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Debate técnico discute segurança contra incêndio antes e depois da Lei Kiss


Créditos: Arquivo CREA-RS

Oito anos atrás, o incêndio na boate Kiss matou 242 pessoas e feriu 680 outras em uma danceteria na cidade de Santa Maria. Ontem, dia 1º de dezembro, iniciou-se o julgamento dos quatro acusados pela tragédia.

À época, o CREA-RS foi uma das tantas entidades que se mobilizaram em prol da comunidade santa-mariense. Com sua expertise de técnicos nas áreas de proteção e prevenção contra incêndio, montou-se uma Comissão de Especialistas que produziu um relatório técnico sobre o ocorrido.

Buscando debater a legislação e o que mudou nestes oito anos, o CREA-RS promoveu, terça (30), o debate técnico "Segurança contra Incêndio: Antes e Depois da Lei Kiss”. O debate está disponível na íntegra no YouTube do CREA-RS. Assista abaixo:

 



Coordenado pela Eng. Ambiental Nanci Walter, presidente do CREA-RS, acompanhada do eng. mec. Rogério Dupont, inspetor de Bento Gonçalves, a mesa-redonda contou com a participação do diretor-adjunto do Depto. de Segurança contra Incêndio do CBM-RS, Ten-Cel Eduardo Rodrigues; da Eng. Civil e professora doutora Angela Graeff, coordenadora do Curso de Especialização em Engenharia de Segurança contra Incêndio da UFRGS; do eng. civil e professor doutor Fabrício Bolina, coordenador do Curso de Especialização em Segurança Contra Incêndio da Unisinos; e o Eng. Civ. Fábio Simon.

Durante a live no canal do You Tube do CREA-RS, houve grande interação dos participantes do chat com os os especialistas.

Para o Ten-Cel Eduardo Rodrigues houve muitas mudanças ao longo destes oito anos. “A segurança contra incêndio foi colocada em outro patamar desde 2013, momento em que a Lei nº 14.376 foi construída a várias mãos. A lei foi aprovada pela Assembleia Legislativa depois de uma extensa discussão com diversos entes técnicos e sociais. Ela agregou muito conhecimento que já vinha sendo descoberto e divulgado em outras partes do mundo, principalmente na Europa”, afirma.

A nova Lei fez com que houvesse uma mudança nos currículos das universidades do Estado, segundo os professores Fabrício Bolina e Angela Graeff.

“Antes da lei, o assunto não era debatido nas universidades. O profissional não tinha uma formação mínima necessária para conseguir interpretar alguns assuntos e isso acabou incentivando as universidades a trazer essa temática para dentro de sua carga horária”, completou Fabrício Bolina.

Ao longo do debate, os profissionais envolvidos reforçaram a importância de uma mudança de cultura no planejamento e na construção de novos projetos. “Segurança não é um custo, é investimento”, destacou o inspetor-chefe Rogério Dupont.

Atuante na área de PPCI, o Eng. Civil Fábio Simon fez questão de alertar que é preciso manter o cuidado em todos os momentos. O profissional relembrou os incêndios no Shopping Total, na Emater e na Secretaria de Segurança Pública e ressaltou: “em nenhum destes três exemplos recentes se atingiu o tempo de resistência ao fogo requerido. Eles chegaram ao colapso antes dos 240 minutos”, ressaltou.


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