Equipe do CREA-RS em fiscalização à nova ponte do Guaíba
Créditos: Arquivo CREA-RS
Na última sexta-feira (02), uma equipe do CREA-RS esteve em visita e fiscalização aos canteiros de obras da construção da nova ponte do Guaíba, localizados em Porto Alegre, Canoas (peças pré-moldadas) e Nova Santa Rita (concreto), assim como aos locais onde o processo de montagem das estruturas que irão compor a ponte já iniciou.
As obras têm sido acompanhadas pelo Conselho desde seu início, em outubro de 2014, com observação das responsabilidades técnicas de todos os serviços que serão realizados, incluindo questões de saúde e segurança do trabalho, tanto da empresa responsável e como das terceirizadas que tenham vínculo com a área tecnológica.
A equipe do Conselho recebeu uma pasta com as documentações relativas à obra, contratos e ARTs, assim como cópias do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), e demais documentos relativos às questões de saúde e segurança do trabalho e de âmbito ambiental. Todo material passará agora por análise da área de fiscalização, que ainda poderá solicitar outras documentações, caso necessário.
O gerente da fiscalização, Eng, Marino Greco, falou da importância do acompanhamento periódico do desenvolvimento do empreendimento pelo Conselho, tendo em vista a vultuosidade da obra. Participaram da ação, ainda, o chefe do Núcleo de Controle Operacional da Fiscalização, Eduardo Macedo; o chefe do Núcleo de Suporte Técnico da Fiscalização, Eng. Marcelo de Souza; o supervisor da Zonal Metropolitana, Pedro Ost; e a agente fiscal da Inspetoria de Porto Alegre Fernanda Sfoggia Delavi.
A Ponte
Com previsão de conclusão para novembro de 2019, o empreendimento terá uma extensão de 12,3 quilômetros com um total de cinco quilômetros de trecho em aterro e 7,3 quilômetros em obras de artes especiais (ponte sobre os canais navegáveis, elevada e viadutos).
A nova travessia do Guaíba será construída sobre a água a partir de peças pré-moldadas que estão sendo fabricadas em canteiros industriais e montadas no local definitivo. A estrutura em elevada busca que a fauna e a flora nativas possam manter o fluxo gênico entre as porções cortadas pela ponte.
Com 27 metros de largura nos vãos principais, a pista contará com duas faixas de rolamento com acostamento e refúgio central. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) prevê que 50 mil veículos utilizem a nova ponte diariamente.
Canteiros industriais
Em dois canteiros de obras que funcionam como indústrias estão sendo construídas todas as peças que unidas irão compor a nova ponte que ligará a região metropolitana ao município de Guaíba. De vigas a pilares e aduelas, as gigantescas peças são, de acordo com o cronograma, produzidas e estocadas para após serem encaminhadas aos locais onde serão finalmente montadas.
Para transporte das peças, que podem pesar até 81 toneladas, o Consórcio Ponte do Guaíba optou por utilizar dois modais. São usadas carretas pranchas e Dollys para o terrestre, e para atender a demanda fluvial dois diques para embarque em balsas foram implantados pelo consórcio no canteiro industrial.
A equipe do CREA-RS esteve no Canteiro Industrial 1, localizado ao lado da ponte estaiada da BR-448 sobre o Rio Gravataí, em Canoas, o primeiro a ser implantado. No local estão sendo fabricadas mais de 15.250 unidades de peças pré-moldadas, entre elas estacas, blocos, vigas, pilares, aduelas e guarda-rodas (simples e duplos). Já no Canteiro Industrial 2, que também foi visitado pelos representantes do Conselho, os operários trabalham na fabricação das vigas pré-moldadas, em Porto Alegre.
O grupo foi, ainda, em Nova Santa Rita, onde se concentra a fabricação de todo o concreto utilizado nas peças da nova Ponte do Guaíba. O processo segue rigoroso controle de qualidade, atestado por diversos testes executados no próprio local da fábrica.
(Com informações do Consórcio Ponte do Guaíba)