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Engenharia Segura fecha evento Mulheres que Fazem a Diferença


Créditos: Arquivo CREA-RS

 Na última live da série “Mulheres que Fazem a Diferença, o tema foi “Engenharia Segura”, com a Especialista em Eng. Seg. Trab. Christina Romano. Formada em Engenharia Civil pela UFSM, com Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho na universidade, e mestrado em Sistemas de Produção e Ergonomia pela Ufrgs, a profissional tem 29 anos de atuação nesta área em empresas e indústrias e também na docência, como professora em cursos de pós-graduação.

“À frente da presidência do CREA-RS utilizamos efetivamente a Engenharia de Segurança do Trabalho na elaboração de protocolos de segurança na Sede e nas inspetorias do nosso Conselho”, destacou a presidente Eng. Ambiental Nanci Walter, que também mencionou a importância da especialidade no momento atual, com os ricos que envolvem o período de pandemia.


A coordenadora da Câmara de Engenharia de Segurança do Trabalho, Eng. Seg. Trab. Roselaine Cristina Mignoni também se manifestou no encontro. “A engenharia de segurança permeia todas as demais Engenharias e muitas vezes percebemos que profissionais não absorvem essa ideia. Que nós possamos contaminar todos os profissionais da engenharia e agronomia e as demais profissões que interagem com essa área”, afirmou destacando a honra de poder fechar o ciclo de palestras com o tema.


Engenharia Segura
“A Engenharia de Segurança é uma engenharia humana, nosso olhar é o de cuidar as pessoas”, frisou a palestrante. Que citou pontos para ela essenciais na atuação na área: a legislação, como balizadora das ações; e o Sistema de Gestão, como o DNA da segurança laboral. “A Engenharia segura tem em sua essência evitar os perigos já no desenho dos processos. Não posso desenhar um processo e considerar alguma engenharia aplicada sem olhar as pessoas envolvidas neles. A segurança tem que nascer com o processo, ou em suas revisões, sem que tenha a necessidade de adicionar itens de segurança. Esse casamento só traz ganhos.”


Além disso, trouxe outro elemento que devem ser observado. “A coluna dorsal da engenharia segura está na integração da segurança ocupacional com a de processo, isso tem que andar junto”, explicou, destacando, também, o caráter multidisciplinar. “Então, no momento que me debruço em fornecer uma condição melhor de trabalho nos locais a quem vai executar uma atividade, eu diminuo a fadiga, reduzo a questão ergonômica, eu melhoro a condição de higiene ocupacional, e eu consigo criar um ambiente mais propício para que a curva de desenvolvimento deste trabalho atenda exatamente aquilo que planejei. Quando existe trabalho conjunto das áreas de segurança do trabalho, planejamento e execução de engenharia isso é possível acontecer.”

NR – 01: Disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais
Norma maior na segurança laboral, a revisão e ampliação da NR-01, que entra em vigor a partir de agosto, e traz o conceito de Plano de Gerenciamento de Riscos (PGR), foi comentada pela palestrante. “Fazendo a ressalva que norma regulamentadora não é norma técnica ou manual técnico, ela estabelece requisitos para fazer e não como fazer, este é um marco importante na atualizada das NRs, uma vez que traz consigo o conceito de melhoria contínua, passando a ter um papel dentro da Engenharia Segura de gerenciamento de risco ocupacionais, não se falando mais apenas em disposições gerais."

Ela explica também, que a partir da norma todos os perigos existentes na organização devem fazer parte do PGR, o que, para a Eng. Chistina Romana, traz grandes ganhos.“Passamos a ter igualdade de tratamento para todos os riscos, independente da natureza”, explica. Outra novidade destacada, é que o PGR pode ser atendido pelos demais sistemas de gestão da empresa, desde que cumpram na norma e nos dispositivos legais de segurança e saúde do trabalho.”Uma mudança muito bem-vinda.”

 A Engenharia também explica uma estrutura de gerenciamento dos riscos ocupacionais, que podem ser inventariados. “Uma vez os riscos reconhecidos, entendidos e graduados eu adoto controles dentro de um plano de ação exequível e bem estruturado, dentro das possibilidades das empresas. Esse novo formato de fazer Engenharia de Segurança, nem tão novo para já era utlizado, mas agora está na norma, é algo factível”, destaca, observando que o processo de gerenciamento dos riscos ocupacionais, a partir disso, na garantia de uma Engenharia Segura, passa por uma mudança estrutural positiva.

O controle dos riscos, explica, é um processo continuo que deve ser revisto a cada dois anos, exceto para as organizações com sistema de gestão SST certificados por Organismo de Avaliação de Conformidade (OAC), onde o prazo é estendido em mais um ano. “Acho que a legislação aqui coroa de forma muito interessante o conhecimento técnico, que tá a frente da área de segurança do trabalho. O período de um ano, que tínhamos no PPRA, é extramente exíguo para que se fizessem avaliações.”

Também destacou que a empresa, por melhor que seja sua prevenção deve estar preparada para alguma emergência. “A primeira coisa é identificar os cenários onde, apesar de todas as medidas adotadas eu possa ter um risco residual muitas vezes difícil de ser controlado, e assim definir procedimentos em recursos humanos preparados para esse atendimento”, explicou, destacando a importância de haver treinamentos para saber do estado de prontidão para aquela emergência.

Dentro da discussão da Engenharia Segura no viés de uma nova norma regulamentadora temos Multifacetamento do tratamento do risco e do perigo num caminho possível, aonde efetivamente é possível que se faça uma mudança”, concluiu, citando alguns cases de sucesso de empresas na área.

Homanagem à pedagoga Maria Muccilo

 

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