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Vitória da tecnologia


Visita ocorreu na tarde desta quatra-feira (21). Créditos: Arquivo CREA-RS

O Estádio Nacional Mané Garrincha recebeu, na tarde desta quarta-feira (21/11), sua primeira grande torcida. Cerca de 150 participantes da Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea) participaram de uma visita técnica que desafiou até mesmo a chuva que quase impediu o acesso às obras. Foi preciso inclusive que fosse assinado um termo de responsabilização. Mesmo assim, o “público” que compareceu ao Mané prestigiou de perto sua construção durante 45 minutos e, no final, a vitória foi da tecnologia. Neste segundo dia da 69ª Soea, houve também visitas à Torre Digital. As visitas ao estádio e à ponte continuam hoje, totalizando 300 pessoas para o estádio e a torre, e ainda 200 para a Ponte JK.
A organização das visitas foi implementada pelo Crea-DF. A chefe de gabinete Denise de Albuquerque explicou que a procura surpreendeu todos e que foi necessário mais de um mês para conseguir a liberação de todas as visitas. “A torre digital teve até mesmo que interromper o trabalho por conta das visitas, mas acredito que o resultado tenha sido muito bom para todos os participantes”, comentou.
“Essas visitas promovem uma visão maior da obra. É bom estar fazendo parte deste momento. Ainda não conheci o Mineirão, mas gostei muito do que vi aqui no Mané Garrincha, principalmente a lona tensionada, que é inovadora. Não temos obras com essa dimensão no Brasil”, comentou a engenheira civil Fernanda Vila Verde, presidente da Ampea. Seu amigo de Minas Gerais, o engenheiro mecânico David Aguiar preferiu ressaltar a preocupação com a sustentabilidade, com a fabricação de pré-moldados e as reservas energéticas fotovoltaicas. “A segurança estrutural também é muito bem pensada, com uma manutenção fácil e uso de várias janelas de acesso aos pilares, o que dá mais segurança ao público”.

Arena Multiuso
Antes da visita, a Diretora de Obras Especiais da Novacap, eng. civil Marusca Holanda, apresentou dados sobre a obra, além de explicar detalhes sobre outras que serão desenvolvidas no entorno do estádio, o Centro Esportivo de Brasília. Segundo ela, a obra duplicou o contingente da Novacap, reunindo de 140 a 150 engenheiros e arquitetos, além de quatro mil operários. “Tudo 100% construído com recursos do Distrito Federal e de propriedade do Governo do GDF”, ressaltou. Entre as obras que complementam o entorno do Mané estarão: interligação, mergulho em trincheira, que vai ligar a Asa Norte e a Asa Sul; túnel de ligação do Centro de Convenções ao estádio, para pedestres e ciclistas; estacionamento com sete mil vagas externas do estádio; garagem no subsolo do Centro de Convenções com 4.900 vagas; túnel do Parque da Cidade ao Clube do Choro; acessos de ligação ao autódromo; ciclovia e calçadas ao longo do Eixo Monumental; calçadas nos setores hoteleiros e ainda a obra paisagística de Burle Marx. As obras estão orçadas em R$ 360 milhões.
No estádio, a obra, com área de construção de 218.798,09 m2 e orçamento inicial superior a R$ 800 milhões, traz surpresas como os acessos de rampa, pela esplanada, totalmente independentes das arquibancadas, o subsolo com 12 metros de pé direito que permitirá o acesso de ônibus e caminhões para jogos e grandes shows e ainda as 288 imponentes colunas com 36 metros de altura. “O Mané terá capacidade para 72.777 pessoas, após a Copa, e 69.940, durante o evento, com acesso direto ao campo para o público que estará a sete metros e meio do campo na primeira cadeira. Assim, ele vai ter uma função de arena multiuso”, destaca Marusca. 
A sustentabilidade também foi bastante valorizada pelo projeto, com uso inteligente de água, iluminação eficiente e renovável (com placas fotovoltaicas) e ainda o aproveitamento da ventilação natural. “Pretendemos alcançar a certificação Leed Platinum (selo máximo da construção verde), do Instituto Americano U.S. Green Bulding Council (GBC). A cobertura também é sustentável, não precisa usar produtos para limpeza, porque ela tem uma membrana autolimpante com óxido de titânio, e é também fotocatalítica, ou seja, reduz os gases do efeito estufa. Houve também cuidado com a acessibilidade, uma vez que o paisagismo do estádio primou por um piso drenante e refletivo. “Brasília tem características de lazer e de eventos neste viés. Por isso, o projeto foi pensado como arena multiuso”, diz.
(Equipe de Comunicação do Confea)

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