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Formação em controle de fumaça em edifícios atrai profissionais gaúchos


Os profissionais participaram de uma imersão de 30 horas no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC). Créditos: Arquivo Unisinos

O Rio Grande do Sul acaba de ganhar 20 novos profissionais especialistas em controle de fumaça em edifícios. Um grupo de gaúchos, formado por engenheiros e arquitetos, viajou a Portugal para um curso de extensão. Os profissionais participaram de uma imersão de 30 horas no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa, de 4 a 8 de novembro.

professor português Dr. João Viegas, especialista em controle de fumaça e referência internacional sobre o tema

A viagem foi organizada pelo curso de especialização em Segurança Contra Incêndio da Unisinos e restrita a alunos e ex-alunos do curso. Também participaram da viagem dois oficiais do Corpo de Bombeiros Militar, com o objetivo de ampliar o conhecimento para a fiscalização e para a aprovação de projetos de Segurança Contra Incêndio no Rio Grande do Sul.

O RS passa a ter 20 profissionais com qualificação em projeto e simulação de dispositivos de controle de fumaça em edifícios“Isso significa que, na prática, o RS passa a ter 20 profissionais com qualificação em projeto e simulação de dispositivos de controle de fumaça em edifícios, o que é inédito no Estado e, inclusive, no Brasil”, afirma o Eng. Civ. Fabrício Bolina, coordenador do curso de especialização da Unisinos.

Para ele, a missão técnica superou as expectativas e atendeu às necessidades dos profissionais que atuam no mercado. Entre os alunos que participaram da viagem, estava o inspetor-chefe da Inspetoria de Tramandaí do CREA-RS, Eng. Civ. Milton Roberto Pedrollo Bittencourt.

o inspetor-chefe da Inspetoria de Tramandaí do CREA-RS, Eng. Civ. Milton Roberto Pedrollo Bittencourt

O inspetor foi aluno da primeira turma da especialização em Segurança Contra Incêndio da Unisinos, em 2016, e foi convidado a participar da viagem junto com os ex-colegas. Os alunos do curso tiveram alguns dias livres para conhecer aspectos arquitetônicos, técnicos e culturais de Lisboa e de outras cidades, sempre atentos às soluções de segurança ao incêndio que estão sendo usadas na Europa. “Foi interessante perceber as diferenças entre o litoral português e o gaúcho”, ressaltou o inspetor de Tramandaí, município da região litorânea do Rio Grande do Sul.

Para o Eng. Pedrollo, o curso superou as expectativas. “Foi muito bom. Acho que todos que participaram absorveram o conhecimento e ficaram muito satisfeitos com a aula.” A primeira parte do curso foi teórica, com aplicação de legislação e normas, tanto europeias quanto brasileiras.

Na segunda parte, foi feita a aplicação do conhecimento por meio de dois softwares de simulação computacional de dinâmica ao incêndio e respectivos dispositivos: o ComFast e o CFast. Segundo o inspetor, os dois programas permitem trabalhar com dimensionamento de ventilação, de retirada de fumaça e motores, e os materiais poderão ser utilizados pelos profissionais no Brasil. Para o Eng. Pedrollo, o professor português Dr. João Viegas, especialista em controle de fumaça e referência internacional sobre o tema, também foi um dos destaques do curso, fazendo a diferenciação entre termos técnicos utilizados no Brasil e em Portugal, como "fumo" e "fumaça", e "caudal" e "vazão", por exemplo.

A especialização em Portugal é uma capacitação dos profissionais para trabalhar nessa área. “Hoje, no Brasil, você tem poucos profissionais que trabalham com controle de fumaça, e os projetos de prevenção de incêndio se tornam cada vez mais exigentes. Então já se tem mais 20 profissionais habilitados a trabalhar nessa área”, explica. Segundo o Eng. Pedrollo, há um nível de exigência profissional trazido pela Lei Kiss, implementada em 2013, e que reforça a importância da Segurança Contra Incêndio.

A viagem fez parte do 1º Master Internacional em Segurança ao Incêndio da Unisinos e foi a primeira do inspetor de Tramandaí para fora do país, que avaliou a experiência como positiva. “A ideia é buscar mais conhecimento e participar de cursos como este. É bom para nós profissionais e para a população, que vai usufruir desse serviço também”, declara o Eng. Pedrollo, relembrando que a especialização também é essencial para a prática profissional.

“Nós temos de estar sempre nos especializando, não tem isso de ‘sei tudo’, não. O nosso mundo é muito dinâmico, com materiais e tecnologias cada vez mais inovadoras”, defende. Para o inspetor, a viagem representa um número maior de profissionais mais qualificados para o Conselho. “Hoje o que se busca é qualificação, melhoria nos serviços que são prestados”, explica o Eng. Pedrollo, informando que, desse modo, diminui-se o risco de acidentes provocados por projetos mal executados, malfeitos ou mal dimensionados.

 

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