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Painel Gestão Pública da Engenharia traz soluções e discute desafios


Créditos: Arquivo CREA-RS

A tarde de quarta-feira (18/9) contou com o painel “Gestão Pública da Engenharia”, na Tenda Girassóis. A primeira parte foi dedicada ao Programa de Habitação Social e conduzida pelos conselheiros federais e engenheiros civis Ronald Drabik, André Schuring e Ricardo Araújo, e o engenheiro civil Eduardo Irani. O assunto é tema de discussão na Comissão Temática de Engenharia Pública do Conselho Federal (CTEP/Confea), composta pelos quatro. A segunda parte do painel abordou os desafios da engenharia pública no mercado privado, com o engenheiro eletrônico Giuliano Capucho, e os aspectos críticos da gestão de obras públicas, com o engenheiro civil André Luiz Mendes.

Em sua fala, o conselheiro Ronaldo Drabik explicou que “Engenharia Pública” é o foco da Lei nº 11.888/2008, de assistência técnica gratuita, e vem sendo bastante discutida com o Ministério do Desenvolvimento Regional, por meio da Secretaria Nacional de Habitação. O objetivo principal, segundo ele, é fazer as ações chegarem às famílias que mais precisam, proporcionando condições dignas de moradia. “A partir dessa intenção da Secretaria, colocamos o Sistema Confea/Crea e Mútua para auxiliar nessa questão. No Paraná temos o exemplo do [Programa] Casa Fácil, além de outros desenvolvidos em Santa Catarina, Goiás, entre outros estados, que procuram atender à população mais carente”, explicou.

Integrante da Comissão Temática, o coordenador de serviços de Engenharia do Crea-SC, eng. civ. Eduardo Irani, decorreu sobre as atividades do grupo. “Nesse momento estamos preparando um convênio entre o Confea e o Governo Federal para que sejam definidas as diretrizes básicas. Já temos o formato e estamos alinhando com o governo”, ressaltou.

De acordo com outro integrante da comissão, o conselheiro federal eng. civ. Ricardo Araújo, a regularização fundiária urbana também está sendo discutida no grupo. “Estamos montando uma cartilha que será distribuída para todos os Creas do Brasil, para que estes possam ramificar para as entidades de classe e associações”, frisou.

Desafios
O superintendente da Infraero, eng. eletric. Giuliano Capucho, trouxe à 76ª Soea os desafios das empresas públicas no mercado privado. Segundo ele, a falta de interesse da iniciativa privada em algumas áreas é o que fomenta o setor público, que, na sua avaliação, possui profissionais de excelente qualidade, principalmente na Engenharia. Nesse contexto, os engenheiros desenvolvem papel de suma importância, de acordo com Capucho. “A postura do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, é de trazer para nós, engenheiros, aquele sentimento de orgulho da engenharia pública do país, principalmente a partir da entrega de obras estruturais, tanto pelo DNIT, como pelo setor de engenharia do exército. Com isso a gente resgata um braço da engenharia que estava esquecido há muito tempo”, avaliou Capucho, que acredita que a Infraero tem buscado ser esse elo, a partir da concessão de aeroportos, entre outras medidas.

Já o membro do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas (Ibraop), eng. civ. André Mendes, falou sobre os pontos mais críticos observados em obras públicas no país. Ele abordou os transtornos causados por obras paralisadas. Mendes deu a dica sobre os caminhos para se evitar o desperdício de recursos e abreviar a conclusão de obras públicas. “Deve-se gastar mais tempo na elaboração dos projetos. Essa é a mentalidade que começa a ser colocada em prática. Na Alemanha, 50% do tempo de um empreendimento é dispendido em planejamento. No Japão, esse tempo é de 40%. No Brasil, estudos apontam que se gasta cerca de 20%, mas a impressão que eu tenho é que esse tempo é menor ainda”, disse André Mendes.

Reportagem: Anderson Chagas Neto
Edição: Beatriz Craveiro (Confea)
Revisão: Lidiane Barbosa (Confea)
Equipe de Comunicação da 76ª Soea
Fotos: Damasceno Fotografia/Confea e Marck Castro

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