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Carta de Alegrete, Tecnoprev e sustentabilidade marcam primeiro dia do EESEC


Leitura e os encaminhamentos da Carta de Alegrete, sede do evento de 2018. Créditos: Arquivo CREA-RS

Mais de 100 representantes das entidades de classe, reunidos em Santa Cruz no 19º EESEC, iniciaram os trabalhos do evento com a leitura e os encaminhamentos da Carta de Alegrete, sede do evento de 2018.

A coordenadora do Colégio de Entidades Regionais do RS (CDER-RS), Eng. Agr. Andrea Brondani da Rocha, destacou as ações que foram realizadas e reforçou a importância de se aprovar, no evento, o novo estatuto do Colegiado, debatido no ano passado.

Após, a diretoria da Mútua-RS, acompanhada do gerente de Previdência da Caixa de Assistência dos Profissionais, Rodrigo Barbosa de Castilho, apresentou o plano de previdência voltado aos associados, o TecnoPrev, destacando serem o já “terceiro maior plano de previdência do País”, e a parceria prevista entre a Mútua e as entidades, que podem oferecer o plano aos seus associados.

Mútua apresenta os benefícios do Tecnoprev“As entidades de classe são um braço que tem capilaridade maior que a Mútua, aqui no Rio Grande do Sul e são 70  formas a mais de levarmos essa parceria a mais profissionais, oferecendo o Tecnoprev de forma indireta”, explicou.

Destacou que as entidades gaúchas estão recebendo a informação em primeira mão, pois o lançamento oficial do projeto ocorrerá na Soea, em setembro, no Tocantis. “Além de ser uma fonte de receita interessante e que tende a se elevar, o benefício gera uma maior percepção de valor agregado para nova filiações.”

Presente ao painel, o diretor-geral da Mútua-RS, Geólogo e Eng. Seg. Trab. Pablo Souto Palma, destacou ser a ação “mais um sopro de inovação que trazemos para as entidades.”

Também participaram o diretor financeiro, empossado na última reunião plenária, Eng. Mec. Ivo Germano Hoffmann, e o  diretor administrativo, Eng. Agr. Luiz Claudio Ziulkoski. A Eng. Andrea agradeceu a honra dada aos gaúchos em conhecerem a proposta antecipadamente.

Sustentabilidade voltada às Engenharias é foco de palestras

Seguindo a programação do dia, após apresentação do Núcleo de Apoio às Entidades de Classe, sobre o recadastramento das entidades, os participantes assistiram às três palestras com foco na sustentabilidade voltada às Engenharias.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Gabriella Azeredo Azevedo apresentou aos participantes os 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustantável) estabelecidos pela ONU com mais de 90 países envolvidosMestranda em Desenvolvimento Regional e representante como diplomata civil no High Level Political Forum on Sustainable Development na sede da ONU, em Nova York, Gabriella Azeredo Azevedo apresentou aos participantes os 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustantável) estabelecidos pela ONU com mais de 90 países envolvidos, com foco na problemática da finitude dos recursos do planeta.

"Quebramos agora em agosto o recorde do uso dos recursos renováveis da Terra. Isso é um péssimo recorde”, alertou, dizendo da necessidade de haver o consumo responsável dos recursos para não comprometer as futuras gerações.

Conforme explicou, entre os 17 ODS, o número 13, que versa sobre o clima, é o principal, “pois está relacionado com todos os demais, pois dele depende os outros 16”. Destacou que esse “pacto global”, pela primeira vez, conta com empresas e entidades da sociedade civil.

“Pela primeira vez, eles foram trazidos para o debate. As empresas são protagonistas e, quando adere ao pacto, deve enviar à ONU a lista dos objetivos que atingiu”, destacou.

“Devido à sua capacidade de gerar mudanças na sociedade, principalmente sob o viés econômico, as empresas e entidades são peça-chave na transformação dos ODS em práticas que impulsionem o desenvolvimento dos países, de forma a equilibrar a capacidade do planeta e o bem-estar social das populações”, explicou.

Também ressaltou as relações dos ODS com as relações políticas e de mercado, dizendo ser possível pesquisar as empresas que aderiram por setor, tendo várias da área da Engenharia.  Como exemplo citou a MRV Engenharia, que é exemplo mundial de sustentabilidade. “A sustentabilidade traz também benefícios financeiros, além dos sociais e ambientais, claro”.

Ao final, mostrou um pequeno vídeo que explica a chamada “economia regenerativa”, que, considera, pode ser levada para qualquer área profissional.

“Todos os profissionais e atores sociais do século 21 devem ir além do que é cobrado e buscar sempre trabalhar para a produção de uma sociedade mais justa. Pretendo com esta apresentação tocar vocês para que repensem e, caso ainda não façam algo pela sustentabilidade, sintam-se constrangidos a fazê-lo”, finalizou.

Saneamento e Resíduos Sólidos

Eng. Gilmar Piovezan aborda o tema Saneamento e Resíduos SolídosCom atuação no setor de resíduos e de sustentabilidade, sendo sócios de empresas da área, o Eng. Civil Gilmar Piovezan trouxe a palestra “Engenharia e as oportunidades no desenvolvimento sustentável, objetivando as metas da Agenda 2030”, onde também apresentou os 17 ODS, porém focado no sexto, água limpa e saneamento, e sétimo, energia renovável.

“Sustentabilidade tem que estar dentro das soluções econômicas, senão não teremos sucesso nisso e a Engenharia tem que trazer soluções que tragam economicidade aliada à evolução social e econômica”, afirmou.

Destacando que “lixo é dinheiro”, falou sobre o mercado de Resíduos Sólidos de Saúde. “São resíduos perigosos que a coleta e destinação valem cerca de 20 mil reais a tonelada. É uma grande oportunidade em que uma empresa de fora do país atua quase que sozinha. A maior empresa de coleta desses resíduos veio para cá, pois viu uma oportunidade.” Para ele, dar soluções para a gestão e logística dos resíduos, além de fazer bem ao meio ambiente, traz rentabilidade.

O 2º diretor administrativo do CREA-RS, Eng. Civ. Ubiratan Oro, apresentou o “Projetos Horizontes”, que  trata da elaboração de Planos de Desenvolvimento Integrado que contemplem um conceito de Sustentabilidade segundo os aspectos ambiental, social, político, econômico e cultural-tecnológico

Sustentabilidade, entidades e profissionais

Ainda falando sobre sustentabilidade e o esgotamento dos recursos naturais, o 2º diretor administrativo do CREA-RS, Eng. Civ. Ubiratan Oro, apresentou o “Projetos Horizontes”, que  trata da elaboração de Planos de Desenvolvimento Integrado que contemplem um conceito de Sustentabilidade segundo os aspectos ambiental, social, político, econômico e cultural-tecnológico.

“Estamos num cenário que a questão é que cada um tem, por ética, que mudar sua atitude em relação ao mundo.”, afirmou. “O Confea assinou o Protocolo 2030, então nesse rumo que lançamos o 'Projeto Horizonte”, com objetivo de dar utilidade prática aos preceitos sustentáveis, respaldada pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU', explicou.

De acordo com o Eng. Oro, este projeto permite oferecer convênio a municípios dos mais variados portes, de modo a alcançar, àqueles menores, um plano de desenvolvimento urbano que os leve, no futuro, a estar em harmonia com os preceitos do Estatuto da Cidade e, àqueles já no Estatuto enquadráveis, normativas legais que lhes permitam auferir os benefícios de um planejamento de Desenvolvimento Integrado.

"Pretende-se, assim, contribuir para a otimização da aplicação dos recursos públicos, gerando um modelo sinérgico de desenvolvimento urbano que abrace os modernos conceitos de sustentabilidade, aplicada à qualidade de vida das comunidades, disseminado por todo o Estado do Rio Grande do Sul", detalha.

Após fazer um pequeno histórico da evolução humana, apresentou as etapas dos projetos, que inclui a busca de parcerias com a UFRGS e o Conselho de Arquitetura.

Faz parte dos parceiros o BNDES, para o qual o projeto já foi apresentado. O Engenheiro também falou sobre as propostas de ação para auxílio aos municípios, que se daria por meio de convênios. “Queremos com isso fazer com o CREA tenha uma ação efetiva em prol da sociedade e que faça jus ao conhecimento que nós temos. Temos importante função na formação do PIB nacional, então é disso que estamos tratando. Ação contínua para uma qualidade de vida melhor e para promover a dignidade humana”, conclui.   

 

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