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Nota da Confaeab pela Pesquisa Agropecuária Pública


Engenheiro agrônomo Kleber Santos, presidente da Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab). Créditos: Divulgação

Confederação Nacional dos Engenheiros Agrônomos destaca os avanços e a contribuição do setor para o desenvolvimento do País.

O tamanho e o dinamismo do setor agropecuário brasileiro vêm se caracterizando ao longo das últimas décadas como um dos principais alicerces do desenvolvimento socioeconômico em nosso País.

Este patamar só foi alcançado a partir de políticas públicas e de investimentos significativos em áreas como a pesquisa agropecuária, acarretando avanços históricos na segurança alimentar, salvaguarda que beneficia diretamente grande parte da população brasileira, antes exposta a falta de alimentos, dificuldades de distribuição, entre outras mazelas.

No momento, a escassez que mais preocupa é a de recursos. Embora atingindo quase todas as áreas, o investimento público em ciência e tecnologia precisa ser encarado como prioridade. Esta é a posição do engenheiro agrônomo Kleber Santos, presidente da Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab).

Para ele, os resultados alcançados pelo setor agropecuário brasileiro só foram possíveis graças ao trabalho de sucessivas gerações de profissionais focados no desenvolvimento de tecnologias necessárias ao aumento de produtividade e da sustentabilidade ambiental em todas as regiões.

Em defesa da pesquisa agropecuária pública, a Confaeab lançou uma nota oficial na última sexta-feira (4). Ao enfatizar a pujança da agropecuária brasileira e do papel de entidades e dos profissionais, o documento manifesta “preocupação pela manutenção do patrimônio científico e tecnológico do País”.

NOTA DA CONFEDERAÇÃO DOS ENGENHEIROS AGRÔNOMOS DO BRASIL (CONFAEAB) PELA PESQUISA AGROPECUÁRIA PÚBLICA

O Brasil alcançou posição de destaque na produção agrícola mundial. É amplamente reconhecido o papel do País na segurança alimentar e nutricional. A pujança da agropecuária brasileira tem sido um dos grandes alicerces econômico-sociais.

Nas últimas quatro décadas a produção teve expressivo aumento, passando de pouco mais de 46 milhões de toneladas para surpreendentes 239,5 milhões de toneladas de grãos em 2019, segundo projeção do IBGE. Detalhe: o País utiliza 68 milhões de hectares para plantio de culturas anuais e perenes (inclui florestas plantadas). O progresso decorrente das melhorias obtidas nos sistemas de produção é resultado de considerável aumento da produtividade, fruto do intenso trabalho da Pesquisa Agropecuária Pública que desenvolveu ciência e tecnologia adaptada aos ambientes tropical e subtropical.

A excelência do trabalho desenvolvido pelos profissionais que desempenham suas funções junto às instituições que desenvolvem pesquisa agropecuária pública no Brasil tem papel fundamental no acesso da população à alimentação digna e segura, além de cumprir função estratégica na garantia de soberania nacional e segurança alimentar, bem como na composição do Produto Interno Bruto (PIB), contribuindo com aproximadamente 21,7% no ano de 2018 para o crescimento do país, gerando saldo na balança comercial anual superior a 100 bilhões de dólares.

Dentre as instituições de pesquisa agropecuária pública, citamos a Embrapa, com destaque pelos impactos econômicos, sociais e ambientais resultantes de tecnologias desenvolvidas pela empresa e seus parceiros, gerando lucro social de R$ 43,52 bilhões em 2018: cada R$ 1,00 investido na empresa retornou à sociedade brasileira o montante de R$ 12,16, na forma de tecnologias, conhecimentos e empregos (Embrapa em Números, 2018).

Também é relevante registrar o papel e grande importância das Organizações Estaduais de Pesquisa, que contribuem para o desenvolvimento de projetos atinente às demandas regionais e estaduais, além das instituições federais e estaduais de ensino que desenvolvem pesquisa em Agronomia!

A Confaeab, entidade que representa a Engenheiras e Engenheiros Agrônomos, profissionais de grande importância para o desenvolvimento e disseminação de tecnologias sustentáveis para a pujança da produção agropecuária e do complexo agroindustrial, manifesta preocupação pela manutenção do patrimônio científico e tecnológico do País.

Que ações efetivas que levem à reestruturação e à construção de novos modelos organizacionais (se necessários) sejam acompanhadas de processo de discussão amplo e democrático ouvindo os setores produtivos, a sociedade organizada de forma geral e as entidades profissionais, com prioridade ao setor agropecuário, à população e à soberania do país, de forma a assegurar ao País a vanguarda tecnológica no setor agropecuário frente a demanda nacional e mundial de alimentos, plantas medicinais, fibras, energia e, serviços ambientais.

Diretoria da CONFAEAB

 

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