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Palestra explica sistema “rotatínuo” de produção de pastagens


Créditos: Arquivo CREA-RS

A pecuária leiteira, mais especificamente o manejo adequado das pastagens para aumento da produtividade, foi tema do último evento promovido pela Associação dos Engenheiros Agrônomos de Ijuí (APAJU). A entidade reuniu associados, técnicos agrícolas, veterinários e produtores rurais, na AABB de Ijuí, no dia 07 de julho, quando oportunizou aos presentes a palestra “Manejo de pastos através da gestão dos recursos naturais”. O tema foi ministrado pelo engenheiro agrônomo José Álvaro Pacheco, membro da diretoria da Cooperativa de Técnicos do Noroeste do Estado do RS (UNITEC) e instrutor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/RS). Pacheco é consultor do Programa Juntos para Competir promovido numa parceria entre o SENAR-RS, SEBRAE (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e FARSUL (Federação da Agricultura do Estado do RS), que tem como enfoque principal a adequação das atividades nas propriedades rurais assistidas para a melhor gestão de seus recursos naturais e econômicos. 

Engenheiro Agrônomo José Álvaro Pacheco

Na cadeia da bovinocultura de leite, o programa adota a metodologia do Ministério da Agricultura, chamada PISA (Produção Integrada em Sistemas Agropecuários) que há seis anos atua com grupos organizados de produtores no Estado. Entre os tópicos tratados está o sistema de pastejo “rotatínuo”, que segundo Pacheco, consiste na junção entre os sistemas contínuo e rotativo. “A proposta desse sistema é que o animal tenha sempre uma oferta de alimento na altura certa, onde ele vai ter uma maior eficiência de bocada, com quantidade e qualidade maior de alimentação”, explica o engenheiro agrônomo. Para isso o sistema orienta que o animal seja retirado da pastagem de forma antecipada, com o pasto não tão baixo, para não comprometer o ponto de crescimento. “Se deixarmos o animal por muito tempo ele danificará a estrutura de crescimento da planta, onde ela vai ter que usar maior energia acumulada para o crescimento e desenvolvimento da pastagem. Isso acaba, por consequência, reduzindo a longevidade do pasto disponível aos animas”, constata Pacheco. 

Além dos benefícios aos animais, com a melhoria da qualidade do pasto, Pacheco reforça que o Programa Juntos para Competir vem comprovando também resultados econômicos aos proprietários, resultado de um processo de gestão empresarial, com controle de custos, implantado nas propriedades assistidas. “O sistema de manejo baseado no pasto sempre vai ser a alternativa mais econômica que se tem, uma vez que se diminui a dependência das rações”, concluiu Pacheco.

 

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