Cerimônia de abertura. Créditos: Arquivo CREA-RS

quinta, 20 de julho de 2017

Veja na íntegra o primeiro dia do evento e acompanhe transmissões ao vivo na fanpage oficial da Abenc

Assista o primeiro dia do evento em https://www.youtube.com/watch?v=O7JXVyg7FJ0&feature=youtu.be 

Começou ontem (19) na capital gaúcha um dos maiores eventos voltados aos Engenheiros Civis. Em sua 23ª edição, o Congresso Brasileiro de Engenharia Civil (CBENC) conta com mais de 400 inscritos, entre profissionais e estudantes de todo o País. 

Realizado no Campus Zona Sul (Auditório Master) da Uniritter em Porto Alegre, o CBENC é uma iniciativa da Associação Brasileira de Engenheiros Civis (Abenc), com o apoio do CREA-RS, MÚTUA-RS, Senge-RS e Uniritter.

A programação aborda questões como infraestrutura rodoviária, saneamento básico, construção civil e ensino de engenharia, com a presença de grandes profissionais e estudiosos da área tecnológica brasileira. 

O evento reúne ainda diversas palestras e minicursos que buscam capacitar e discutir o progresso das diferentes áreas da Engenharia Civil.

Na abertura, o presidente do CREA-RS, Eng. Civil Melvis Barrios Jr., destacou o tema do encontro, “não há desenvolvimento em nenhum país sem a Engenharia. Temos conhecimento, técnica, excelentes profissionais, mas falta investimento”. 

Para ele, a Engenharia, em todos seus segmentos, depende muito de investimentos. “Os gestores públicos, no entanto, não estão aplicando neste setor nem o mínimo para manter a infraestrutura já existente no Brasil. Nós, profissionais junto com o Conselho e as Entidades de Classe, temos o dever de lutar e pressionar para que ocorram mais investimentos e que nosso País volte a crescer e se desenvolver”, destacou.

Segundo o presidente do CREA-RS, somente um grupo forte e unido consegue pressionar os legisladores para mudanças. “O Brasil exporta muitos Engenheiros. Portanto, com o investimento em setores-chave em nosso País, em três ou quatro anos, faltarão profissionais”, alegou.

Incentivador para que o evento ocorresse na UniRitter, o conselheiro da Câmara de Engenharia Civil do CREA-RS, Eng. Civil José Luiz Finger, coordenador do curso de Engenharia Civil da UniRitter, destacou o papel da Engenharia Civil para novos rumos que o Brasil precisa tomar. “É fundamental trazer para um evento deste tamanho para o ambiente acadêmico. Precisamos discutir os problemas da Engenharia Civil, avaliar os progressos que tivemos nos últimos anos e entender o nosso papel daqui para frente na sociedade”, destacou. 

A coordenadora nacional das Câmaras de Engenharia Civil, Eng. Civil e de Seg. Trabalho Alice Helena Coelho Scholl, também destacou a importância da modalidade e a necessidade de maior união. 
Salientou ainda que estão previstos mais eventos para se discutir legislação, normatização. “A Engenharia Civil é o fundamental para o Brasil”, afirmou.

A Pró-Reitora da UniRitter, Bárbara Costa, estava orgulhosa de sediar o evento. “Apesar ainda jovem dentro da Universidade de 45 anos, os cursos de Engenharia buscam a formação técnica, científica e profissional, com caráter interdisciplinar, que capacita os estudantes para uma atuação crítica e reflexiva, com habilidades de absorver e desenvolver novas tecnologias. Além disso, torna-o capaz de interpretar as condições que se apresentem de maneira precisa, em uma realidade cada vez mais complexa, dinâmica e globalizada”, avaliou.

Diretor do Senge-RS, o Eng. Alexandre Mendes Wollmann destacou a relevância do tema do evento, “Engenharia Civil: Técnica e desenvolvimento”, para o contexto em que o país se encontra atualmente. “A Engenharia é a propulsora das soluções para os grandes problemas que nós estamos enfrentando e deverá enfrentar ainda por alguns anos. O sindicato se faz sempre presente nos debates que dizem respeito ao futuro da engenharia nacional brasileira”, destacou.

O diretor-presidente da Mútua nacional, Eng. Civil Paulo Roberto de Queiroz Guimarães, também presente na mesa de abertura, ressaltou a sintonia e parceria da Mútua-RS e o CREA-RS. “Quem ganha é o Sistema Confea/Crea em prol da valorização profissional”, pontuou. 

Ao encerrar a cerimônia de abertura, o presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Civil (Abenc), Engenheiro Civil Francisco José Teixeira Coelho Ladaga, afirmou ser o evento o maior congresso de Engenheiros Civis do País.

“É um evento técnico já tradicional da área e a expectativa é que cresça a cada ano a participação de engenheiros civis de todo o país. O principal objetivo é colocar em evidência o trabalho da Engenharia civil e a área técnica. Além disso, a participação de profissionais de diferentes regiões mostra cada vez mais a harmonia dessa modalidade nacionalmente”, avaliou o presidente.

De acordo com ele, há várias questões a serem discutidas, como o Livro de Ordem. “Temos que conhecer e discutir regramentos que limitem as atividades dos Engenheiros Civis, para poder combater estas questões”, refletiu.

Citou ainda a necessidade de maior discussão em cima da certificação profissional. “Não podemos fugir destas questões, levando em conta o grande número de profissionais no mercado todo o ano”, apontou.

Após a abertura oficial, os participantes assistiram à palestra magna ministrada pelo consultor Tiago Grandi, que falou sobre “Estratégia e Gestão em Serviços Profissionais de Engenharia, o novo paradigma dos negócios intensivos em conhecimento”. 
As atividades do CBENC prosseguem ao longo dessa quinta-feira, com palestras e minicursos.