Notícia

Seminário do Leite: especialistas defendem produção a pasto


Créditos: Arquivo Apaju

A Associação dos Engenheiros Agrônomos de Ijuí (APAJU) promoveu o “1º Seminário Regional Sobre Sistemas de Produção de Leite a Baixo Custo”, sediado no Salão A da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) de Ijuí, na tarde da última terça-feira, 24 de outubro. Para reforçar o perfil técnico do evento foram convidados como painelistas especialistas da área: o zootecnista Davi Teixeira, do Serviço de Inteligência em Agronegócios (SIA), e os engenheiros agrônomos Luís Otávio da Costa de Lima, da CCGL, e Leandro Ebert, da Emater de Fagundes Varela. Eles foram mediados pelo professor da Unijuí, Emerson Pereira.

os engenheiros agrônomos Luís Otávio da Costa de Lima, da CCGL


Davi Teixeira deixou claro que reduzir o custo de produção do leite não significa não investir na propriedade. “É necessário fazer os investimentos de maneira correta para, justamente, potencializar a produtividade e a produção por unidade de área ou por animal e desta forma reduzir o custo por unidade produzida, ou neste caso, por litro de leite produzido”. Segundo ele, o investimento na fertilidade do solo, na adubação das pastagens e no bom manejo das culturas, é que vai permitir o aumento da produtividade e com isso a redução dos custos.
No raciocínio comum aos três painelistas, a produção de leite a baixo custo se concretiza a partir da valorização das pastagens, usando a ração e a silagem apenas como complementos. “Dentro do que existe instalado no RS, nosso clima, nossa capacidade de produção, a gente enxerga que um sistema onde eu tenho pasto como base alimentar, ingerido pela vaca na máxima quantidade e qualidade possível, utilizando a ração para aumentar a produtividade, é o sistema mais rentável”, defende o engenheiro agrônomo Luís Otávio da Costa. 


O engenheiro agrônomo Leandro Ebert baseou sua análise sobre a realidade de produção de leite vivenciada por ele no município de Fagundes Varela, região de morros e de solo pedregoso. Além da redução de custos e do aumento da produtividade, Ebert defende uma boa pastagem como fator para melhorar as condições sanitárias das vacas. “Quando se trabalha com o bom manejo de pastagem, onde sobra uma altura residual e com pastagens perenes, se faz uma boa cobertura de solos que constitui uma cama, que ajuda tanto ao animal deitar, quanto ao caminhar, sem florações rochosas onde a vaca possa pisar”. Apresentando dados da Emater, o engenheiro agrônomo destaca que a grande maioria dos produtores gaúchos já trabalha com os animais em pastagens, porém, fazem poucos investimentos nas forrageiras, priorizando a construção de infraestruturas para confinamento e a alimentação à base de silagem e concentrados, o que eleva seus custos, inviabilizando a atividade. 
Após às apresentações dos especialistas, foi realizado debate com a participação dos presentes, que fizeram questionamentos e deixaram sua opinião. Participaram do evento engenheiros agrônomos, veterinários, técnicos agrícolas, produtores rurais e estudantes. A realização teve o apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA/RS), da Unijuí, dos sindicatos Rural e dos Trabalhadores Rurais de Ijuí, do Conselho de Desenvolvimento Rural de Ijuí (Comrural), além da CCGL, da SIA e da Emater, que cederam os palestrantes. 

Por Vilson Wagner
Jornalista – MTB: 14.654
AGUATONICA – Informação Estratégica

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