A  bicicleta ainda não é um modal de transporte afirmado no sistema de mobilidade da cidade. As embarcações restringem-se a transportar passageiros em areas limitadas, como em Niterói e lagoas da capital carioca. O metrô é o melhor meio de transporte, mas é também o mais caro. Por tudo isto, a municipalidade do Rio de Janeiro resolveu apostar na maior qualidade do transporte público. E segundo afirmou o vice prefeito Adilson Pires (PT), nesta segunda-feira (8), na Comissão Especial de Mobilidade Urbana Sustentável, presidida pelo deputado Adão Villaverde (PT), investir no modelo baseado em BRTs já mostra sensíveis resultados positivos para a prefeitura e, sobretudo, para os usuários.

O deputado afirmou que o planejamento da gestão da prefeitura do Rio de Janeiro será um importante referencial para o trabalho de análise da comissão especial que será concluído em agosto, especialmente por enfrentar um cultura equivocada de mobilidade propondo mudança urbana. "Há ganhos financeiros, na despesa do passageiro com tarifas, de menor tempo gasto no trânsito e mesmo na diminuição do ingresso de ônibus nas áreas centrais do Rio", disse o gestor, lembrando que há seis anos, imperava  na capital o caos na mobilidade urbana, com um processo anacrônico e sem perspectivas de modernização, infestado de vans clandestinas vinculadas a facções criminosas. O resultado era a péssima qualidade do transporte público, que estimulava o uso do carro, do meio individual de deslocamento, gerando a desorganização total no trânsito, que atende cerca de 5 milhões de cariocas.

A mudança iniciou com uma proposta inspirada na experiência exitosa da preparação da cidade de Barcelona para suas Olimpíadas, que usou o evento mundial para captar recursos e investir no seu desenvolvimento e legado urbanos. Assim, todas as obras construidas ou em construção no Rio são implementadas com verbas do PAC e da captação que envolve os jogos olímpicos de 2016 e alguns ainda da Copa de Futebol de 2014. Dos quatro sistemas de BRTs projetados para 2016, dois já estão em pleno funcionamento, com ônibus articulados, dotados de ar condicionado e bilhetagem eletrônica, que recolhem passageiros em grandes terminais onde há baldeação com coletivos oriundos dos bairros que não entram no centro urbano.

Construido em 2012, o primeiro BRT, chamado Transoeste, que liga o Leme à Barra da Tijuca, em 70 km  tem 58 estações e três grandes terminais para acolher as linhas alimentadoras. "O tempo de percurso do trajeto diminuiu em uma hora", assegurou Pires.  O segundo BRT, inaugurado em 2014 e feito com dinheiro do PAC Copa do Mundo, é conhecido como Transcarioca e divide a cidade ao meio no percurso do Aeroporto Tom Jobim até Barra da Tijuca. Em  construção para ser inaugurado em 2016, o BRT Transolímpica corta a região montanhosa e também tem terminal na Barra da Tijuca. O quarto BRT Transbrasil em contrução é considerado o mais importante porque envolverá 550 veículos, 24 estações e seis terminais, e transportará mais de 800 mil passageiros por dia vindos da via Dutra e da Baixada Fluminense. Pires conta que um senhora, conhecida sua, que ia de ônibus para visitar a família no estado da Paraíba gastava 40 horas para fazer a viagem e hoje, de avião, faz em pouco tempo e gasta bem menos. Antes, pagava R$200,00 pelo transporte aéreo e mais R$150,00 de táxi, do bairro Campo Grande ao aeroporto. Hoje, vai de BRT cuja passagem custa R$ 3,50.

Ao final da audiência o diretor da EPTC portoalegrense, Vanderlei Capelari, cumprimentou o vice-prefeito. "Parabéns ao Rio: é exemplo  de gestão urbana com sua visão sobre cidade na qual o transporte coletivo é prioridade Mas é difícil convencer classe média a deixar carro em casa", alfinetou.

Pires observou que o estilo pessoal do prefeito Fernando Paes é importante na gestão propositiva do Rio que privilegia o cumprimento de prazos. "Ele vai pessoalmente, quinzenalmente, semanalmente e no final até diariamente nas obras e faz o trajeto a pé conferindo tudo. Esta dedicação pessoal motiva toda a equipe".

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