Coordenadores de Curso de Agronomia discutem a formação profissional em Ijuí
Evento reuniu 25 coordenadores dos cursos de Agronomia do RS. Créditos: Arquivo CREA-RS
“O Futuro da Agronomia: Atribuições, qual a Agronomia que Queremos, Demanda de Tempo de Graduação e Disciplinas” foi o tema da terceira edição do Encontro de Coordenadores de Curso de Agronomia, que reuniu representantes das instituições do Estado na tarde de quinta (27).
Promovido pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-RS), por meio da Câmara Especializada de Agronomia, o evento deste ano ocorreu junto com o 3º Seminário Internacional sobre as Perspectivas do Ensino de Ciências Agrárias e Ambientais no Sul do Brasil, na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Campus Ijuí.
“O nosso encontro pauta-se pela preocupação com a qualidade da formação dos profissionais”, destacou na abertura do evento uma das organizadoras, Eng. Agrônoma Cleusa Adriane Menegassi Bianchi, coordenadora do Curso de Agronomia da Unijuí.
O como objetivo foi verificar a qualidade do ensino de Agronomia, presencial, mas principalmente na Modalidade de Ensino a Distância (EaD), o aumento expressivo na oferta de vagas e de cursos do Grupo Agronomia no Brasil, a evasão escolar, a qualificação do corpo docente e as propostas pedagógicas projetadas e executadas nos cursos de Agronomia em funcionamento no Brasil, visando conhecer e exigir qualidade do ensino.
O professor Osório Lucchese, chefe do Departamento de Estudos Agrários da Unijuí, também destacou a importância do encontro no sentido de se discutir as principais demandas do ensino da Agronomia.
Aproveitou o momento para falar sobre o momento importante da Universidade, “marcando a história dos dois cursos e a aprovação do nosso Programa de Mestrado”, observou o professor.
A professora Engenheira Civil Cristina Pozzobon, vice-Reitora de Graduação, destacou que o evento era uma oportunidade para reunir a formação e a prática. “A qualidade da formação do profissional é fundamental para que seu título seja reconhecido em sua totalidade”, avaliou, lembrando ainda que dentro dos 61 anos da Universidade, o curso de Agronomia, há 30 anos implantado, “possui excelência acadêmica”.
A Eng. Agr. Angela Cristina Paviani, coordenadora-adjunta da Câmara Especializada de Agronomia do CREA-SC, representou o presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Eng. Civil Joel Krüger, ressaltou a proposta do encontro. “Estamos falando do futuro, pois a discussão é sobre formação e organização profissional do Engenheiro Agrônomo. Temos que preservar a nossa formação”, frisou.
Para o Engenheiro Agrônomo Gustavo André Lange, vice-presidente no exercício da Presidência, é primordial discutir questões atinentes a currículos, atribuição profissional e mercado de trabalho, com foco nos futuros Engenheiros Agrônomos do Estado. “Devemos participar destas mudanças curriculares propostas pelo MEC. Ações como essa são muito importantes para a valorização de nossa profissão”, enalteceu.
Coordenador da Câmara de Agronomia do CREA-RS, o avalia como positivo o encontro. “Desta discussão vão surgir sementes para o futuro, pois as questões do passado não vamos conseguir resolver. Estamos vendo uma proliferação de cursos de Agronomia, mas sem qualidade nenhuma e sem infraestrutura. Será que os profissionais que saem das universidades estão atendendo às demandas do mercado. Acredito que não, pois este grande número de oferta de vagas pode comprometer a qualidade da formação”, explicou.
O evento seguiu com a palestra da Eng. Agr. Dra. Gisele Herbst Vazquez, integrante da Comissão Temática do Congresso Técnico e Científico da Engenharia e da Agronomia 2018 (Contecc) e ex-coordenadora-adjunta da Câmara de Agronomia do CREA-SP, que apresentou um amplo panorama da situação atual do Ensino Superior no Brasil,
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