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Aprovada atribuição de Eng. de Energia com base em proposta da UFRGS e Unisinos
Créditos: Arquivo Unisinos
Foi publicada no Diário Oficial de 13 de julho a Resolução nº 1076/2016 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia que discrimina as atividades e competências profissionais do Engenheiro de Energia e insere o título na Tabela de Títulos Profissionais do Sistema Confea/Crea, para efeito do exercício profissional.
De acordo com o Engenheiro Civil Prof. Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, diretor da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a nova resolução estabelece as atribuições para Engenheiro de Energia em nível nacional com base em propostas efetuadas pela Comissão de Graduação do curso de Engenharia de Energia da UFRGS, elaboradas em conjunto com a Unisinos.
“A Engenharia de Energia é um curso multidisciplinar criado na UFRGS para formar especialistas de ponta nessa área estratégica para o desenvolvimento nacional e para a sustentabilidade mundial. Graças aos esforço e trabalho qualificado dos envolvidos, as atribuições que passam a ser dadas nacionalmente pelo Sistema Confea/Crea refletem justamente o caráter do curso implantado na UFRGS, que busca uma abordagem transdisciplinar e integradora”, explica.
O professor titular no Departamento de Engenharia Mecânica da UFRGS, Paulo Smith Schneider, um dos elaboradores da proposta comemora finalmente a aprovação. “Nesta resolução ficam reconhecidas as competências dos profissionais para atuar amplamente no domínio da conversão e transformação de energia, o que envolve fontes e consumidores, equipamentos e sistemas, mercado e sociedade, técnica e meio ambiente, de forma integrada.
“As especialidades oferecidas pelas Engenharias Mecânica e Elétrica na área de Energia foram reunidas para dar uma visão de conjunto e atender às necessidades de uma sociedade que exige mais e melhor do uso de suas fontes e aplicações”, esclarece.
Segundo ele, muitos perguntas sobre para que serve a Engenharia de Energia. “Muitos dos empregos e atividades que as novas gerações desempenharão no futuro sequer foram criados, resultado de uma sociedade em rápida mudança. Formações que hoje parecem ser exóticas ou incompreensíveis serão realidade e consolidadas em menos tempo do que nós imaginamos”, destaca.
Para ele, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. “A Engenharia de Energia preocupa-se com as formas de transformação da energia, sua viabilidade e sustentabilidade. A energia reúne diferentes áreas de conhecimento, portanto multidisciplinar, e o profissional Engenheiro de Energia deve ser capaz de integrá-las”, exemplifica.
Ressalta ainda que nossa sociedade se transforma com muita rapidez e com muita imprevisibilidade, exigindo capacidades de adaptação e uma base sólida de conhecimentos. “A formação proposta para o profissional Engenheiro de Energia é lançada a partir de uma base sólida de conhecimentos científicos, complementada por aplicações específicas do cenário de conversão de energia, unindo o que está consolidado com aquilo que é o desafio para o futuro”, avalia.
Salienta ainda que os cursos da UFRGS e da UNISINOS foram lançados em 2010 e construídos para atender essas metas, agora reconhecidas e espelhadas na Resolução nº 1076/2016, fornecendo atribuição plena aos profissionais de Engenharia de Energia.
CREA-RS
O coordenador da Comissão de Educação e Atribuição Profissional (Ceap) do CREA-RS, Eng. Florestal Luiz Ernesto Grillo Elesbão, ressalta que há uma diversidade de projetos pedagógicos nas universidades brasileiras e diferentes currículos. “Em função desta formação, muitos profissionais não receberão as atribuições plenas do Engenheiro de Energia, conforme determina a Resolução”, pontua.
