CREA-RS fiscaliza montagem do Planeta Atlântida, que ocorre neste fim de semana
Créditos: Arquivo CREA-RS
Dando continuidade as ações da Operação Verão, que intensifica a fiscalização em parques de diversão e aquáticos, clubes sociais e eventos efêmeros em todo o Estado, agentes fiscais do CREA-RS estiveram, nesta quarta-feira (31/01), realizando uma última fiscalização à sede campestre da Saba, em Atlântida (RS). O parque receberá neste final de semana um dos maiores festivais de música do País: o Planeta Atlântida, entre os dias 02 e 03 de fevereiro. Foram acompanhados dos inspetores do Conselho de Capão da Canoa, Eng. Civ. Paulo Cesar Vitt de Oliveira (chefe), Eng. Civ. Evandro da Silveira Dadda (secretário) e Eng. Civ. Gilberto Germano Junior (tesoureiro).
O objetivo das fiscalizações, que acompanharam todo o processo de montagem da estrutura do evento, é garantir a segurança dos trabalhadores e das mais 50 mil pessoas que são esperadas no local. Foram verificadas a presença de profissionais e empresas legalmente habilitadas nas montagens das estruturas metálicas, palcos, parte elétrica, banheiros químicos, Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI), sonorização, montagem de camarotes e praças de alimentação, laudos de estruturas e populacional, entre outros serviços das áreas de fiscalização do Conselho. Foram solicitadas todas as Anotações de Responsabilidade Técnica (ART) dos serviços realizados no local.
Eng. Civ. Paulo Cesar Vitt de Oliveira destaca as ações fiscalizatórias da Operação Verão. “Com esses eventos que recebemos, como o Planeta e o Pepsi Twist, que ocorreu há pouco, é importantíssimo fazermos as visitas como a de hoje, e o acompanhamento que o fiscal aqui de Capão da Canoa, o João Dalpiaz, vem fazendo durante todo essa semana, devido a montagem desses festivais ser muito dinâmica, então estamos aqui quase que diariamente”, relata. Também enfatiza o acompanhamento realizado pelos inspetores. “Temos acompanhado bastante a fiscalização nesses grandes eventos e nos parques aquáticos e feiras que abrem no verão aqui no Litoral. E comprovamos que esse trabalho intensificado tem ótimos resultados quando vemos a responsabilidade dos envolvidos com essas produções.”
Engenharia no palco
O Engenheiro Civil José Oliveira Leite Filho, que participa há cinco anos da montagem do Planeta e acompanhou a fiscalização do Conselho, destaca a presença dos profissionais do Sistema na construção do festival. “Temos muitos Engenheiros atuam apenas com os projetos e não estão aqui, mas são sete os que participam diretamente no local, com a montagem toda. Eu fico na coordenação e produzo e assino o projeto do layout geral da Planeta Atlântida”, explica.
Ressaltou que a edição deste ano foi a mais fácil em termos de Engenharia, entre as quais trabalhou, ressaltando a questão dos dois palcos principais - maiores estruturas do evento – terem mudado para esta edição, destacando ser o há de mais desenvolvido para grandes apresentações. “Este palco principal participa de todas as apresentações internacionais ocorridas no Brasil, como Paul McCartney, Rolling Stones, etc., mudando, algumas vezes apenas a modulação. Então as equipes destes palcos vêm exclusivamente para fazer essa montagem, que foi muito rápida”. Explica que suas estruturas, formadas por materiais tubulares de encaixe em aço galvanizado, facilitam a montagem. “Então, sobe esses palcos em cinco dias, ficando apenas os acabamentos, um pouco mais demorados. ”
Sobre a fiscalização considera de extrema importância, citando também a que ocorre pelo CREA-RJ em eventos como o Rock in Rio, do qual também participa. “Sempre mandamos a solicitada com antecedência, da parte da produção, pois isso é sempre usual. Às vezes acontece de entrar uma equipe nova, sem projeto assinado e acabamos tendo que exigir que contrate um Engenheiro e nos apresente tudo com projeto devidamente assinado com RT. Quando é uma coisa muita sofisticada, como os palcos grandes, exigimos inclusive a apresentação da memória de cálculo. Já as tendas pequenas e outras estruturas menores como camarins e bares, quando já não há, também pedimos às terceirizadas estudos como os de carga e de ação do vento”, detalha. Encerra, afirmando considerar positivo o acompanhamento da fiscalização “porque qualquer recomendação que seja feita pelos órgãos responsáveis acrescenta para nós em segurança”.
A montagem das estruturas - que conta com palcos, posto médico, camarotes, bares e áreas de apoio - iniciou dia 02 de janeiro e, após os shows deste final de semana, serão desmontadas até 08 de fevereiro. O trabalho envolve mais de 2.500 trabalhadores. Participaram da ação, além dos inspetores, o agente fiscal de Capão da Canoas, João Dalpiaz, o supervisor da Zonal Metropolitana, Pedro Ost, o o chefe do Núcleo de Controle Operacional da Fiscalização, José Eduardo Macedo, o chefe do Setor de Planejamento e Controle, do Núcleo de Suporte Técnico, Engenheiro Mecânico Gelson Luis Frare.