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Transposição do Rio São Francisco: a Engenharia nacional a serviço da sociedade


Créditos: Arquivo CREA-RS

Dando sequência à programação da 72ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia –Soea, os participantes tiveram acesso na tarde de ontem (16) aos principais pontos referentes ao polêmico projeto de transposição do rio São Francisco, conhecido também como “Velho Chico”. O tema foi tratado na palestra apresentada pelo Engenheiro Agrônomo e coordenador-geral de Projetos de Apoio ao Desenvolvimento da Secretaria de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional, José Luiz de Souza.

Com um auditório lotado, o Engenheiro mostrou uma das maiores obras da Engenharia nacional, afirmando que o projeto sempre buscou a sustentabilidade institucional, operacional e ambiental. Também destacou a importância da rápida revitalização das bacias hidrográficas, “pois conseguimos deteriorá-las com rapidez”, lembrou.  O Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF) foi desenvolvido para atender mais de 10 milhões de pessoas em 390 municípios em Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, sendo o único projeto hídrico aprovado pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Coordenador-Geral de Projetos, José Luiz esclareceu que a obra de transposição do rio São Francisco é dividida em dois eixos: o Norte, que vai do município de Cabrobó (PE) até Cajazeiras (PB) e tem 260 km de extensão; e o Leste, que vai de Floresta (PE) até Monteiro (PB) e tem 217 km.

Segundo José Luiz, a obra de transposição consiste em fazer com que as águas do rio São Francisco cheguem a outros reservatórios de forma sustentável. “A Região Nordeste terá mais água e com isso mais oportunidade de desenvolvimento, de melhorias e de avanço. Não temos água em abundância e por isso precisamos usar com moderação e sem desperdícios. É necessário melhorar a relação com a água e acredito que, com a transposição do rio São Francisco, isso será possível”, expõe o Coordenador-Geral de Projetos de Apoio.

Um público grande acompanhou a apresentação

O palestrante destacou ainda que a Resolução da Agência Nacional de Águas (ANA) nº 29/2005 determina no seu Art 1º: “Excepcionalmente, será permitida a captação da vazão máxima diária de 114,3 m3/s e instantânea de 127 m3/s quando o nível de água do reservatório de Sobradinho estiver acima do menor valor entre: nível correspondente ao armazenamento de 94,0% do volume útil e nível correspondente ao volume de espera para controle de cheias”.

O secretário apontou que as dimensões indissociáveis da transposição do rio São Francisco são: oferta de água (segurança da água), desenvolvimento regional e gestão de recursos hídricos. “O projeto traz uma contribuição no aspecto dos recursos hídricos, não só na presença do insumo água, mas também na forma de nos relacionar com a água. Precisamos contribuir para avançar. Não podemos ficar apenas lamentando as secas, devemos traçar nossas adaptações e projetar a convivência com a região”, ressaltou o engenheiro agrônomo José Luiz.

Vários questionamentos sobre o projeto polêmico foram feitos ao final da palestra por profissionais de diversos setores, até mesmo os cortes que possam paralisar a obra. Com tranquilidade, o Eng. José Luiz garantiu que o projeto não vai parar e que é uma grande vitória dos nordestinos. “Há 200 anos existe a discussão deste projeto. Chegou a hora de a sociedade se apropriar deste projeto que eu chamo de cinco modelos e zelar por ele”, destacou.

Do CREA-RS, Eng. Agr. Mauro Cirne, foi um dos profissionais que se manifestaram durante a palestra sobre transposição do Rio São Francisco

Um dos que se manifestaram foi o Eng. Agrônomo Mauro Miguel dos Santos Cirne, coordenador do Cder-RS, que avaliou a importância de um projeto de mão de obra nacional, além de assegurar que haja fiscalização de vários órgãos de controle. 

Com informações da equipe de Comunicação da Soea   

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