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Estudante brasileira fica em terceiro lugar na Regeneron ISEF 2021


Créditos: Arquivo CREA-RS

Rafaela Curcio, estudante da Escola Técnica Benedito Storani, em Jundiaí, São Paulo, ficou em terceiro lugar na categoria de Engenharia Ambiental com o projeto “Análise de água automatizada: desenvolvimento de um drone à base de microcontroladores”, em uma das principais categorias da Regeneron ISEF 2021, a maior feira internacional de Ciências e Engenharia. A equipe brasileira foi escolhida durante a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada em março pela Escola Politécnica (Poli) da USP. Rafaela teve como orientadores os professores José Roberto Cunha Jr. e Ricardo Murilo de Paula. 

Devido à pandemia de Covid-19, o evento que acontece nos Estados Unidos deu-se de forma virtual. Os estudantes foram julgados considerando os seguintes critérios: rigor científico, competência e clareza demonstrada no desenvolvimento dos projetos, além da capacidade criativa e pensamento científico dos estudantes. O CREA-RS Entrevista de hoje conversou com a aluna Rafaela sobre essa conquista. Neste bate-papo, a futura Engenheira mostra que os seus sonhos não param por aí e que deseja contribuir com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para fazer do mundo um lugar melhor. Confira!

 

CREA-RS – Como foi ganhar o terceiro lugar no Regeneron ISEF 2021? 

Rafaela – O meu maior medo era o meu projeto não passar no processo seletivo para poder entrar e participar da Febrace, que era meu maior sonho. Quando entrei na Febrace, o meu único pensamento era aproveitar o máximo possível essa experiência e com muito amor para os meus avaliadores da banca. Os dias em que apresentei o meu projeto para a banca foram alguns dos melhores dias da minha vida, pois os avaliadores adoraram o meu projeto. O meu prêmio foi o reconhecimento dos engenheiros politécnicos. Fiquei extremamente emocionada e feliz, até chorei.

Agora, ganhar o primeiro lugar da Febrace em Engenharia e o credenciamento para participar da feira mundial de engenharia e ciências, a Regeneron ISEF 2021, foi surreal para mim! Eu realmente não esperava ganhar o 3° lugar da Regeneron em Engenharia Ambiental.

 

CREA-RS – Pode falar um pouco mais sobre como funciona para concorrer a esse prêmio e qual é a premiação?

Rafaela – Para participar do Regeneron ISEF, acredito que os estudantes precisam vencer as suas feiras nacionais que são credenciadas com a ISEF. Assim, garantem a sua participação na maior feira de ciências e engenharia do mundo. São diversas premiações, mas as principais são as que nomeiam do primeiro ao quarto lugar de cada categoria. Com essas premiações você pode ganhar prêmios em dinheiro, um asteroide com o seu nome e entre outras coisas.

 

CREA-RS – O seu projeto é de um drone que faz análises na água de forma automatizada? Pode explicar como ele funciona?

Rafaela – Desenvolvi um drone que realiza, atualmente, análises de temperatura e pH. Você o coloca no corpo hídrico em que quer analisar e começa a controlar a sua locomoção através de uma página da internet (um servidor web). Os dados que são obtidos pelos sensores são enviados de forma instantânea para essa página da internet também. Logo, percebe-se que tanto a locomoção do protótipo quanto a coleta e transmissão de dados são feitas de forma remota. 

 

CREA-RS – Existe possibilidade de levar essa ideia para o mercado? Quais são os próximos passos da pesquisa?

Rafaela – Futuramente, eu espero poder entregar o meu trabalho com alta qualidade para que toda a sociedade usufrua. Entretanto, atualmente, por ser o meu primeiro protótipo, ele não está pronto para ser disponibilizado em larga escala. Ainda vou aprimorá-lo bastante em uma gama de aspectos! Quero melhorar o software que controla todo o drone, acrescentar muito mais sensores para realizar outras análises, desenvolver um sistema de coleta também, desenvolver um app e por aí vai uma infinidade de melhorias e ideias que quero aplicar no meu projeto.

 

CREA-RS – O projeto se enquadra na área de Engenharia Ambiental. Você pretende seguir essa área específica ou alguma ligada à Engenharia? Como surgiu seu interesse por essa pauta?

Rafaela – Desejo poder me graduar em Engenharia Mecatrônica e/ou Elétrica e poder realizar muitas pesquisas e trabalhos científicos tanto aqui dentro do país quanto no exterior também. Quero me especializar na área social e ambiental e poder fazer trabalhos relevantes que contribuam com ambas as áreas. Além disso, quero ajudar a melhorar a educação, a pesquisa e a ciência brasileiras transformando a vida das pessoas e, principalmente, a dos nossos jovens. O meu interesse surgiu quando comecei a pesquisar sobre problemas relacionados com a água e vi que milhões de mortes no mundo todo são causadas pela ingestão de água contaminada e cerca de um terço da população mundial não possui saneamento de qualidade. Somam-se a esses fatos a minha preocupação com a minha comunidade e a minha vontade de poder contribuir com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para fazer do mundo um lugar melhor.

 

 

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