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Engenheira aeroespacial e mecânica Aprille Ericsson abre mês da mulher


Créditos: Arquivo CREA-RS

O Comitê Gestor Mulher do CREA-RS abriu as comemorações do mês da Mulher com uma viagem pelo espaço e todas as possibilidades do universo feminino. Nesta terça-feira, 8 de março, a convidada foi a engenheira aeroespacial e mecânica Aprille Ericsson, da National Aeronautics and Space Administration (Nasa). Participaram da palestra a Eng. Agr. Elisabete Gabrielli e a Eng. Amb. Nanci Walter, respectivamente a coordenadora do Comitê Gestor Mulher e a presidente do CREA-RS.

Aprille tornou-se a primeira mulher negra a receber um PhD em Engenharia na NASA, além de receber o troféu de Melhor Engenheira dos Estados Unidos, pelo Prêmio Mulheres na Ciência e Tecnologia em 1997. A engenheira ficou na 8ª posição na lista das 23 engenheiras mais poderosas do mundo pelo site americano de finanças e negócios, Business Insider, em 2015.

Durante 45 minutos, a engenheira da Nasa compartilhou a sua experiência profissional dentro da agência norte-americana e como foi conhecendo a história de mulheres negras por trás da corrida espacial travada entre Estados Unidos e Rússia durante a Guerra Fria. Um pouco dessa história é possível assistir no filme Estrelas Além do Tempo,  quando uma equipe de cientistas da Nasa, formada exclusivamente por mulheres afro-americanas, provou ser o elemento crucial que faltava na equação para a vitória dos Estados Unidos, liderando uma das maiores operações tecnológicas registradas na história americana e se tornando verdadeiras heroínas da nação.

“Em 1969, uma pequena criança ficou muito impressionada com os feitos de Neil Armstrong e do restante da tripulação da Apollo: eu. Embora Armstrong tenha dito ‘um pequeno passo para o homem’, deveria ter dito para a humanidade, pois ele estava deixando de fora metade da população”, afirmou a engenheira.

A palestrante ainda fez questão de citar as duas obras que influenciaram a sua paixão pelo espaço e pela Engenharia. Star Wars e, principalmente, Star Trek mostram a uma jovem Aprille que seria possível atingir o inimaginável. Em Jornada nas Estrelas, inclusive, a tripulação de Capitão Kirk conta com uma diversidade pouco vista na década de 70.

“No mundo real, existiram figuras escondidas, mulheres que eram praticamente computadores humanos, fazendo o trabalho e preparando o terreno para o que chamamos de figuras modernas. Essas são as mulheres atuais, que cresceram em número e que estão presentes em diversos lugares, como a Nasa”, disse, completando ainda que “a mídia é muito importante. A indústria deve promover equipes diversas para criar um ambiente acolhedor”.

Aprille discorreu sobre sua formação profissional, seus 27 anos de carreira na Nasa e seus esforços para aumentar a participação de meninas dentro do grupo STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática).

O olhar de alguém que tem a Engenharia no DNA e sabe o seu papel de multiplicadora. Quando criança, sua mãe a incentivou a aprender a costurar, para ela, a tarefa é puro engenharia, assim como cozinhar tem com a química.

Para conferir a palestra desta engenheira norte-americana na íntegra, em tradução simultânea, basta acessar o YouTube do CREA Gaúcho.


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