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Temática das energias renováveis é um dos destaques da Fiema


Com grande possibilidade de aplicabilidade no Brasil devido à taxa de radiação solar, o uso do Sol para promover ganhos energéticos – e, por conseguinte, ambientais – ainda está aquém de seu potencial. Hoje, a energia solar fotovoltaica não representa nem 0,1% da matriz energética brasileira. Explorar as potencialidades e as oportunidades desse setor – bem como de outras fontes limpas de energia – é um dos propósitos do 2º Seminário de Energias Renováveis, que ocorre durante a Fiema Brasil 2018 (Feira de Negócios, Tecnologia e Conhecimento em Meio Ambiente). A programação temática está agendada para o dia 11 de abril, a partir das 9h, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves. 

A agenda de trabalhos vai debater como, no Brasil, a energia solar encontra uso mais efetivo no aquecimento da água em residências, por meio da chamada energia solar térmica. Embora sejam complementares, a fotovoltaica e a térmica utilizam tecnologias diferentes para suas finalidades. “O fotovoltaico usa células solares baseadas em silício e processos na área de microeletrônica para sua fabricação. Já o coletor térmico usa materiais de alta absorção térmica para aquecimentos de tubos (serpentinas) e de água”, explica o professor Tiago Severo, coordenador do Núcleo de Apoio ao Ensino da Física (NAEF) da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e palestrante sobre energia solar no

Seminário de Energias Renováveis.

Segundo Severo, é difícil estimar a economia advinda com a adoção da energia solar, pois vários fatores fazem parte desta conta. A radiação solar incidente nos painéis e coletores, a temperatura média do local, as ocorrências de chuvas e a posição geográfica da casa ou da indústria são variáveis que influenciam. Mas são óbvios os ganhos econômicos imediatos na conta da luz, por exemplo, que pode ficar mais de 90% barata caso haja a implantação das duas tecnologias.

Como funciona na prática

A energia solar também tem a facilidade de ser modular, o que permite sua implantação aos poucos, ou conforme a necessidade. Para uma residência, o mais indicado é, primeiramente, a instalação de placas para a energia solar térmica, a fim de combater os gastos de um dos vilões das contas de energia: o chuveiro elétrico. A energia solar fotovoltaica pode ser instalada num segundo momento – para uma casa que consome uma média mensal de energia de 524 kWh/m2, o investimento seria de cerca de R$ 19 mil. “A economia de energia é instantânea após a instalação de coletores térmicos e módulos fotovoltaicos, mas o sistema tem que ser pago e, muitas vezes, a grande parte do capital de investimento deve ser dado no início do projeto. Assim, tem uma economia significativa no custo da energia, mas ela é provinda de um significativo investimento inicial que deverá ser pago à vista ou por meio de créditos bancários”, explica.

Empresas conseguem fazer grandes economias com o uso de energia solar, por exemplo, com água quente para as cozinhas e banheiros e com o sistema de iluminação. Ainda, conseguem gerar energia para injetar na rede elétrica e gerar economia a médio prazo, principalmente se tiverem uma grande área de telhado para instalar módulos fotovoltaicos.

Vantagens para empresas

Eficaz tanto para o setor doméstico quanto para o industrial, a energia solar apresenta uma série de ganhos para quem decide tê-la como provedora de parte de suas necessidades energéticas. Além da economia, por exemplo, ganha em marketing, sendo reconhecida como uma empresa socialmente responsável. “A energia solar não produz emissões na sua geração de energia, usa um recurso gratuito, renovável e abundante, que é o Sol, e não causa modificações ambientais significativas”, enumera Severo. 

O professor ainda destaca a baixa manutenção em comparação a outras fontes de energia e afasta a ilusão de que em regiões frias o sistema não tem o máximo de sua capacidade aproveitada. Tanto os coletores térmicos quanto os painéis fotovoltaicos usam tecnologias que não sofrem significativamente com o frio. 

No primeiro caso, um bom profissional evita que temperaturas abaixo de zero causem expansão anômala da água, o que poderia provocar alguma fissura ou rachadura na tubulação ou nos coletores. Para os módulos voltaicos, o frio faz até bem. “Digo aos meus estudantes que o módulo fotovoltaico gosta do Sol do Saara com o frio da Antártida”, diz o professor. “A radiação solar é quem promove a geração de energia solar, mas em conjunto a ela há o aumento da temperatura do módulo, sendo necessário dissipar um pouco desse calor. Assim, quando a radiação é alta, mas com uma temperatura ambiente mais baixa (assim como no Sul), temos grandes resultados na geração de energia elétrica”.

Os interessados em assistir às palestras do 2º Seminário de Energias Renováveis durante a FIEMA Brasil podem fazer suas inscrições pelo site www.fiema.com.br 

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