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Ventilador pulmonar de emergência: autor Luiz Fernando da Silva Borges


Luiz Fernando da Silva Borges. Créditos: Marck Castro/Confea

“Engenharia diagnóstica”, “show”, “parabéns”, “projeto útil”, foram alguns dos muitos comentários postados em chat durante a palestra “A Engenharia capaz de fazer respirar, apresentada por Luiz Fernando da Silva Borges, estudante e pesquisador em Engenharia Biomédica, na manhã desta sexta-feira (17/9), dia que encerra a Soea Connect, que teve como tema central  “Aprendizados e desafios para a Engenharia, a Agronomia e as Geociências – Desenvolvimento Econômico/Inovação e Tecnologia/Governança e Gestão”.

Apresentado ao público pela primeira vez, embora ainda esteja na fase de testes, o aparelho emergencial e transitório de suporte à respiração, com patente BR 102020010303-2 de sua autoria, foi o foco da apresentação de Luiz Fernando.

“O projeto, desenvolvido em um ano e meio por uma equipe de engenheiros, foi inspirado pelas manchetes da imprensa que, em 2020, davam conta da falta de ventiladores mecânicos para os pacientes vitimados pela Covid-19”, informou.

Luiz Fernando da Silva Borges, que soma mais de 60 prêmios e deu nome a um asteroide –  palavra que significa "semelhante à estrela" ou "pequeno planeta”, o “33503 Dasilvaborges”, homenagem e reconhecimento do International Astronomical Union (IAU), participou pela segunda vez do evento de maior projeção do Sistema Confea/Crea, e fosse a Soea de 2021 presencial, teria sido aplaudido em diversos momentos de sua apresentação como foi durante a Semana realizada  em Palmas (TO), em 2019. https://www.confea.org.br/dar-nome-asteroide-nao-e-para-qualquer-um

Se aos 21 anos, Luiz Fernando, filho único de um soldado bombeiro e de uma professora do Ensino Fundamental, graduando em Engenharia da Computação, desenvolveu um computador que por meio de eletrodos estabelece a interface cérebro-computador para comunicação com pessoas classificadas em estado vegetativo ou coma, aos 23, ele se tornou cofundador da Leventronic, empresa de tecnologia médica criada para atender a demanda de equipamentos emergenciais de apoio à respiração.

Motivação gigantesca

Na empresa,  integrou uma equipe que desenvolveu o aparelho emergencial e transitório de suporte a respiração – um  ventilador pulmonar a ser usado durante o transporte de um paciente até um CTI – registrado no INPI com  a patente 102020010303-2, construído com a colaboração financeira dos sócios da empresa, colaboradores e instituições e deve ser lançado no mercado em poucos meses, segundo as previsões iniciais.

“Nosso ventilador traz segurança, tem sensores de pressão e oxigênio, faz ventilação melhor do que a feita por mãos humanas e é fácil de montar”, garantiu.

Ao falar sobre inovações e mesmo invenções que podem ser úteis para a sociedade, ele recomendou “conversar com o mercado para saber da viabilidade econômica para não ser mais um projeto sem continuidade”.

Embora preveja um surto da variante Delta no fim de setembro, Luiz Fernando continua afirmando o que disse em Palmas: “a motivação gigantesca para continuar pesquisando e trabalhando é saber que alguém casou, que alguém se apaixonou, teve filhos, que alguém sorriu mais um pouco, que alguém pode ver o sol nascer novamente por causa de uma coisa que eu fiz”.

Para ele, “o sorriso dessa pessoa justifica o investimento em tecnologia e inovação”.

Maria Helena de Carvalho
Equipe de Comunicação do Confea

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