Créditos: Arquivo Confea

terça, 25 de maio de 2021

Presidido pelo presidente do Confea, eng. civ. Joel Krüger, o Comitê Gestor do Programa Mulher do Confea apresentou uma série de sugestões para o incremento da participação feminina no Sistema. A reunião se deu de forma virtual nesta quinta (21) e aprovou propostas como a de buscar uma aproximação com os regionais e os Creas Júniores, promover o Encontro Nacional do Colégio de Entidades Nacionais (Cden) e a inclusão do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, 25 de novembro, no calendário oficial do Confea.

O Comitê tem a gerente de Relacionamentos Institucionais do Confea, eng. eletric. Fabyola Resende como sua secretária executiva e conta ainda com as participações da assessora da presidência do Confea, eng. quim. Simone Baía; representante das Coordenadorias Nacionais de Câmaras Especializadas, eng. civ. Flávia Roxin; conselheira federal eng. mec. Michele Ramos; da representante do CDEN, vice-presidente da Associação Brasileira de Engenharia Agrícola, Gizele Gadotti, e da presidente do Crea-RS, eng. amb. Nanci Walter. 

A secretária executiva Fabyola Resende abordou a proposta de que os Creas Juniores representem o Programa Mulher nas suas instituições de ensino, posicionando o Sistema por meio da apresentação de uma palestra padrão dirigida às estudantes. Descrevendo sua experiência pessoal de desestímulo a continuar o curso, ela considera que a iniciativa poderia favorecer também a integração das futuras profissionais com o Sistema. “Vivi isso na pele. E sei que isso não é só comigo. Seria uma forma de nos aproximarmos dos estudantes por meio dos próprios estudantes e também de nos aproximarmos dos Creas Juniores”.

Gizele considerou a iniciativa bastante promissora. “Se as meninas virem um suporte do próprio programa, elas vão se aproximar mais naturalmente. Temos que nos aproximar de alguma forma. Concordo plenamente e parabenizo pela ideia”. A conselheira federal Michele Ramos concordou: “se desde a faculdade elas se sentirem valorizadas, elas poderão ter no futuro um empoderamento maior no Sistema”.

O presidente Joel Krüger apoiou a iniciativa no seu mérito. Mas ponderou que o Comitê Gestor do Programa Mulher Nacional poderia ser mal interpretado. “Estimulamos os Programas Mulher nos regionais, que são ligados aos Creas, assim como o programa Crea Júnior Regional. Apenas o Crea Júnior Nacional não está regulamentado. Tratamos do nacional que é um pequeno grupo que vai replicar essa ideia no Crea-JR Regional. Temos que pensar nesse fluxo para não gerar ruídos. Se nós podemos colocar isso como uma proposta para que o Programa Mulher de cada Regional faça a interface com o Crea Júnior regional, talvez seja mais coerente. Meu medo é que o Programa Mulher dos Regionais se sinta desprestigiado, bem como os Creas como um todo”.

Fabyola confirmou a importância de ser prudente “para não parecer que estamos ‘bypassando’ os Creas”, propondo, então, a criação de uma apresentação padrão, a ser disponibilizada para o Programa Mulher do Regional com a sugestão de fazer a interface com o Crea Júnior, e este podendo complementar alguma coisa. A proposta foi endossada e complementada pelo presidente Joel. “Vamos sugerir ao Programa do Regional e, se o Crea Júnior quiser fazer por conta própria, fica essa outra opção”. A proposta será apresentada na próxima reunião do Colégio de Presidentes.

Dentro da programação do Dia Internacional da Mulher na Engenharia, em 23 de junho, foi definida a realização do Encontro das Mulheres do CDEN, já com a indicação das representantes das 22 entidades nacionais. “Gostaríamos de contar com a participação do Presidente. Pela dificuldade para conseguir esses nomes, sugiro o nome da Fabyola para apresentar o Programa. E como a Simone sugeriu, que cada entidade se apresente. Minha ideia era que cada entidade mostrasse quais as ações dentro do tema”, disse, ponderando possíveis lacunas e retirando esse ponto. ”Então, podemos fazer uma apresentação do programa e uma motivação para as outras por meio do depoimento de algumas para nos colocar como suporte para que o programa seja atingido, talvez seja mais feliz”, considerou.

Joel parabenizou o CDEN pela iniciativa de mobilizar as entidades, informando a disponibilidade de participar do evento no período da manhã.  O presidente do Confea sugeriu que, como são muitas entidades, que elas pontuassem se têm ações. “A que tem pode falar, quem não tem não fala”.  As entidades receberam um certificado de participação reconhecendo as atividades desenvolvidas. “Uma forma de valorizar as ações que já existem”.

Gizele comentou que está criando um grupo com as representantes do CDEN “para falar sobre os objetivos para que as colegas se sintam acolhidas no tema e com os objetivos claros. Mas o que eu me preocupo é que a gente tenha esse objetivo cumprido não apenas como evento, mas mais robusto com informações. Como será no 23 de junho, acho importante levantar as pioneiras em cada profissão ou entidade e saber se as entidades têm iniciativas”.

Joel considerou que se a entidade não tem ações, mas ela reconhece a importância de promovê-las, ela pode dizer que vai começar a ação. “A pessoa tem que falar em nome da entidade, não em seu próprio nome. Isso é um trabalho legal que você e o Marco Aurélio podem fazer esclarecendo isso”, disse, afirmando que o evento é do CDEN e colocando o  Comitê Mulher como participante, embora a ação estivesse prevista no Comitê Gestor, como lembrou Fabyola.

Dia da Não Violência contra a Mulher
A inclusão do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, 25 de novembro, no calendário oficial do Confea foi outra proposta aprovada pelo Comitê Gestor do Programa Mulher. Segundo Simone Baía, a data foi sugerida em 1991 pelo Instituto de Liderança Global das Mulheres e incorporada em 1999 pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Poderemos estruturar uma campanha e em todos os materiais do Programa colocar o número 180, como forma de contato nacional para a denúncia de violência contra as mulheres, ficando como ação do dia relacionado à Mulher na Engenharia”, sugeriu o presidente Joel.

Outras iniciativas
A inserção do capítulo Agronomia na segunda versão do Programa Mulher foi comentada por Gizele Gadotti.  “A gente está com o rascunho feito. Vamos passar para a Fabyola na próxima semana. Mas eu ainda sinto falta de alguém da meteorologia. Cada colega está escrevendo. Tem uma introdução sobre o agronegócio. Depois, uma inserção sobre a mulher no agronegócio e depois na agricultura propriamente dita em diversas manifestações. E depois mulheres que fizeram diferença na Agronomia em suas manifestações”.

A presidente Nanci Walter sugeriu a elaboração de um cartão de reconhecimento para quem tem posição de liderança na defesa da participação feminina. “Uma espécie de cartão virtual, uma demonstração de que o Confea está batalhando pelo programa, dentro dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU). A ideia é reforçar o contato que temos com essas agendas”.  Foi sugerido o uso da logo do Comitê Mulher e de um QR Code, em proposta a ser encaminhada à Gerência de Comunicação do Confea.

Equipe de Comunicação do Confea